Nove projetos, R$ 29 milhões de aporte da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), R$ 29 milhões em contrapartida econômica, 18 Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) envolvidas e 67 empresas participantes: estes são os números do portfólio de projetos aprovados dentro da Linha IV, ‘Ferramentarias Brasileiras mais Competitivas’, que está inserida no Programa Rota 2030 e tem o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) como coordenador técnico.
O Programa Rota 2030 é uma iniciativa do Governo Federal, descrita na Lei Federal nº 13.755/2018 para estimular o investimento e o fortalecimento das empresas brasileiras do setor automotivo por meio do desenvolvimento e da aplicação de novas tecnologias.
O setor ferramenteiro está em destaque no Programa Rota 2030 na chamada Linha IV, que visa utilizar recursos gerados pela renúncia fiscal do governo na cobrança do imposto de importação especial de 2% (ex-tarifário) sobre autopeças sem produção nacional para solucionar as dificuldades de empresas do setor ferramenteiro com baixa produtividade e defasagem tecnológica, capacitando a cadeia de ferramental de produtos automotivos para atingir competitividade em nível mundial.
A partir da aliança entre os principais atores que representam o conhecimento do setor (empresas, entidades representativas e ICTs), estão sendo habilitadas as competências necessárias para capacitar a cadeia de ferramentarias.
O valor do menor projeto aprovado foi de R$ 730 mil reais e, do maior projeto, R$ 6 milhões – no total, foram 37 propostas avaliadas pela comissão julgadora em três chamadas públicas para os quatro eixos disponibilizados à submissão (Aperfeiçoamento e Implementação; Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; Pesquisa e Desenvolvimento Disruptivos e Desenvolvimento a partir de Demonstradores).
Dos nove projetos aprovados, três deles fazem parte do eixo ‘Pesquisa e desenvolvimento disruptivos’ e os outros seis estão divididos igualitariamente entre os três outros eixos – no total, ao longo das três rodadas, foram recebidas 19 propostas para projetos disruptivos, em um grupo de 37 propostas dos quatro eixos no total.
Dos nove projetos aprovados, três deles fazem parte do eixo ‘Pesquisa e desenvolvimento disruptivos’ e os outros seis estão divididos igualitariamente entre os três outros eixos – no total, ao longo das três rodadas, foram recebidas 19 propostas para projetos disruptivos, em um grupo de 37 propostas dos quatro eixos no total.
COORDENAÇÃO E PARTICIPAÇÃO – Enquanto a Fundep desempenha a função de coordenadora geral, o IPT é responsável pela coordenadoria técnica. O papel do Instituto é dedicado ao apoio técnico na elaboração e na execução do programa, desenvolvendo propostas e inciativas para fomentar o desenvolvimento tecnológico do setor e melhorar a competitividade das ferramentarias. "Já estão em andamento os programas de P&D, mapeamento da cadeia e benchmarking e estão sendo elaboradas ações nas frentes de formação, empreendedorismo e certificação", explica a pesquisadora Ana Paola Villalva Braga, gerente técnica do Laboratório de Processos Metalúrgicos, e que faz parte da coordenação técnica no IPT.
Além da presença do IPT na coordenação técnica, dois dos nove projetos aprovados têm a participação do Instituto. Ambos estão encaixados no eixo Pesquisa e Desenvolvimento Disruptivos: o primeiro deles é o ‘Desenvolvimento de competências para projeto e manufatura de ferramentais para peças em compósitos’, coordenado pelo pesquisador Alessandro Guimarães, do Núcleo de Estruturas Leves, em parceria com três ICTs e cinco empresas; e o segundo é o FERA – Ferramentas Manufaturadas Aditivamente, em parceria com duas ICTs e 26 empresas.