Duas unidades do Centro de Tecnologias Geoambientais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) iniciaram, no mês de maio, o projeto de elaboração da carta geotécnica de aptidão à urbanização e também o mapeamento e a setorização de risco de áreas sujeitas a deslizamentos de terra do município de Caxias do Sul (RS). A duração dos trabalhos será de um ano.
O Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental do IPT irá montar a carta geotécnica de aptidão à urbanização, em conformidade com as diretrizes da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC, Lei 12.608/12) e legislação correlata. O projeto compreende a edição de um guia de utilização da carta e de um termo de referência. Os dois documentos irão subsidiar o licenciamento de novos projetos de parcelamento do solo no que se refere aos aspectos geotécnicos envolvidos.
O município de Caxias do Sul obteve, nos anos de 2005 e 2011, por meio de trabalhos com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), uma série de produtos cartográficos sobre a geologia e a geotecnia da cidade, em boa parte da sede municipal. Em 2017, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) elaborou a carta de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e inundações em todo o município.
"Os dois trabalhos foram feitos em escalas mais regionais ou de semidetalhe", afirma o coordenador-geral do projeto, o pesquisador Omar Yazbek Bitar. "A elaboração da carta geotécnica de aptidão à urbanização pelo IPT utilizará essas informações, mas será feita em escala de detalhe (1:10.000) e alcançará áreas da sede municipal não mapeadas antes, bem como as áreas de expansão urbana e de distritos urbanos mais afastados, conforme estabelecidos no Plano Diretor Municipal que foi concluído em 2019".
ÁREAS DE RISCO – O mapeamento e a setorização de risco serão feitos pela Seção de Investigações, Riscos e Desastres Naturais do IPT em nove áreas pré-selecionadas pela prefeitura. O objetivo é mapear as áreas de risco sujeitas a deslizamentos de terra, quedas de rochas e outros processos de movimentos gravitacionais de massa que ocorrem com mais frequência no município. "No decorrer dos trabalhos de campo, no entanto, poderão ser identificadas outras áreas e processos a serem investigados", completa o pesquisador Eduardo Soares de Macedo, que coordena esta parte do projeto.
O último levantamento geral na cidade foi feito na década de 2000 por uma empresa de consultoria que teve assessoria da UFRGS. O contrato assinado entre a prefeitura e o IPT prevê ainda um curso de treinamento e capacitação de técnicos municipais, a fim de permitir que eles possam realizar atualizações e também mapear outras áreas com equipes próprias.
"O mapeamento é feito para executar o Plano Municipal de Redução de Riscos, o PMRR. As áreas de Risco Muito Alto (R4) e Risco Alto (R3) receberão sugestões de intervenções para a diminuição do nível de perigo. A priorização das áreas e o levantamento de fontes de recursos para as intervenções formam o PMRR, que deverá ainda ser integrado aos outros planos e políticas municipais. Todos esses trabalhos serão feitos pelo IPT", explica Macedo.
TRABALHO REMOTO – Por conta da Covid-19, os pesquisadores do IPT estão no momento em teletrabalho e em interação com as equipes da prefeitura, compilando, analisando e tratando as informações cartográficas disponíveis sobre a região em sistemas de geoprocessamento de dados. Essas informações foram produzidas principalmente pela prefeitura, pela UFRGS e pela CPRM.
"O objetivo é adiantar a preparação dos pré-mapas de referência que serão utilizados nos trabalhos de campo; ao mesmo tempo, estamos também estudando e testando tecnologias para obtenção e análise de alguns dados de maneira remota, em função das restrições por conta da pandemia", afirma Bitar. Várias secretarias da prefeitura estão envolvidas no projeto e trabalhando em parceria com as equipes do IPT.
O Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental do IPT irá montar a carta geotécnica de aptidão à urbanização, em conformidade com as diretrizes da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC, Lei 12.608/12) e legislação correlata. O projeto compreende a edição de um guia de utilização da carta e de um termo de referência. Os dois documentos irão subsidiar o licenciamento de novos projetos de parcelamento do solo no que se refere aos aspectos geotécnicos envolvidos.
O município de Caxias do Sul obteve, nos anos de 2005 e 2011, por meio de trabalhos com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), uma série de produtos cartográficos sobre a geologia e a geotecnia da cidade, em boa parte da sede municipal. Em 2017, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) elaborou a carta de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e inundações em todo o município.
"Os dois trabalhos foram feitos em escalas mais regionais ou de semidetalhe", afirma o coordenador-geral do projeto, o pesquisador Omar Yazbek Bitar. "A elaboração da carta geotécnica de aptidão à urbanização pelo IPT utilizará essas informações, mas será feita em escala de detalhe (1:10.000) e alcançará áreas da sede municipal não mapeadas antes, bem como as áreas de expansão urbana e de distritos urbanos mais afastados, conforme estabelecidos no Plano Diretor Municipal que foi concluído em 2019".
ÁREAS DE RISCO – O mapeamento e a setorização de risco serão feitos pela Seção de Investigações, Riscos e Desastres Naturais do IPT em nove áreas pré-selecionadas pela prefeitura. O objetivo é mapear as áreas de risco sujeitas a deslizamentos de terra, quedas de rochas e outros processos de movimentos gravitacionais de massa que ocorrem com mais frequência no município. "No decorrer dos trabalhos de campo, no entanto, poderão ser identificadas outras áreas e processos a serem investigados", completa o pesquisador Eduardo Soares de Macedo, que coordena esta parte do projeto.
O último levantamento geral na cidade foi feito na década de 2000 por uma empresa de consultoria que teve assessoria da UFRGS. O contrato assinado entre a prefeitura e o IPT prevê ainda um curso de treinamento e capacitação de técnicos municipais, a fim de permitir que eles possam realizar atualizações e também mapear outras áreas com equipes próprias.
"O mapeamento é feito para executar o Plano Municipal de Redução de Riscos, o PMRR. As áreas de Risco Muito Alto (R4) e Risco Alto (R3) receberão sugestões de intervenções para a diminuição do nível de perigo. A priorização das áreas e o levantamento de fontes de recursos para as intervenções formam o PMRR, que deverá ainda ser integrado aos outros planos e políticas municipais. Todos esses trabalhos serão feitos pelo IPT", explica Macedo.
TRABALHO REMOTO – Por conta da Covid-19, os pesquisadores do IPT estão no momento em teletrabalho e em interação com as equipes da prefeitura, compilando, analisando e tratando as informações cartográficas disponíveis sobre a região em sistemas de geoprocessamento de dados. Essas informações foram produzidas principalmente pela prefeitura, pela UFRGS e pela CPRM.
"O objetivo é adiantar a preparação dos pré-mapas de referência que serão utilizados nos trabalhos de campo; ao mesmo tempo, estamos também estudando e testando tecnologias para obtenção e análise de alguns dados de maneira remota, em função das restrições por conta da pandemia", afirma Bitar. Várias secretarias da prefeitura estão envolvidas no projeto e trabalhando em parceria com as equipes do IPT.