O grupo de trabalho criado pelo governo do estado de São Paulo para conhecer o estado atual das barragens de mineração e de transformação mineral na região, assim como soluções para sua adequada manutenção, promoveu em 21 de janeiro um seminário técnico que contou com a participação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). O objetivo do evento foi subsidiar a atuação do grupo, liderado pela Secretaria de Energia e Mineração do Estado, e integrado por diversas instituições governamentais e de pesquisa.
De acordo com José Jaime Sznelwar, subsecretário de Mineração e coordenador do grupo, um relatório da equipe com diagnóstico e recomendações deve ser entregue no dia 29 de fevereiro. O seminário técnico constituiu, assim, uma etapa importante do trabalho. Com uma extensa programação e mais de 150 participantes, os eixos centrais do evento foram os métodos de construção de barragens e os problemas a eles associados, as soluções tecnológicas de monitoramento e controle, as novas tecnologias de processamento para eliminação de barragens de rejeitos e as ações de prevenção e atuação em situações de emergência.
Pesquisadores do IPT participaram como palestrantes de dois painéis. Ronaldo Rocha, da Seção de Geotecnia, apresentou metodologias e equipamentos para monitoramento da estrutura das barragens. Defendendo que a instrumentação e a inspeção são igualmente importantes, ele detalhou as soluções que podem ser utilizadas para monitorar cada tipo de variável em uma barragem, tendo em vista a segurança da população e do meio ambiente. “Possibilidades como o piezômetro de tubo aberto, por exemplo, são equipamentos simples e que dão excelentes resultados no monitoramento das pressões de água, tanto na fundação como no corpo da barragem, mas a opção por este tipo de instrumento deve considerar que o seu tempo de resposta é elevado em argilas moles”, alertou Rocha.
A mesa que discutiu soluções para tratamento de rejeitos contou com a participação dos pesquisadores Sandra Lucia de Moraes, do Laboratório de Processos Metalúrgicos, e Marsis Cabral Junior, da Seção de Recursos Minerais e Tecnologia Cerâmica. Eles apontaram que a recuperação e a comercialização dos rejeitos de mineração estão entre as possíveis soluções tecnológicas para minimizar o conteúdo das barragens ou mesmo extingui-las.
Sandra lembrou que no Brasil já não há reservas brasileiras de alto teor, o que faz com que a quantidade de rejeitos cresça exponencialmente. Poder recuperá-los, portanto, gera uma contribuição tanto ambiental quanto econômica, pois é possível dar outra destinação comercial ao que geralmente é descartado. “No País há diversas rotas tecnológicas já dominadas para tratamento desses finos”, esclareceu a pesquisadora.
O cadastro do Departamento Nacional de Produção Mineral, órgão federal que fiscaliza as barragens de mineração no Brasil, aponta que São Paulo possui 21 barragens identificadas, tanto de mineração quanto de transformação mineral, que pertencem a 12 diferentes empresas. O Grupo de Trabalho, cujo representante do IPT é o geólogo Omar Yazbek Bitar, avançou no mapeamento da legislação e da literatura sobre o tema no País e agora está fazendo o registro fotográfico aéreo das áreas e iniciando visitas às organizações responsáveis pelas barragens.
De acordo com José Jaime Sznelwar, subsecretário de Mineração e coordenador do grupo, um relatório da equipe com diagnóstico e recomendações deve ser entregue no dia 29 de fevereiro. O seminário técnico constituiu, assim, uma etapa importante do trabalho. Com uma extensa programação e mais de 150 participantes, os eixos centrais do evento foram os métodos de construção de barragens e os problemas a eles associados, as soluções tecnológicas de monitoramento e controle, as novas tecnologias de processamento para eliminação de barragens de rejeitos e as ações de prevenção e atuação em situações de emergência.
Pesquisadores do IPT participaram como palestrantes de dois painéis. Ronaldo Rocha, da Seção de Geotecnia, apresentou metodologias e equipamentos para monitoramento da estrutura das barragens. Defendendo que a instrumentação e a inspeção são igualmente importantes, ele detalhou as soluções que podem ser utilizadas para monitorar cada tipo de variável em uma barragem, tendo em vista a segurança da população e do meio ambiente. “Possibilidades como o piezômetro de tubo aberto, por exemplo, são equipamentos simples e que dão excelentes resultados no monitoramento das pressões de água, tanto na fundação como no corpo da barragem, mas a opção por este tipo de instrumento deve considerar que o seu tempo de resposta é elevado em argilas moles”, alertou Rocha.
A mesa que discutiu soluções para tratamento de rejeitos contou com a participação dos pesquisadores Sandra Lucia de Moraes, do Laboratório de Processos Metalúrgicos, e Marsis Cabral Junior, da Seção de Recursos Minerais e Tecnologia Cerâmica. Eles apontaram que a recuperação e a comercialização dos rejeitos de mineração estão entre as possíveis soluções tecnológicas para minimizar o conteúdo das barragens ou mesmo extingui-las.
Sandra lembrou que no Brasil já não há reservas brasileiras de alto teor, o que faz com que a quantidade de rejeitos cresça exponencialmente. Poder recuperá-los, portanto, gera uma contribuição tanto ambiental quanto econômica, pois é possível dar outra destinação comercial ao que geralmente é descartado. “No País há diversas rotas tecnológicas já dominadas para tratamento desses finos”, esclareceu a pesquisadora.
O cadastro do Departamento Nacional de Produção Mineral, órgão federal que fiscaliza as barragens de mineração no Brasil, aponta que São Paulo possui 21 barragens identificadas, tanto de mineração quanto de transformação mineral, que pertencem a 12 diferentes empresas. O Grupo de Trabalho, cujo representante do IPT é o geólogo Omar Yazbek Bitar, avançou no mapeamento da legislação e da literatura sobre o tema no País e agora está fazendo o registro fotográfico aéreo das áreas e iniciando visitas às organizações responsáveis pelas barragens.