Hoje, 6 do outubro, o Governo do Estado de São Paulo lança o Programa Paulista de Apoio às Exportações (SP-Export), uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que visa capacitar e inserir novas empresas paulistas no esforço exportador, buscando também a participação das pequenas e médias organizações. O IPT integra o comitê consultivo do SP-Export, que contará com oito membros e terá a finalidade de acompanhar e tomar decisões em temas relevantes relacionados ao comércio exterior. O comitê será organizado e secretariado pela Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade – Investe São Paulo.
Em tempos de crise nacional, micro e pequenas empresas (MPEs) encontram na exportação possibilidades de crescer. Constituindo a maioria das empresas nos setores comercial, industrial e de serviços brasileiros, a sobrevivência das pequenas é de fundamental importância para a recuperação nacional. Segundo dados de relatório do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) de 2014, as MPEs já somam mais de 9 milhões em todo o País e correspondem a uma fatia de cerca de 27% do PIB nacional, além de comporem aproximadamente 95,5% das empresas do setor industrial. No entanto, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDCI), apenas pouco mais de dez mil das micro e pequenas empresas brasileiras são classificadas como exportadoras.
O Sebrae também estimou, em estudo de 2013, que desde 2002 o número de MPEs que deixaram de exportar em comparação ao número de MPEs estreantes na categoria \’exportadora\’ tem sido negativo, com permanência mais regular das contínuas – ou seja, o número de empresas que se arriscam a exportar vem caindo gradativamente. Entre as principais dificuldades enfrentadas pelas MPEs estão o desconhecimento do mercado externo, a dificuldade de oferta de preços competitivos, logística inadequada, dificuldade de acessar recursos financeiros e baixa capacidade gerencial, entre outros fatores de ordem estrutural.
EXPERIÊNCIA NO APOIO À EXPORTAÇÃO – A participação do IPT no SP-Export pode ser creditada à experiência acumulada pelo Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do Instituto, que desde 1998 busca oferecer condições para que as empresas enfrentem os desafios acima mencionados e possam se dirigir ao mercado externo. O suporte ocorre por meio do Programa de Apoio à Exportação (Progex). Inicialmente focado nas empresas do Estado de São Paulo, que hoje reúne 47,3% das MPEs exportadoras, o sucesso do programa elevou seu âmbito a nacional já em 2000.
O exemplo mais recente é o da BR Goods Confecção, especializada em produtos hospitalares e hoteleiros. Com o apoio do Progex desde 2006, a empresa, sediada em Indaiatuba, hoje conta com cerca de 1200 clientes e exporta para mais de dez países. Graças à adequação de seus produtos através da parceria, Beatriz Baptista Alvez Cricci, fundadora da BR Goods, ainda ganhou o prêmio "Exporta São Paulo 2010". "Para mim, o IPT são os olhos e a capacidade técnica que não temos internamente. Profissionais altamente qualificados que, com muita parceria, podem orientar nas ações de desenvolvimento não só de produtos como em economia de processos", afirma Beatriz.
Empresas como Treetech, Fanem e Ikove Cosméticos também já foram beneficiadas pelos atendimentos do programa, que ajudaram a ampliar os horizontes das entidades para além do mercado latino-americano. A Treetech, por exemplo, especializada em gestão online de subestações de energia elétrica que desenvolveu uma solução completa composta por sensores inteligentes integrados a um software, teve seu número de países importadores ampliado de nove para 39 após o auxílio do Progex, incluindo países como Estados Unidos, China e Austrália.
Já a fabricante de equipamentos médicos e de laboratório Fanem, que até 1999 exportava para 30 países, já está presente no mercado de 110 nações na Europa, África e Oriente Médio atualmente. A empresa, inclusive, venceu um contrato de R$ 22 milhões do Ministério da Saúde do Governo da Etiópia, apresentando a melhor proposta frente a países como Alemanha, China e Estados Unidos.
Outro exemplo de sucesso é o da Ikove, que teve sua linha de 30 cosméticos adequada às normas técnicas europeias pelo Progex, num processo que avaliou a fórmula dos produtos, análises microbiológicas, orientações quanto à rotulagem e embalagem, entre outros trabalhos. A lista de países importadores da empresa, que continha apenas Canadá e França, passou a contar com EUA, Emirados Árabes e Reino Unido, além de nações do norte da África. “Como pequena empresa brasileira que emprega matéria-prima nacional, teríamos dificuldades em realizar as adequações necessárias sem esse auxílio”, afirma Evelyn Steiner, diretora da empresa.
Num momento em que exportar significa driblar as dificuldades do mercado interno e gerar empregos numa economia em recessão, a importância do projeto se acentua. Segundo Mari Tomita Katayama, diretora do núcleo do IPT, o foco do Progex é o apoio tecnológico às MPEs, a fim de que seus produtos possam entrar sem dificuldades no mercado internacional. “O objetivo do Progex é a adequação dos produtos para atender ou superar as exigências técnicas do mercado externo”, explica ela.
A fim de alcançar esse objetivo final, o processo perpassa aspectos como a melhoria da qualidade dos próprios produtos e de seus processos produtivos, a redução de custos, design e embalagens, entre outros. Além disso, contribui para a evolução dos processos de produção, a criação de uma cultura empresarial voltada à pesquisa e desenvolvimento de produtos adequados a padrões internacionais e à introdução no mercado exterior de produtos brasileiros com maior valor agregado.
Em tempos de crise nacional, micro e pequenas empresas (MPEs) encontram na exportação possibilidades de crescer. Constituindo a maioria das empresas nos setores comercial, industrial e de serviços brasileiros, a sobrevivência das pequenas é de fundamental importância para a recuperação nacional. Segundo dados de relatório do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) de 2014, as MPEs já somam mais de 9 milhões em todo o País e correspondem a uma fatia de cerca de 27% do PIB nacional, além de comporem aproximadamente 95,5% das empresas do setor industrial. No entanto, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDCI), apenas pouco mais de dez mil das micro e pequenas empresas brasileiras são classificadas como exportadoras.
O Sebrae também estimou, em estudo de 2013, que desde 2002 o número de MPEs que deixaram de exportar em comparação ao número de MPEs estreantes na categoria \’exportadora\’ tem sido negativo, com permanência mais regular das contínuas – ou seja, o número de empresas que se arriscam a exportar vem caindo gradativamente. Entre as principais dificuldades enfrentadas pelas MPEs estão o desconhecimento do mercado externo, a dificuldade de oferta de preços competitivos, logística inadequada, dificuldade de acessar recursos financeiros e baixa capacidade gerencial, entre outros fatores de ordem estrutural.
EXPERIÊNCIA NO APOIO À EXPORTAÇÃO – A participação do IPT no SP-Export pode ser creditada à experiência acumulada pelo Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa do Instituto, que desde 1998 busca oferecer condições para que as empresas enfrentem os desafios acima mencionados e possam se dirigir ao mercado externo. O suporte ocorre por meio do Programa de Apoio à Exportação (Progex). Inicialmente focado nas empresas do Estado de São Paulo, que hoje reúne 47,3% das MPEs exportadoras, o sucesso do programa elevou seu âmbito a nacional já em 2000.
O exemplo mais recente é o da BR Goods Confecção, especializada em produtos hospitalares e hoteleiros. Com o apoio do Progex desde 2006, a empresa, sediada em Indaiatuba, hoje conta com cerca de 1200 clientes e exporta para mais de dez países. Graças à adequação de seus produtos através da parceria, Beatriz Baptista Alvez Cricci, fundadora da BR Goods, ainda ganhou o prêmio "Exporta São Paulo 2010". "Para mim, o IPT são os olhos e a capacidade técnica que não temos internamente. Profissionais altamente qualificados que, com muita parceria, podem orientar nas ações de desenvolvimento não só de produtos como em economia de processos", afirma Beatriz.
Empresas como Treetech, Fanem e Ikove Cosméticos também já foram beneficiadas pelos atendimentos do programa, que ajudaram a ampliar os horizontes das entidades para além do mercado latino-americano. A Treetech, por exemplo, especializada em gestão online de subestações de energia elétrica que desenvolveu uma solução completa composta por sensores inteligentes integrados a um software, teve seu número de países importadores ampliado de nove para 39 após o auxílio do Progex, incluindo países como Estados Unidos, China e Austrália.
Já a fabricante de equipamentos médicos e de laboratório Fanem, que até 1999 exportava para 30 países, já está presente no mercado de 110 nações na Europa, África e Oriente Médio atualmente. A empresa, inclusive, venceu um contrato de R$ 22 milhões do Ministério da Saúde do Governo da Etiópia, apresentando a melhor proposta frente a países como Alemanha, China e Estados Unidos.
Outro exemplo de sucesso é o da Ikove, que teve sua linha de 30 cosméticos adequada às normas técnicas europeias pelo Progex, num processo que avaliou a fórmula dos produtos, análises microbiológicas, orientações quanto à rotulagem e embalagem, entre outros trabalhos. A lista de países importadores da empresa, que continha apenas Canadá e França, passou a contar com EUA, Emirados Árabes e Reino Unido, além de nações do norte da África. “Como pequena empresa brasileira que emprega matéria-prima nacional, teríamos dificuldades em realizar as adequações necessárias sem esse auxílio”, afirma Evelyn Steiner, diretora da empresa.
Num momento em que exportar significa driblar as dificuldades do mercado interno e gerar empregos numa economia em recessão, a importância do projeto se acentua. Segundo Mari Tomita Katayama, diretora do núcleo do IPT, o foco do Progex é o apoio tecnológico às MPEs, a fim de que seus produtos possam entrar sem dificuldades no mercado internacional. “O objetivo do Progex é a adequação dos produtos para atender ou superar as exigências técnicas do mercado externo”, explica ela.
A fim de alcançar esse objetivo final, o processo perpassa aspectos como a melhoria da qualidade dos próprios produtos e de seus processos produtivos, a redução de custos, design e embalagens, entre outros. Além disso, contribui para a evolução dos processos de produção, a criação de uma cultura empresarial voltada à pesquisa e desenvolvimento de produtos adequados a padrões internacionais e à introdução no mercado exterior de produtos brasileiros com maior valor agregado.