Nos dias 23 e 24 de outubro, ocorreu, no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o I Seminário de Conformação e Aplicação de Aços de Alto Desempenho – CA3D 2018, que reuniu palestras de especialistas de empresas fornecedoras e usuárias de bens e serviços da indústria do aço, bem como acadêmicos da área, com o objetivo de discutir inovações em aços de alta resistência. A pesquisadora Ana Paola Villalva Braga, do Laboratório de Processos Metalúrgicos do IPT, apresentou as competências multidisciplinares do Instituto e ressaltou a importância do estabelecimento de parcerias e busca de fomento para a realização de projetos de grande porte, que demandem a expertise de diversas instituições.
A pesquisadora colocou como tema a refrigeração conformal de moldes para hot stamping, técnica que tem sido desenvolvida sobretudo pela indústria de plásticos injetados. A ideia é adaptar essa solução para a construção de moldes e componentes de veículos, usando peças estampadas a quente. O projeto proposto por Ana Paola incluiria diversas etapas para gerar processos e produtos inovadores, como estudo dos tipos de aço e suas propriedades, modelamento de processos, fabricação de pós metálicos para matriz, a construção dos moldes por manufatura aditiva, o desenvolvimento de tratamentos térmicos e recobrimentos adequados, estudos de desgaste e realização de ensaios de conformação.
“Para o desenvolvimento de um projeto como esse, que na verdade se desmembraria em muitos outros com foco em cada etapa, não é possível pensar sozinho. Existem diversas instituições no Brasil que poderiam atuar em cada uma dessas etapas, como o próprio IPT, a Escola Politécnica e a FIESC-Senai, em Joinville. É preciso pensar em como estabelecer parcerias entre elas e junto às empresas”, defendeu Ana Paola.
Ela ainda apontou que os financiamentos e investimentos são fundamentais para o apoio do mercado à inovação. Dependendo da relevância do projeto, a pesquisadora apontou que há diversas possibilidades, como busca de fomento da Fapesp ou do BNDES. “Hoje, o IPT é uma unidade Embrapii em materiais de alto desempenho, e temos autonomia para contar com um recurso desburocratizado no investimento a pesquisas. Nesse caso, os projetos poderiam contar com um financiamento Embrapii e uma contrapartida financeira do Instituto, de forma que as empresas arcariam com 47% do valor do projeto. Há muitas opções de financiamento e temos equipe preparada para buscar a melhor solução”, finalizou a pesquisadora.
“Para o desenvolvimento de um projeto como esse, que na verdade se desmembraria em muitos outros com foco em cada etapa, não é possível pensar sozinho. Existem diversas instituições no Brasil que poderiam atuar em cada uma dessas etapas, como o próprio IPT, a Escola Politécnica e a FIESC-Senai, em Joinville. É preciso pensar em como estabelecer parcerias entre elas e junto às empresas”, defendeu Ana Paola.
Ela ainda apontou que os financiamentos e investimentos são fundamentais para o apoio do mercado à inovação. Dependendo da relevância do projeto, a pesquisadora apontou que há diversas possibilidades, como busca de fomento da Fapesp ou do BNDES. “Hoje, o IPT é uma unidade Embrapii em materiais de alto desempenho, e temos autonomia para contar com um recurso desburocratizado no investimento a pesquisas. Nesse caso, os projetos poderiam contar com um financiamento Embrapii e uma contrapartida financeira do Instituto, de forma que as empresas arcariam com 47% do valor do projeto. Há muitas opções de financiamento e temos equipe preparada para buscar a melhor solução”, finalizou a pesquisadora.