Envelhecimento de compósitos

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Atualmente, os compósitos – estruturas formadas através da combinação de dois materiais diferentes, que resultam em um produto final com propriedades e desempenho superiores aos iniciais – têm as mais diversas aplicações na indústria: coletes à prova de balas, varas para provas de salto, pranchas de surf, pás de helicóptero e fuselagens de avião são alguns exemplos. Garantir que seu desempenho final não seja prejudicado por defeitos durante o processo de fabricação é de extrema importância.

Buscando solucionar problemas de envelhecimento da matéria-prima derivados da exposição à temperatura e à umidade durante o processamento, Olivia de Andrade Raponi, aluna de doutorado em materiais para engenharia da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), estuda seus efeitos em compósitos para monitoramento do fenômeno e otimização do processo produtivo, em uma parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) dentro do programa Novos Talentos. Os estudos são realizados no Núcleo de Estruturas Leves, localizado na cidade de São José dos Campos (SP), e têm duração prevista de quatro anos.

Olivia de Andrade Raponi estuda os efeitos do envelhecimento da matéria-prima em compósitos
Olivia de Andrade Raponi estuda os efeitos do envelhecimento da matéria-prima em compósitos
O estudo está focado na utilização de pré-impregnados – materiais compostos por fibras de reforço de polímero, produtos intermediários prontos para moldagem – como matéria-prima para a fabricação de compósitos. Um dos defeitos mais comuns associados ao processamento de pré-impregnados é a formação de porosidade. Por meio do trabalho, espera-se chegar a um conjunto de dados que permita compreender melhor a influência do envelhecimento da matéria-prima na formação deste tipo de defeito em materiais compósitos.

“O envelhecimento é um fenômeno intrínseco ao processo produtivo do material, que não tem como ser evitado. A ideia é controlar as propriedades e garantir que não haja desperdício de matéria-prima por meio de ajustes de parâmetros de processamento em função das propriedades do material envelhecido”, explica Olivia.

A pesquisadora ressalta a importância da parceria entre instituto e a universidade para o estabelecimento do projeto e evolução da indústria. “Existem equipamentos aqui no laboratório que não estão disponíveis na universidade. Além disso, a coorientação é bastante importante, e o contato com outros pesquisadores permite uma troca de conhecimentos que acrescenta muito ao trabalho, em especial se pensarmos que, em relação à universidade e ao mundo acadêmico, o IPT apresenta, na área em que estamos trabalhando, uma visão muito próxima das necessidades indústria", finaliza.

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