Superímãs na Campus Party

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Atualizado em 6 de fevereiro

O que têm a ver superímãs de terras-raras e a chamada 4ª Revolução Industrial? Muito, na opinião do diretor-presidente do IPT e especialista no assunto, Fernando Landgraf: “Muita gente está discutindo se estamos entrando em uma nova era de transformações, a Quarta Revolução Industrial, ou se estamos apenas nos surpreendendo com a aceleração da continuidade da terceira, aquela marcada pelo advento dos circuitos integrados, da automação, dos computadores pessoais, da internet e da telefonia celular. A chamada Internet das Coisas vai mudar tudo à nossa volta?”, pergunta ele, que discutiu o tema na quinta-feira, 2 de fevereiro, na Campus Party, em São Paulo.

Para Landgraf, são muitas as perguntas, mas uma das coisas que deverão acontecer será o crescimento do uso dos atuadores (elementos que, sob um determinado comando – mecânico ou elétrico – produzem movimento).
Landgraf: "Temos condições de desafiar o domínio chinês dos ímãs mais poderosos do planeta, os superímãs de terras-raras"
Landgraf: "Temos condições de desafiar o domínio chinês dos ímãs mais poderosos do planeta, os superímãs de terras-raras"
“Afinal, nossa vida exige muitas ações, não apenas informações. Ações físicas exigirão a transformação de informação em movimento, e nesse ambiente o eletromagnetismo ainda dominará por muitos anos. Um dos materiais mais importantes para o movimento é o ímã, e aí reside uma oportunidade interessante para o Brasil. Temos condições de desafiar o domínio chinês dos ímãs mais poderosos do planeta, os superímãs de terras-raras.”

Segundo Landgraf, de um lado o País dispõe de grandes reservas minerais desses elementos químicos e, de outro, grandes usuários dos ímãs em geradores eólicos, equipamentos eletroeletrônicos e de informática. “Se a cadeia produtiva da mineração ao ímã se estabelecer no Brasil, estará aberta a porta para uma miríade de startups que poderão criar atuadores para tudo o que a Internet das Coisas poderá exigir. O Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) está investindo em várias frentes para ajudar a viabilizar a cadeia produtiva. Claro que é o mercado que vai dizer se essa cadeia é viável, mas a oportunidade está aí. Muitos novos negócios surgirão e os mais capazes – contando com uma parcela de sorte – ganharão dinheiro com isso.”

SERVIÇO – O MCTIC participou da edição 2017 da Campus Party Brasil, que começou no dia 31 de janeiro, e foi até 5 de fevereiro, no Parque Anhembi em São Paulo. Temas como nanotecnologia, Internet das Coisas, superímãs de terras-raras, Quarta Revolução Industrial, veículos híbridos, elétricos e movidos a hidrogênio foram discutidos durante o evento.

No dia 2 de fevereiro, Landgraf apresentou o tema ‘Superímãs de terras-raras e a Quarta Revolução Industrial’ no palco Ciência. "A questão das terras-raras tem muito a ver com a Campus Party, pois envolve eletrônica, fabricação de baterias e ímãs. São temas voltados para esse público", comenta Eliana Emediato, coordenadora-geral de Serviços Tecnológicos da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC.

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