Exportação para sair da crise

Compartilhe:
Em momentos de crise, a exportação emerge como uma das possíveis saídas para garantir a sobrevivência das empresas e acelerar a economia. O estado de São Paulo tem destinado esforços frequentes para apoiar suas organizações, sobretudo as micro, pequenas e médias empresas, nesse impulso exportador. O workshop \’Casos de sucesso na exportação: desafios e soluções\’, realizado em 30 de junho no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), integra essa ação coordenada para ampliar as vendas internacionais das empresas paulistas e brasileiras.

O evento reuniu empresários que relataram casos de sucesso e também as seguintes instituições, que oferecem programas de apoio às empresas e puderam apresentar suas linhas de atuação: Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (Investe SP), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) e o IPT, que, por intermédio do Programa de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex), trabalha na adequação técnica de produtos e processos para que seus clientes possam atender as exigências do mercado externo.
Mari Katayama, do IPT: "Progex é ferramenta para iniciar ou fortalecer exportações" - ao lado, o diretor de operações e negócios do Instituto, Carlos Daher Padovezi
Mari Katayama, do IPT: "Progex é ferramenta para iniciar ou fortalecer exportações" – ao lado, o diretor de operações e negócios do Instituto, Carlos Daher Padovezi


De acordo com Ricardo Santana, gerente de Exportações da Investe SP, o Brasil tem cerca de 20 mil exportadores, sendo que quase 50% estão concentrados no estado de São Paulo. No entanto, mais de 75% do valor exportado pelo País está nas mãos de apenas 244 empresas. Para dar uma resposta a este cenário e fortalecer as exportações, a agência criou o SP Export, programa que atua tanto na capacitação das empresas como na promoção de seus produtos no exterior. “Um dos temas mais procurados pelas empresas é a adequação de produtos, e o IPT é um grande parceiro nisso, fazendo um trabalho de excelência”.

Como explicou Mari Katayama, diretora do Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do IPT, o Progex é uma ferramenta para quem quer iniciar ou fortalecer suas exportações. “Da mesma forma que as grandes empresas, as pequenas também precisam superar as exigências técnicas e sobreviver no mercado. As regras são as mesmas, como apresentar qualidade e ter preços competitivos”.

O programa do IPT pode auxiliar as organizações que faturam até R$ 90 milhões por ano de uma maneira ágil e desburocratizada, oferecendo apoio no atendimento a normas técnicas, qualificação para certificação, adequação de embalagem e redução de custos, dentre outros aspectos que os mercados externos vão requisitar. “Por meio da parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, o atendimento é feito com recursos não reembolsáveis de no máximo 90%, enquanto a empresa arca com o mínimo de 10% do valor do atendimento”.

Uma das empresas que contou com apoio do Progex e fez seu relato no evento foi a Fanem, que atua na fabricação de equipamentos eletromédicos e é responsável por 90% da exportação brasileira na área de neonatologia, atendendo mais de 100 países.
Rodrigues: Fanem, responsável por 90% da exportação brasileira na área de neonatologia, contou com apoio do IPT para a certificação de produtos
Rodrigues: Fanem, responsável por 90% da exportação brasileira na área de neonatologia, contou com apoio do IPT para a certificação de produtos
“O apoio do Progex foi fantástico. Quase todos os nossos produtos foram certificados graças ao programa”, afirmou Djalma Rodrigues, diretor da empresa. O IPT possui experiência na área de equipamentos médico-hospitalares e odontológicos: segundo Mari, das 160 empresas paulistas do segmento, 110 já receberam contribuições do Progex.

Quanto o assunto é exportação, a parceria é fundamental, tanto entre empresas e institutos de pesquisa e de apoio financeiro quanto entre as próprias empresas. Como afirmou Vaclav Soukup Filho, da Sweet Hair, que desenvolveu o primeiro xampu em pó do mundo, “nenhuma empresa pequena ou média consegue fazer um show room sozinho em um evento na França”. Mas ao reunir empresas da mesma cadeia produtiva, por exemplo, é possível criar um espaço integrado de divulgação dos produtos. 

Confira abaixo as apresentações realizadas:

INSCREVA-se em nossa newsletter

Receba nossas novidades em seu e-mail.

SUBSCRIBE to our newsletter

Receive our news in your email.

Pular para o conteúdo