Arcabouço de fibras de material polimérico com diâmetros na escala de nanômetros, a nanofibra possui um amplo campo de aplicações. No IPT, a pesquisadora visitante Carolina Fracalossi Rediguieri desenvolve essas estruturas com o objetivo de mimetizar o meio extracelular dos organismos, de maneira que as nanofibras possam auxiliar na regeneração de diferentes tecidos humanos.
Funcionária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a farmacêutica aproveitou a oportunidade de programa lançado pela agência em 2012 para capacitar seu pessoal na área de nanotecnologia. Carolina iniciou então seu doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, orientada pela profª. Teresinha Jesus de Andreoli Pinto, e encontrou no IPT a infraestrutura laboratorial e os equipamentos necessários para sua pesquisa com nanofibras.
Com foco em engenharia tecidual, o trabalho mostra a aplicabilidade das nanofibras na reconstrução de tecidos biológicos, como o nervoso e o muscular, a partir do cultivo de células em suas estruturas e busca um polímero que desempenhe com maior eficácia essa função. “O processo de cultivo tem início com a biópsia em um paciente, para retirada de suas células. O próximo passo é fazer essas células crescerem em um arcabouço de nanofibras. Na sequência, esse tecido volta a ser implantado no paciente”.
Como explica a pesquisadora, as células precisam de um suporte para fixação, como uma ancoragem, e as nanofibras se revelaram ideais para esse papel. “A vantagem das nanofibras é que elas conseguem mimetizar nosso organismo, repleto de fibras de proteínas muito finas, como o colágeno e a elastina. Assim, elas propiciam uma regeneração mais próxima da real, restaurando a função inicial do tecido. Elas são constituídas de polímeros biodegradáveis e biorreabsorvíveis, então no futuro esse material deverá desaparecer no organismo, dando lugar ao tecido humano”.
Depois de realizar parte de sua investigação na Universidade de Bath, da Inglaterra, sob orientação do profº Paul De Bank, Carolina dá sequência ao trabalho no IPT, onde utiliza equipamentos e materiais dos laboratórios de Biotecnologia Industrial e de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas, ambos do Núcleo de Bionanomanufatura. “Pela minha experiência na Inglaterra, observei que aqui no IPT há toda a estrutura para desenvolver a pesquisa. O Brasil tem condições de avançar no desenvolvimento de nanofibras, não ficando atrás de outros países”.
Carolina já concluiu os testes com o polímero PLGA – poli (L- ácido láctico-co-ácido glicólico), com o qual obteve ótimos resultados na semeadura das células, e agora finaliza ensaios com um blend de outros polímeros. A grande conquista da pesquisa, que será finalizada em setembro de 2016, é a esterilização do material em que as células serão cultivadas. “Normalmente as pesquisas conseguem desenvolver o material, mas não estão preocupadas com a esterilização. Se o material não for estéril, ou seja, livre de microorganismos, não pode ser implantado no paciente. Conseguimos promover uma esterilização por ozônio sem danificar o material, o que pode ser considerada uma inovação na área”.
Ao final do doutorado, Carolina volta para a Anvisa, certa de que essa expertise vai contribuir com as regulamentações futuras do segmento. “O objetivo da agência era capacitar pessoal para, futuramente, contribuir com regulamentações dos novos produtos nanotecnológicos que chegarem ao mercado. Com esse conhecimento, poderemos discutir com mais profundidade quais ensaios precisarão ser feitos para garantir a segurança do paciente, por exemplo”.
Para Natália Cerize, chefe de um dos laboratórios que acolheu Carolina no IPT, a interlocução com a Anvisa é de extrema importância. “A aproximação das instituições, tanto no desenvolvimento de projetos com alto grau de inovação, quanto na formação de recursos humanos, permite que estejamos mais preparados, no Instituto, para responder às demandas da sociedade envolvendo a saúde humana, tanto no âmbito científico quanto de regulamentação”, declara.
Com foco em engenharia tecidual, o trabalho mostra a aplicabilidade das nanofibras na reconstrução de tecidos biológicos, como o nervoso e o muscular, a partir do cultivo de células em suas estruturas e busca um polímero que desempenhe com maior eficácia essa função. “O processo de cultivo tem início com a biópsia em um paciente, para retirada de suas células. O próximo passo é fazer essas células crescerem em um arcabouço de nanofibras. Na sequência, esse tecido volta a ser implantado no paciente”.
Como explica a pesquisadora, as células precisam de um suporte para fixação, como uma ancoragem, e as nanofibras se revelaram ideais para esse papel. “A vantagem das nanofibras é que elas conseguem mimetizar nosso organismo, repleto de fibras de proteínas muito finas, como o colágeno e a elastina. Assim, elas propiciam uma regeneração mais próxima da real, restaurando a função inicial do tecido. Elas são constituídas de polímeros biodegradáveis e biorreabsorvíveis, então no futuro esse material deverá desaparecer no organismo, dando lugar ao tecido humano”.
Depois de realizar parte de sua investigação na Universidade de Bath, da Inglaterra, sob orientação do profº Paul De Bank, Carolina dá sequência ao trabalho no IPT, onde utiliza equipamentos e materiais dos laboratórios de Biotecnologia Industrial e de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas, ambos do Núcleo de Bionanomanufatura. “Pela minha experiência na Inglaterra, observei que aqui no IPT há toda a estrutura para desenvolver a pesquisa. O Brasil tem condições de avançar no desenvolvimento de nanofibras, não ficando atrás de outros países”.
Carolina já concluiu os testes com o polímero PLGA – poli (L- ácido láctico-co-ácido glicólico), com o qual obteve ótimos resultados na semeadura das células, e agora finaliza ensaios com um blend de outros polímeros. A grande conquista da pesquisa, que será finalizada em setembro de 2016, é a esterilização do material em que as células serão cultivadas. “Normalmente as pesquisas conseguem desenvolver o material, mas não estão preocupadas com a esterilização. Se o material não for estéril, ou seja, livre de microorganismos, não pode ser implantado no paciente. Conseguimos promover uma esterilização por ozônio sem danificar o material, o que pode ser considerada uma inovação na área”.
Ao final do doutorado, Carolina volta para a Anvisa, certa de que essa expertise vai contribuir com as regulamentações futuras do segmento. “O objetivo da agência era capacitar pessoal para, futuramente, contribuir com regulamentações dos novos produtos nanotecnológicos que chegarem ao mercado. Com esse conhecimento, poderemos discutir com mais profundidade quais ensaios precisarão ser feitos para garantir a segurança do paciente, por exemplo”.
Para Natália Cerize, chefe de um dos laboratórios que acolheu Carolina no IPT, a interlocução com a Anvisa é de extrema importância. “A aproximação das instituições, tanto no desenvolvimento de projetos com alto grau de inovação, quanto na formação de recursos humanos, permite que estejamos mais preparados, no Instituto, para responder às demandas da sociedade envolvendo a saúde humana, tanto no âmbito científico quanto de regulamentação”, declara.