Desenvolver projetos conjuntos para a promoção do uso da madeira na construção civil e na movelaria, incluindo a difusão de informações sobre o desempenho das diferentes espécies, é um dos objetivos do acordo de cooperação tecnológica firmado no dia 21 de setembro pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, mais conhecido como FSC Brasil, que é uma associação civil na qual estão presentes representantes de ONGs ambientais e sociais, comerciantes de madeira, organizações florestais, pequenos produtores e proprietários florestais, entre outros.
A parceria prevê também a capacitação de equipes das duas instituições e a divulgação da certificação FSC por meio de cursos e palestras – o conceito do atestado foi criado como uma forma de controle das práticas produtivas florestais, por meio da valorização, no mercado, dos produtos originados de manejo responsável das florestas.
Avaliação de espécies de madeira por meio da xiloteca do IPT é uma das possíveis parcerias no acordo com o FSC
Os licenciados da marca (que é internacional) podem utilizar as siglas ‘FSC’, o nome Forest Stewardship Council e o logotipo com a marca e a árvore – o IPT, por exemplo, possui a licença para uso em casos muito específicos, como publicações.
A primeira ação concreta da parceria, explica a diretora do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do IPT, Ligia Ferrari Torella di Romagnano, será um curso sobre o uso de madeiras na construção civil a ser oferecido em fevereiro de 2018, em conjunto com o Sindicato da Habitação de São Paulo, o Secovi. “Estamos buscando projetos de interesse de ambas as instituições: como o FSC credencia empresas para certificação de sustentabilidade de produtos florestais, uma das possíveis parcerias seria o trabalho do IPT como avaliador, por exemplo, de espécies de madeira por meio da Xiloteca Dr. Calvino Mainieri”, explica ela – o acervo do IPT é o mais importante do estado de São Paulo e o maior do Brasil: criado em 1930, reúne aproximadamente 19,5 mil amostras de madeiras brasileiras e estrangeiras e ao redor de 15 mil lâminas histológicas.