O governador do estado de São Paulo, Joao Doria, anunciou na última semana a instalação do Centro para a 4ª Revolução Industrial do Fórum Econômico Mundial (WEF, do inglês World Economic Forum) no Brasil, que terá a sua sede no campus do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O objetivo é a criação de políticas públicas que facilitem a implantação de tecnologias da indústria 4.0, como condição primordial para garantir a competitividade das empresas brasileiras em um contexto nacional e internacional.
As tratativas para a instalação do centro no Brasil estão se desenrolando há alguns meses. Uma das primeiras ações foi o desenvolvimento de um projeto-piloto junto a dez pequenas e médias empresas (PMEs) dos setores automotivo e aeroespacial, que teve em seu escopo a análise de maturidade tecnológica e a implantação de tecnologias de IIoT (Internet das Coisas Industrial) que solucionassem a ‘dor’ (termo usado nas startups para se referir a problema) considerada prioritária em cada uma delas.
O projeto teve a participação de diversas instituições. Além das dez empresas e startups para o desenvolvimento do projeto (confira a lista das empresas no final da matéria) e do WEF, são parceiros a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, o Ministério da Economia, o IPT, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e as consultorias Designit e Deloitte.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, a estratégia foi desenvolvida a muitas mãos, sendo o mais inovador a própria forma de trabalhar. “Nada poderia ser viabilizado se não fosse a integração municipal, estadual e federal no desenvolvimento do projeto, que faz parte da primeira etapa de implantação do Centro Internacional de Tecnologia e Inovação [Projeto CITI], o ‘Vale do Silício’ brasileiro. Queremos aplicar a tecnologia para resolver problemas em empresas, mas também em setores como saúde e educação”, falou ela durante o Fórum de Políticas Públicas e 4ª Revolução Industrial, realizado no dia 7 de novembro em São Paulo.
A primeira fase do piloto foi desenvolvida com o apoio da Delloite que, juntamente com o ITA, fez uma análise da maturidade tecnológica das empresas. Elas responderam a um questionário e receberam um feedback sobre sua situação, além de um comparativo com o mercado.
A partir daí, as empresas selecionaram uma de suas ‘dores’ para a proposição de soluções de IIoT que pudessem mitigar o problema. O IPT atuou como facilitador na busca de startups que oferecessem as tecnologias mais adequadas a cada dificuldade das empresas, que foram desde a digitalização de processos e procedimentos, a inspeção visual eletrônica até a melhora da eficiência energética.
As empresas aplicaram as tecnologias ofertadas pelas startups em escala piloto. As tecnologias envolviam em geral a instalação de sensores, câmeras e sistemas nos equipamentos de chão de fábrica já existentes, a fim de tornar o maquinário mais inteligente e otimizar o trabalho nas linhas de produção. A expectativa de algumas empresas com a adoção definitiva da tecnologia proposta era de até 30% de aumento da produtividade – o projeto está em andamento.
O piloto deve ser estendido para 130 empresas paulistas até meados de 2020, e depois ser ampliado para duas mil de diversos segmentos do mercado. “O número de dez empresas não é estatisticamente representativo da situação do País. Temos que ampliar. Hoje, sabemos que apenas 30% das tecnologias de IIoT aplicadas têm sucesso. Não é só a tecnologia que vai mudar as empresas, mas sim a sua aplicação aliada ao desenvolvimento das questões culturais, de sistemas e operacionais, bem como a adoção de ações governamentais estratégicas”, apontou Jefferson Gomes de Oliveira, diretor-presidente do IPT.
Para Igor Nazareth, subsecretário de Inovação do Ministério da Economia, o projeto vai ao encontro de soluções de digitalização das PMEs, que são difíceis de resolver em larga escala por serem customizadas. “A instalação do centro trará uma série de benefícios, principalmente no sentido de formulação de políticas públicas e de conhecimento de instrumentos da indústria 4.0”, explicou ele também no fórum.
Confira abaixo as empresas que participam do projeto:
As tratativas para a instalação do centro no Brasil estão se desenrolando há alguns meses. Uma das primeiras ações foi o desenvolvimento de um projeto-piloto junto a dez pequenas e médias empresas (PMEs) dos setores automotivo e aeroespacial, que teve em seu escopo a análise de maturidade tecnológica e a implantação de tecnologias de IIoT (Internet das Coisas Industrial) que solucionassem a ‘dor’ (termo usado nas startups para se referir a problema) considerada prioritária em cada uma delas.
O projeto teve a participação de diversas instituições. Além das dez empresas e startups para o desenvolvimento do projeto (confira a lista das empresas no final da matéria) e do WEF, são parceiros a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, o Ministério da Economia, o IPT, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e as consultorias Designit e Deloitte.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, a estratégia foi desenvolvida a muitas mãos, sendo o mais inovador a própria forma de trabalhar. “Nada poderia ser viabilizado se não fosse a integração municipal, estadual e federal no desenvolvimento do projeto, que faz parte da primeira etapa de implantação do Centro Internacional de Tecnologia e Inovação [Projeto CITI], o ‘Vale do Silício’ brasileiro. Queremos aplicar a tecnologia para resolver problemas em empresas, mas também em setores como saúde e educação”, falou ela durante o Fórum de Políticas Públicas e 4ª Revolução Industrial, realizado no dia 7 de novembro em São Paulo.
A primeira fase do piloto foi desenvolvida com o apoio da Delloite que, juntamente com o ITA, fez uma análise da maturidade tecnológica das empresas. Elas responderam a um questionário e receberam um feedback sobre sua situação, além de um comparativo com o mercado.
A partir daí, as empresas selecionaram uma de suas ‘dores’ para a proposição de soluções de IIoT que pudessem mitigar o problema. O IPT atuou como facilitador na busca de startups que oferecessem as tecnologias mais adequadas a cada dificuldade das empresas, que foram desde a digitalização de processos e procedimentos, a inspeção visual eletrônica até a melhora da eficiência energética.
As empresas aplicaram as tecnologias ofertadas pelas startups em escala piloto. As tecnologias envolviam em geral a instalação de sensores, câmeras e sistemas nos equipamentos de chão de fábrica já existentes, a fim de tornar o maquinário mais inteligente e otimizar o trabalho nas linhas de produção. A expectativa de algumas empresas com a adoção definitiva da tecnologia proposta era de até 30% de aumento da produtividade – o projeto está em andamento.
O piloto deve ser estendido para 130 empresas paulistas até meados de 2020, e depois ser ampliado para duas mil de diversos segmentos do mercado. “O número de dez empresas não é estatisticamente representativo da situação do País. Temos que ampliar. Hoje, sabemos que apenas 30% das tecnologias de IIoT aplicadas têm sucesso. Não é só a tecnologia que vai mudar as empresas, mas sim a sua aplicação aliada ao desenvolvimento das questões culturais, de sistemas e operacionais, bem como a adoção de ações governamentais estratégicas”, apontou Jefferson Gomes de Oliveira, diretor-presidente do IPT.
Para Igor Nazareth, subsecretário de Inovação do Ministério da Economia, o projeto vai ao encontro de soluções de digitalização das PMEs, que são difíceis de resolver em larga escala por serem customizadas. “A instalação do centro trará uma série de benefícios, principalmente no sentido de formulação de políticas públicas e de conhecimento de instrumentos da indústria 4.0”, explicou ele também no fórum.
Confira abaixo as empresas que participam do projeto:
- Selco
- Continental Parafusos
- Progeral
- Automata
- Mangotex
- Voss
- Paranoá
- Altec
- Globo
- Aernnova