Sustentabilidade em Lorena

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O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) realizou, em parceria com a Prefeitura de Lorena e no âmbito do Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem), uma compartimentação territorial do meio físico do município, com o objetivo de fornecer bases técnicas para o desenvolvimento sustentável da mineração e da ocupação nas áreas de planície e encosta nos próximos anos.

IPT realizou compartimentação do meio físico do território de Lorena
IPT realizou compartimentação do meio físico do território de Lorena
As informações do relatório, que devem subsidiar as próximas discussões a respeito da atualização do Plano Diretor do município, constituem um detalhamento das características geológicas e geomorfológicas do território municipal em razão do potencial de seus jazimentos de areia e da necessidade de expansão de sua mancha urbana.

Os trabalhos incluíram reuniões com a Secretaria do Meio Ambiente de Lorena e a elaboração de mapas temáticos da geologia, da geomorfologia, da relação de títulos minerários incidentes sobre o território e do uso e ocupação da terra. Segundo Carlos Gamba, pesquisador da Seção de Recursos Minerais e Tecnologia Cerâmica do IPT, estes levantamentos fazem parte de um ‘procedimento padrão’ que tem por finalidade identificar as características ambientais e as particularidades do município estudado: “uma característica exclusiva do projeto em Lorena é que não se trata apenas de mineração, mas de um estudo mais abrangente sobre o meio físico. Com a compartimentação territorial foi possível sugerir as áreas mais indicadas para a mineração, para a preservação e para a expansão urbana”.

Gamba explica que a questão do desenvolvimento sustentável está presente nas recomendações fornecidas não somente ao município de Lorena, mas nos projetos do Patem em geral. O objetivo não é só promover as atividades de preservação do território com vistas ao meio ambiente e à qualidade de vida da população, mas também evitar possíveis pressões do Ministério Público com relação a riscos no futuro.

“Trabalhamos nos municípios a ideia de que a mineração não é uma atividade-fim, e sim uma atividade-meio. O empreendimento da mineração em uma área é finito. Então, antes de ele começar, é preciso que se planeje a recuperação e o uso futuro da área, queincluem desde o reflorestamento, a construção de parques de recreação até a criação de peixes [no caso da formação de lagos por mineração de areia]. Há várias possibilidades”, ressalta o pesquisador.

Gamba destaca a importância em fornecer bases técnicas detalhadas para que o município possa pensar em seu desenvolvimento futuro – situação ainda pouco recorrente no Brasil – e tornar possível a inclusão dessas informações no planejamento de políticas públicas, efetivando-as em termos de gestão.

“Em essência, os trabalhos do Patem têm esse objetivo, cada um com um foco: fornecer informações e subsídios técnicos para que as cidades possam conduzir melhor suas políticas de desenvolvimento e preservação. Amanhã, quando forem escolher um lugar pra implantar uma indústria ou área de mineração, olharão para o relatório e, a partir das sugestões, podem tomar a melhor decisão”, finaliza.

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