Inovação no mundo digital

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A reunião do Comitê Dinâmico da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) realizada no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) nesta quarta-feira, 27 de março, colocou em pauta os desafios de inovar frente a duas questões importantes: regulação de serviços e proteção de dados em um mundo cada vez mais digital. A abertura do evento contou com apresentação do diretor-presidente do IPT, Jefferson de Oliveira Gomes, que salientou o papel do Instituto enquanto braço de apoio tecnológico para inovação tanto em pequenas quanto em grandes empresas.

O evento teve como público membros de diversas empresas associadas, que se reuniram para compartilhar experiências relacionadas à inovação e, no caso desse comitê, especificamente as dificuldades e as oportunidades diante de uma era de transformação digital. Palestraram Alan Troib, head de Regulatório da Uber, e Douglas Leite, membro da Licks Attorneys, um escritório de advocacia.

Jefferson de Oliveira Gomes palestra sobre a história de atuação do IPT em seus 120 anos
Jefferson de Oliveira Gomes palestra sobre a história de atuação do IPT em seus 120 anos
O diretor-presidente do IPT iniciou o evento traçando um panorama histórico do IPT no apoio à inovação em São Paulo, como membro atuante e fundamental nas transformações sofridas pela cidade – e pelo País – nos últimos 120 anos, em esfera pública e privada. “Nos últimos 15 anos, foram mais de 100 projetos com a Petrobras. Atualmente, há 63 projetos no âmbito da Embrapii [Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial] rodando, focados em novos materiais e em bionanotecnologia”, contou ele. “O IPT é uma indústria de serviços de alto valor agregado. Nosso objetivo é fazer com que parte desse espaço seja ainda mais compartilhado, que seja um conglomerado de empresas com bons laboratórios à disposição e uma estrutura adequada para o desenvolvimento de protótipos”, salientou.

Já o foco da palestra de Alan Troiber, da Uber, foi detalhar o caminho da empresa com relação à regulação de seus serviços nas cidades brasileiras, que sofre uma série de entraves, mesmo oferecendo melhorias à população. A Uber inovou ao intermediar a relação entre motoristas e passageiros nas cidades, mas para isso precisou criar e ainda desenvolve maneiras de superar as tentativas de limitar a atuação da empresa, baseadas em um modelo antigo, que já não condiz com a realidade.

“A perspectiva é a de que temos sempre que trabalhar com uma regulação que faça sentido, de maneira criativa. O ideal é criar uma aproximação com os órgãos públicos e criar regulações conjuntas, entender o que a cidade precisa e o que a empresa pode oferecer, e como isso beneficia ou prejudica nossos usuários. É preciso ter uma boa narrativa a respeito do que você faz e para quem, e com qual objetivo”, apontou ele, ao dar dicas de como seguir inovando em um mundo regulado.

Douglas Leite, da Licks Attorneys, focou sua apresentação na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018), que entrará em vigor em 2020 no Brasil. O principal objetivo da palestra foi explicar, diante da lei, como os dados pessoais dos usuários de qualquer serviço – sobretudo os digitais, como aplicativos e redes sociais – podem ou não serem captados e utilizados pelas empresas.

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