Muito mais do que a proximidade física entre a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) – na Cidade Universitária –, as duas instituições também se mantêm perto em diversas atividades envolvendo alunos, professores e pesquisadores.
No ano passado, por exemplo, alunos do curso de Engenharia Mecânica da Poli estiveram no Laboratório de Engenharia Térmica do IPT, onde acompanharam alguns ensaios e tiveram aulas com o engenheiro Marcos Naufal, além da disponibilização de uma plataforma apenas para pesquisas acadêmicas. Em 2015, o Projeto Novos Talentos do IPT obteve seu primeiro destaque envolvendo uma aluna da Poli, quando a mestranda Ana Cecília Pontes fez seu trabalho no Centro de Tecnologia em Metalurgia e Materiais. Na página da Politécnica na internet, o IPT aparece como um dos institutos parceiros, e o mesmo acontece no site ipeteano.
Mantendo essa proximidade, o Instituto recebeu na tarde de quarta-feira, 8 de março, a visita de 41 grupos de alunos ingressantes nos cursos de engenharias da Poli (Ambiental, Civil, Computação, Elétrica, Materiais e Metalurgia, Mecatrônica, Mecânica, Minas, Naval, Produção e Química) para visitas guiadas em 41 laboratórios instalados em 28 prédios.
Cada grupo reunia cerca de 20 alunos, que permaneceram uma hora e meia circulando por ao menos dois laboratórios de centros tecnológicos variados, conhecendo equipamentos de ensaios, calibrações e sendo orientados por pesquisadores e colaboradores. No total, aproximadamente 750 alunos passaram pelo Instituto. Segundo a área de Eventos, foi a primeira vez na história que o IPT recebeu calouros da Politécnica em um número tão grande, o que exigiu um esforço de organização e logística e o apoio dos empregados que se dispuseram a guiar os calouros pelos laboratórios.
O projeto faz parte de uma ideia conjunta do IPT e da Poli que pretende aproximar os alunos da universidade aos centros de pesquisa, além de despertar o interesse dos calouros nas diversas oportunidades de estudos e desenvolvimento de projetos existentes no Instituto, literalmente do outro lado da rua dos prédios da escola.
Surgida em janeiro, quando o diretor-presidente do IPT, Fernando Landgraf, visitou a Politécnica, a ideia agradou não apenas aos professores, mas também aos alunos da Comissão de Recepção de Calouros da universidade, que participaram das visitas. Para o professor Augusto Neiva, do Departamento de Metalurgia e Materiais da Poli, que trabalhou na iniciativa com o IPT, a ação deve se repetir anualmente. “Eu acharia excelente que a gente pudesse organizar um evento todo ano”, comemora.
Segundo Neiva, diversos aspectos podem ser elencados para argumentar em favor da iniciativa. “É motivador para o próprio curso que os alunos fazem na Poli, porque eles observam a engenharia sendo feita de verdade e, então, entendem porque precisam de cálculo, de física, e descobrem que ainda tem espaço no Brasil para fazer engenharia mesmo e não um gerenciamento de fórmulas. O IPT é rico nesse sentido. O segundo aspecto é que eles já podem se maravilhar em um assunto, e isso já pode leva-los a uma iniciação científica, à leitura de artigos, além de saberem onde poderão estudar esses projetos: no IPT”, completa.
REAÇÕES – Os empregados voluntários receberam placas da organização do evento, com os números de seus grupos e os seus respectivos alunos. Cada ipeteano guiou um grupo por laboratório, entregando-o a outro colaborador na visita seguinte. No horário marcado, eles se encaminhavam à portaria e esperavam pelos calouros, recepcionando-os para as fotografias e uma mensagem preliminar contando-lhes sobre o Instituto. Landgraf também recebeu alguns ingressantes no início das visitas.
O grupo 33, de alunos da Engenharia Civil, visitou as áreas de instalação predial e o simulador solar, no Centro Tecnológico do Ambiente Construído e as áreas de cartografia geotécnica e geoambiental, no Centro de Tecnologias Geoambientais. No primeiro, foi recebido pelo pesquisador Daniel Sowmy, que também é professor do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli, que explicou sobre os ensaios realizados no laboratório para clientes do IPT. No segundo, os calouros foram recepcionados pelo pesquisador Omar Bitar. Para Guilherme Isaki, de 19 anos, foi importante conhecer as práticas antes mesmo de entrar em contato com a teoria durante as aulas. “É uma demonstração interessante do funcionamento das coisas na vida real. Com certeza, vai acrescentar muito ao curso que estou começando”, disse.
O grupo 15, formado por calouros de Engenharia de Produção, conheceu a área de embalagens do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais e a área de vazão de gás do Centro de Metrologia Mecânica, Elétrica e de Fluidos. Para o estudante Geane Bernardes, 20 anos, o importante da visita foi conhecer as áreas de atuação futuras. “A gente que está entrando na universidade agora não tem dimensão do que pode trabalhar, e essa ideia do IPT com a Poli nos ajuda a ter um contato inicial com essas oportunidades, que não estão claras ainda”, afirmou.
Bruno Sosaki, de 18 anos, do curso de Engenharia Elétrica, se impressionou com o tamanho das instalações do IPT. “A gente está andando durante uma hora e ainda não passamos em nenhum lugar repetido”, contou. Sua colega de turma, Thammy Nakamura, também ficou surpresa com a heterogeneidade de atividades do Instituto. “O monitor vai nos contando dos laboratórios, o que cada um faz, e a gente não acredita que tem tanta coisa bacana aqui do lado da Poli”, finaliza.
No ano passado, por exemplo, alunos do curso de Engenharia Mecânica da Poli estiveram no Laboratório de Engenharia Térmica do IPT, onde acompanharam alguns ensaios e tiveram aulas com o engenheiro Marcos Naufal, além da disponibilização de uma plataforma apenas para pesquisas acadêmicas. Em 2015, o Projeto Novos Talentos do IPT obteve seu primeiro destaque envolvendo uma aluna da Poli, quando a mestranda Ana Cecília Pontes fez seu trabalho no Centro de Tecnologia em Metalurgia e Materiais. Na página da Politécnica na internet, o IPT aparece como um dos institutos parceiros, e o mesmo acontece no site ipeteano.
Mantendo essa proximidade, o Instituto recebeu na tarde de quarta-feira, 8 de março, a visita de 41 grupos de alunos ingressantes nos cursos de engenharias da Poli (Ambiental, Civil, Computação, Elétrica, Materiais e Metalurgia, Mecatrônica, Mecânica, Minas, Naval, Produção e Química) para visitas guiadas em 41 laboratórios instalados em 28 prédios.
Cada grupo reunia cerca de 20 alunos, que permaneceram uma hora e meia circulando por ao menos dois laboratórios de centros tecnológicos variados, conhecendo equipamentos de ensaios, calibrações e sendo orientados por pesquisadores e colaboradores. No total, aproximadamente 750 alunos passaram pelo Instituto. Segundo a área de Eventos, foi a primeira vez na história que o IPT recebeu calouros da Politécnica em um número tão grande, o que exigiu um esforço de organização e logística e o apoio dos empregados que se dispuseram a guiar os calouros pelos laboratórios.
O projeto faz parte de uma ideia conjunta do IPT e da Poli que pretende aproximar os alunos da universidade aos centros de pesquisa, além de despertar o interesse dos calouros nas diversas oportunidades de estudos e desenvolvimento de projetos existentes no Instituto, literalmente do outro lado da rua dos prédios da escola.
Surgida em janeiro, quando o diretor-presidente do IPT, Fernando Landgraf, visitou a Politécnica, a ideia agradou não apenas aos professores, mas também aos alunos da Comissão de Recepção de Calouros da universidade, que participaram das visitas. Para o professor Augusto Neiva, do Departamento de Metalurgia e Materiais da Poli, que trabalhou na iniciativa com o IPT, a ação deve se repetir anualmente. “Eu acharia excelente que a gente pudesse organizar um evento todo ano”, comemora.
Segundo Neiva, diversos aspectos podem ser elencados para argumentar em favor da iniciativa. “É motivador para o próprio curso que os alunos fazem na Poli, porque eles observam a engenharia sendo feita de verdade e, então, entendem porque precisam de cálculo, de física, e descobrem que ainda tem espaço no Brasil para fazer engenharia mesmo e não um gerenciamento de fórmulas. O IPT é rico nesse sentido. O segundo aspecto é que eles já podem se maravilhar em um assunto, e isso já pode leva-los a uma iniciação científica, à leitura de artigos, além de saberem onde poderão estudar esses projetos: no IPT”, completa.
REAÇÕES – Os empregados voluntários receberam placas da organização do evento, com os números de seus grupos e os seus respectivos alunos. Cada ipeteano guiou um grupo por laboratório, entregando-o a outro colaborador na visita seguinte. No horário marcado, eles se encaminhavam à portaria e esperavam pelos calouros, recepcionando-os para as fotografias e uma mensagem preliminar contando-lhes sobre o Instituto. Landgraf também recebeu alguns ingressantes no início das visitas.
O grupo 33, de alunos da Engenharia Civil, visitou as áreas de instalação predial e o simulador solar, no Centro Tecnológico do Ambiente Construído e as áreas de cartografia geotécnica e geoambiental, no Centro de Tecnologias Geoambientais. No primeiro, foi recebido pelo pesquisador Daniel Sowmy, que também é professor do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli, que explicou sobre os ensaios realizados no laboratório para clientes do IPT. No segundo, os calouros foram recepcionados pelo pesquisador Omar Bitar. Para Guilherme Isaki, de 19 anos, foi importante conhecer as práticas antes mesmo de entrar em contato com a teoria durante as aulas. “É uma demonstração interessante do funcionamento das coisas na vida real. Com certeza, vai acrescentar muito ao curso que estou começando”, disse.
O grupo 15, formado por calouros de Engenharia de Produção, conheceu a área de embalagens do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais e a área de vazão de gás do Centro de Metrologia Mecânica, Elétrica e de Fluidos. Para o estudante Geane Bernardes, 20 anos, o importante da visita foi conhecer as áreas de atuação futuras. “A gente que está entrando na universidade agora não tem dimensão do que pode trabalhar, e essa ideia do IPT com a Poli nos ajuda a ter um contato inicial com essas oportunidades, que não estão claras ainda”, afirmou.
Bruno Sosaki, de 18 anos, do curso de Engenharia Elétrica, se impressionou com o tamanho das instalações do IPT. “A gente está andando durante uma hora e ainda não passamos em nenhum lugar repetido”, contou. Sua colega de turma, Thammy Nakamura, também ficou surpresa com a heterogeneidade de atividades do Instituto. “O monitor vai nos contando dos laboratórios, o que cada um faz, e a gente não acredita que tem tanta coisa bacana aqui do lado da Poli”, finaliza.