Arte e ciência; ciência é arte

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Está em cartaz a 2ª edição da Mostra de Arte Científica Brasileira, uma coleção online de imagens produzidas por pesquisadores de todo o País. Partindo do pressuposto de que cientistas criam imagens fascinantes, mas que raramente são divulgadas fora dos seus ambientes de produção, a mostra busca estimular o diálogo entre a comunidade científica e a sociedade, tornar a ciência mais acessível ao grande público, despertar o interesse dos meios de comunicação para a ciência e apresentar uma nova perspectiva artística. O IPT integra a exposição com a imagem “A seta indica…”, de autoria de Alzira Vicente Corrêa, do Laboratório de Processos Metalúrgicos.
Imagem do IPT que integra a mostra é de uma liga metálica 1,5%C,  5Nb, 2%Mo, 2%W, 1%V. A seta, que é um carboneto, indica um contorno de grão. A matriz é formada de martensita e austenita retida. A ausência da adição do titânio nesta liga evidencia uma morfologia do carboneto de nióbio não satisfatória para as propriedades mecânicas e de resistência ao desgaste da liga.
Imagem do IPT que integra a mostra é de uma liga metálica 1,5%C,  5Nb, 2%Mo, 2%W, 1%V. A seta, que é um carboneto, indica um contorno de grão. A matriz é formada de martensita e austenita retida. A ausência da adição do titânio nesta liga evidencia uma morfologia do carboneto de nióbio não satisfatória para as propriedades mecânicas e de resistência ao desgaste da liga.


A imagem, que um olhar desavisado pudesse talvez interpretar como uma pintura rupestre, na verdade é uma micrografia de carbonetos de nióbio primário com morfologia dendrítica, oriunda de um projeto do IPT que estudou a variação de adição do teor de nióbio em uma liga de aço, com adições de titânio para modificação da morfologia do carboneto. Ela foi obtida por meio de microscopia óptica com luz polarizada, aumentada 400 vezes.

De acordo com Alzira, o aspecto mais interessante do projeto que une ciência e arte tem a ver com a popularização do trabalho científico: “A mostra acaba por tornar a ciência mais popular. O leigo vê as imagens como arte, apesar de ser o resultado de um trabalho técnico-científico, gerando um maior interesse das pessoas pelo tema”.

Organizada pelo grupo ArtBio, esta 2ª edição da mostra contou com 300 inscrições de pesquisadores de diversas universidades e centros de pesquisa do Brasil. Foram selecionadas 24 imagens para compor a exposição. De acordo com os organizadores, a seleção utiliza como critérios a originalidade, o conteúdo de informação, a proficiência técnica e o impacto visual. Inaugurada em 10 de dezembro, a mostra já recebeu cerca de 10.000 acessos de 20 países.

A primeira edição do evento, em 2014, que também contou com a participação do IPT, colheu bons frutos e foi um impulso para a nova edição. “A ArtBio visa transformar a investigação científica em informação acessível e despertar o interesse, sobretudo dos jovens, pela ciência e pela arte. A experiência de 2014 foi muito positiva. Recebemos mais de 50.000 visitas online no site da ArtBio e na exposição disponível no Google Open Gallery. Realizamos também uma grande exposição presencial no Aeroporto Internacional Tom Jobim (RioGaleão), que foi vista por milhares de pessoas”, declara Paula Carneiro, uma das coordenadoras do projeto.
“Máscara de Veneza” é a imagem de Luciano de Souza Queiroz e Adilson Abílio Piaza, da Unicamp, que traz um tecido ósseo hiperostótico na base de um meningioma de asa do esfenoide.
“Máscara de Veneza” é a imagem de Luciano de Souza Queiroz e Adilson Abílio Piaza, da Unicamp, que traz um tecido ósseo hiperostótico na base de um meningioma de asa do esfenoide.


“Acreditamos que a divulgação científica possa contribuir para a reintegração da ciência à cultura, exercendo um papel importante de inclusão ao ampliar o acesso ao conhecimento e revertendo seus benefícios em melhor qualidade de vida para a sociedade”, finaliza ela.

Para acessar a exposição, clique aqui

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