A pesquisadora Ligia Ferrari T. di Romagnano, diretora do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), é a primeira secretária do recém-criado Núcleo de Referência em Tecnologia da Madeira, cujo lançamento ocorreu na Expo GBC Brasil, na segunda semana de agosto. O objetivo do núcleo é promover o uso da madeira na construção civil de modo sustentável, tendo como associados arquitetos, engenheiros, associações, empresas, entidades de classe e fornecedores, para ampliar o uso de técnicas construtivas em madeira e contribuir para o uso racional de reservas florestais.
A criação do grupo é iniciativa de um grupo de engenheiros e arquitetos (entre eles o atual presidente do núcleo, o arquiteto Marcelo Aflalo), apoiados pelo IPT, Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras de São Paulo (Sindimasp), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), World Wide Fund for Nature Brasil (WWF-Brasil) e empresários do setor. O objetivo geral da associação se desdobra em um leque de ações, explica Ligia.
“Incrementar o desenvolvimento e a inovação em técnicas construtivas em madeira, buscando melhorar a eficiência dos métodos construtivos, e contribuir para o uso racional das áreas florestais estão no foco do núcleo. Queremos fazer um elo entre a cadeia produtiva e o consumidor, garantindo produtos sustentáveis de qualidade e mais possibilidades de escolha na hora de construir”, aponta a diretora.
O núcleo terá a sua sede inicialmente alocada no IPT, mas está prevista a construção de um espaço definitivo no Parque Villa-Lobos, localizado no bairro de Alto de Pinheiros, em São Paulo. O projeto prevê estruturas construídas em madeira e é baseado no conceito de construção sustentável, prevendo inclusive o aproveitamento de energia solar e de água de chuva. Segundo Ligia, esse espaço será destinado a exposições, lançamento de produtos ligados à cadeia produtiva da madeira, cursos, treinamentos e eventos técnicos ou comerciais do setor.
“O IPT contribuirá com seus laboratórios e sua capacitação para ampliar as técnicas construtivas em madeira, ainda restritas, mas que podem ser diversificadas. São tecnologias pouco exploradas no Brasil e com grande potencial”, explica ela. “Por isso, o núcleo também atuará na promoção de pesquisas científicas e tecnológicas, difusão do conhecimento, patrocínio, criação e organização de cursos, assim como na coleta e divulgação de informações técnicas e estatísticas e na aproximação dos associados com centros e universidades de pesquisa”, frisa a diretora.
CONTEXTO E QUEBRA DE PRECONCEITOS – Outro objetivo do núcleo é o apoio às iniciativas que visem o desenvolvimento da indústria nacional de construção em madeira, objetivando ao máximo o uso de recursos e matérias-primas nacionais, com foco na sustentabilidade.
A missão une o combate a duas realidades brasileiras: o uso ainda limitado da madeira na construção, mas de alto potencial pela diversidade de espécies do País; e, por outro lado, a preocupação com o uso legal dos recursos florestais, que gera o preconceito relacionado ao impacto do desmatamento.
“O núcleo quer fomentar uma visão diferente com relação à madeira na construção civil. É um trabalho de divulgação” defende Ligia. “A aplicação da madeira apresenta grande potencial de ampliação, desde que usada corretamente. São diferentes espécies, propriedades, cores, texturas e até cheiros. A origem e o processamento são distintos e a madeira engenheirada funciona muito bem quando suas características são conhecidas. Novas tecnologias estão em desenvolvimento no exterior e precisam ser difundidas e adaptadas ao contexto brasileiro, sobretudo devido ao clima, à biodiversidade e aos processos construtivos”, aponta ela.
Segundo a pesquisadora, os preconceitos são gerados no desconhecimento, tanto relacionado à qualidade de construções em madeira quanto ao impacto ao meio ambiente oriundo de desmatamento e exploração florestal. Sendo o núcleo uma iniciativa nascida no âmbito do Programa Madeira é Legal, cujo principal objetivo é o uso responsável de recursos florestais, busca-se incentivar o uso de um material renovável.
“O uso que defendemos é o de madeira oriunda de planos de manejo sustentável, dentro de uma perspectiva realista do mercado, gerando oportunidades de negócios para a indústria do setor. A preocupação com a origem legal da madeira pode ser enfrentada com a promoção do uso responsável”, ressalta ela.
Ligia conclui explicando que, atualmente, existem documentos que garantem ao consumidor adquirir uma madeira de origem legal, ou de florestas certificadas, e que o incentivo ao consumo é fundamental para o desenvolvimento do mercado brasileiro. “Madeira certificada pode ser mais cara, mas comprá-la ajuda no próprio processo de certificação, que tende a ficar mais barato, além do benefício do consumo consciente”, finaliza.
A criação do grupo é iniciativa de um grupo de engenheiros e arquitetos (entre eles o atual presidente do núcleo, o arquiteto Marcelo Aflalo), apoiados pelo IPT, Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras de São Paulo (Sindimasp), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), World Wide Fund for Nature Brasil (WWF-Brasil) e empresários do setor. O objetivo geral da associação se desdobra em um leque de ações, explica Ligia.
“Incrementar o desenvolvimento e a inovação em técnicas construtivas em madeira, buscando melhorar a eficiência dos métodos construtivos, e contribuir para o uso racional das áreas florestais estão no foco do núcleo. Queremos fazer um elo entre a cadeia produtiva e o consumidor, garantindo produtos sustentáveis de qualidade e mais possibilidades de escolha na hora de construir”, aponta a diretora.
O núcleo terá a sua sede inicialmente alocada no IPT, mas está prevista a construção de um espaço definitivo no Parque Villa-Lobos, localizado no bairro de Alto de Pinheiros, em São Paulo. O projeto prevê estruturas construídas em madeira e é baseado no conceito de construção sustentável, prevendo inclusive o aproveitamento de energia solar e de água de chuva. Segundo Ligia, esse espaço será destinado a exposições, lançamento de produtos ligados à cadeia produtiva da madeira, cursos, treinamentos e eventos técnicos ou comerciais do setor.
“O IPT contribuirá com seus laboratórios e sua capacitação para ampliar as técnicas construtivas em madeira, ainda restritas, mas que podem ser diversificadas. São tecnologias pouco exploradas no Brasil e com grande potencial”, explica ela. “Por isso, o núcleo também atuará na promoção de pesquisas científicas e tecnológicas, difusão do conhecimento, patrocínio, criação e organização de cursos, assim como na coleta e divulgação de informações técnicas e estatísticas e na aproximação dos associados com centros e universidades de pesquisa”, frisa a diretora.
CONTEXTO E QUEBRA DE PRECONCEITOS – Outro objetivo do núcleo é o apoio às iniciativas que visem o desenvolvimento da indústria nacional de construção em madeira, objetivando ao máximo o uso de recursos e matérias-primas nacionais, com foco na sustentabilidade.
A missão une o combate a duas realidades brasileiras: o uso ainda limitado da madeira na construção, mas de alto potencial pela diversidade de espécies do País; e, por outro lado, a preocupação com o uso legal dos recursos florestais, que gera o preconceito relacionado ao impacto do desmatamento.
“O núcleo quer fomentar uma visão diferente com relação à madeira na construção civil. É um trabalho de divulgação” defende Ligia. “A aplicação da madeira apresenta grande potencial de ampliação, desde que usada corretamente. São diferentes espécies, propriedades, cores, texturas e até cheiros. A origem e o processamento são distintos e a madeira engenheirada funciona muito bem quando suas características são conhecidas. Novas tecnologias estão em desenvolvimento no exterior e precisam ser difundidas e adaptadas ao contexto brasileiro, sobretudo devido ao clima, à biodiversidade e aos processos construtivos”, aponta ela.
Segundo a pesquisadora, os preconceitos são gerados no desconhecimento, tanto relacionado à qualidade de construções em madeira quanto ao impacto ao meio ambiente oriundo de desmatamento e exploração florestal. Sendo o núcleo uma iniciativa nascida no âmbito do Programa Madeira é Legal, cujo principal objetivo é o uso responsável de recursos florestais, busca-se incentivar o uso de um material renovável.
“O uso que defendemos é o de madeira oriunda de planos de manejo sustentável, dentro de uma perspectiva realista do mercado, gerando oportunidades de negócios para a indústria do setor. A preocupação com a origem legal da madeira pode ser enfrentada com a promoção do uso responsável”, ressalta ela.
Ligia conclui explicando que, atualmente, existem documentos que garantem ao consumidor adquirir uma madeira de origem legal, ou de florestas certificadas, e que o incentivo ao consumo é fundamental para o desenvolvimento do mercado brasileiro. “Madeira certificada pode ser mais cara, mas comprá-la ajuda no próprio processo de certificação, que tende a ficar mais barato, além do benefício do consumo consciente”, finaliza.