O apoio tecnológico é fundamental para a manutenção das características originais de monumentos durante o restauro ou preservação. Foi pensando nisso que a Prefeitura de Itu acionou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para identificar as rochas utilizadas na construção do monumento Cruzeiro Franciscano, e avaliar a degradação como referência para o processo de restauro ou preservação, que deverá ocorrer em breve.
Localizado na Praça Dom Pedro I e construído pelo Mestre Tebas (escravo liberto Joaquim Pinto de Oliveira) em 1795, segundo documentos históricos, o monumento de nove metros de altura já passou por diversas intervenções. Em três meses, a equipe do Laboratório de Materiais de Construção Civil do IPT, no âmbito do Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem), fez um mapeamento detalhado da composição do Cruzeiro, incluindo análises de deterioração e obturações do monumento.
“Havia muitas dificuldades na análise, como altura, presença de sujidades e líquens, mas principalmente as muitas restaurações que substituíram trechos degradados das rochas originais por outras, massa plástica e até argamassa. É difícil avaliar o que é original e o que não é”, conta Eduardo Quitete, coordenador do projeto. “A grande surpresa da investigação foi constatar que os braços horizontais do Cruzeiro não são de arenito, como se acreditava até agora, mas sim de varvito, uma rocha sedimentar importante para a cidade de Itu”.
É no município que se localiza o Parque Geológico do Varvito, patrimônio tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico de São Paulo (Condephaat), além de construções (principalmente casas e calçadas) em que o material é muito utilizado. Segundo Quitete, essa constatação, assim como todo o diagnóstico do monumento, é de extrema importância para o futuro projeto de restauro ou preservação.
“Tecnicamente, o mais importante para a preservação de um monumento é manter suas características originais, e não necessariamente torná-lo vistoso do ponto de vista estético. A análise é importante para que o restauro ocorra com critério e qualidade, priorizando os materiais adequados”, aponta o pesquisador.
O trabalho contou com a consultoria de Eliane Aparecida Del Lama, professora do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP), que auxiliou nas primeiras análises do monumento. Foi realizada também uma investigação geofísica por radar de penetração no solo (GPR) no monumento e no terreno ao redor, em que foi possível observar parafusos na composição do Cruzeiro e algumas anomalias enterradas, que podem ser desde latas a restos antigos de calçamento da praça. Escavações poderão ser realizadas concomitantemente à preservação do monumento.
Localizado na Praça Dom Pedro I e construído pelo Mestre Tebas (escravo liberto Joaquim Pinto de Oliveira) em 1795, segundo documentos históricos, o monumento de nove metros de altura já passou por diversas intervenções. Em três meses, a equipe do Laboratório de Materiais de Construção Civil do IPT, no âmbito do Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem), fez um mapeamento detalhado da composição do Cruzeiro, incluindo análises de deterioração e obturações do monumento.
“Havia muitas dificuldades na análise, como altura, presença de sujidades e líquens, mas principalmente as muitas restaurações que substituíram trechos degradados das rochas originais por outras, massa plástica e até argamassa. É difícil avaliar o que é original e o que não é”, conta Eduardo Quitete, coordenador do projeto. “A grande surpresa da investigação foi constatar que os braços horizontais do Cruzeiro não são de arenito, como se acreditava até agora, mas sim de varvito, uma rocha sedimentar importante para a cidade de Itu”.
É no município que se localiza o Parque Geológico do Varvito, patrimônio tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico de São Paulo (Condephaat), além de construções (principalmente casas e calçadas) em que o material é muito utilizado. Segundo Quitete, essa constatação, assim como todo o diagnóstico do monumento, é de extrema importância para o futuro projeto de restauro ou preservação.
“Tecnicamente, o mais importante para a preservação de um monumento é manter suas características originais, e não necessariamente torná-lo vistoso do ponto de vista estético. A análise é importante para que o restauro ocorra com critério e qualidade, priorizando os materiais adequados”, aponta o pesquisador.
O trabalho contou com a consultoria de Eliane Aparecida Del Lama, professora do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP), que auxiliou nas primeiras análises do monumento. Foi realizada também uma investigação geofísica por radar de penetração no solo (GPR) no monumento e no terreno ao redor, em que foi possível observar parafusos na composição do Cruzeiro e algumas anomalias enterradas, que podem ser desde latas a restos antigos de calçamento da praça. Escavações poderão ser realizadas concomitantemente à preservação do monumento.