Árvores em Recife

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Uma equipe do Instituto de Pesquisas Tecnológicas está realizando uma avaliação das condições biológicas e do risco de queda de um conjunto de árvores no Templo do Recife, que é um templo mórmon da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, na capital pernambucana. O diagnóstico feito pelo Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis envolve a análise de 29 mangueiras, cinco cajás, duas canelas, uma pitombeira e um jambo vermelho, a fim de verificar condições biológicas e de entorno que, somadas a outros atributos, resultarão em uma categorização do manejo adequado.

A primeira etapa do trabalho, que foi a análise externa de todas as 38 árvores, foi realizada no início do mês de novembro. A equipe técnica do IPT realizou uma inspeção das árvores e dos processos de biodeterioração do lenho, coletando informações como a dendrometria (altura total, diâmetro a altura do peito, diâmetro do colo e ângulo de inclinação aproximado do exemplar arbóreo),
Avaliação do IPT é feita em 29 mangueiras, cinco cajás, duas canelas, uma pitombeira e um jambo vermelho
Avaliação do IPT é feita em 29 mangueiras, cinco cajás, duas canelas, uma pitombeira e um jambo vermelho
o estado fitossanitário (presença de cupins e fungos apodrecedores) e as condições de entorno que pudessem causar alguma influência ao desenvolvimento das árvores, como as interferências com elementos urbanos (caixas de inspeção, instalações subterrâneas, fachadas e itens de edificações, como muros e grades).

O estado geral da raiz aparente, do fuste (parte principal do tronco) e da copa também foram alvos de avaliações a fim de verificar a existência de raízes dobradas, feridas ou apodrecimentos, copas desequilibradas, ramos secos/deteriorados e até mesmo ações humanas, como a fixação de objetos. Estes dados serão usados para a classificação de cada árvore em relação ao estado geral em três categorias: morta (sem fluxo de seiva), em declínio (apresentando casca solta, galhos secos ou com parte dela já morta) ou vigorosa (sem ou com processo inicial de doença).

Todas as 38 árvores foram analisadas internamente, ainda nessa primeira fase do trabalho, a fim de levantar as condições de deterioração e a quantificação do lenho sadio remanescente. Esta avaliação foi uma prospecção não destrutiva feita com um aparelho tipo penetrógrafo, que é equipado com uma broca de 0,9 mm de diâmetro. Esse tipo de análise baseia-se na informação de que, durante o processo de deterioração do lenho, ocorre a diminuição da sua resistência à perfuração.

PRÓXIMA ETAPA – A partir das informações coletadas tanto na análise externa quanto interna, e considerando ainda a localização das árvores em áreas com riscos de atingir pessoas e prédios, a equipe técnica do IPT fará uma avaliação interna mais abrangente com um tomógrafo por impulso, nessa primeira semana de dezembro, em alguns dos 38 exemplares arbóreos. A intenção é trazer informações mais minuciosas para o diagnóstico das árvores quanto à sua condição biológica e de risco.

Para a classificação do risco de queda, as árvores serão categorizadas em dois níveis de prioridade (baixo e alto) quanto à necessidade de manejo ou monitoramento do seu estado geral. O relatório final do levantamento tem previsão de entrega ainda nesse mês de dezembro e será acompanhado de laudos técnicos individualizados para cada uma das árvores que, segundo o engenheiro agrônomo Newton Livio Albuquerque Silva, supervisor de jardim do complexo religioso, irão auxiliar no plano anual de manutenção.

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