![Inovação na saúde 1 Adriano Marim e Natália Cerize (ao lado), pesquisadores do IPT, participam de evento em São Paulo (Crédito: Protec - Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica)](https://ipt.br/wp-content/uploads/2023/04/4026_maior.jpg)
Natália foi a moderadora da sessão temática “Eficácia e Segurança de Produtos contendo Nanotecnologia no setor cosmético e farmacêutico”, e fez a abertura contextualizando o surgimento da nanotecnologia e ressaltando sua transversalidade, uma vez que pode ser aplicada em diversos campos de conhecimento. Ela destacou produtos já existentes no mercado e novas tendências, como a combinação de diagnóstico e terapia em uma mesma nanoestrutura (theranostics). Um dos objetivos da sessão era a discussão sobre eficácia e segurança de produtos contendo nanotecnologia, propondo que o debate não se focasse no critério de definição do tamanho das partículas, e sim em como essa dimensão pode influenciar na segurança e na eficácia de fármacos, cosméticos e outros produtos que se utilizem esse tipo de tecnologia.
A primeira palestra foi de Oliveira, que apresentou as diferenças entre nanociência e nanotecnologia e explicou que a importância do termo ‘nano’ está nos efeitos associados à diminuição do tamanho das partículas, cápsulas e estruturas, pois a mudança de escala permitiria a modificação de propriedades de um material e aumentaria seu potencial de aplicação. Para reforçar o ponto de vista, o pesquisador elucidou algumas vantagens de aplicação da nanoescala em fármacos, como maior absorção pelo organismo, doses menores, ação mais rápida e menor variabilidade entre pacientes.
Com base em seu dia a dia de pesquisador no IPT, ele expôs formas de fabricação de nanoestruturas e processos de produção de produtos em escala nanométrica, além de apresentar projetos concluídos pelo IPT. Em seguida, ilustrou a cadeia produtiva simplificada da nanotecnologia, que se constitui em três estágios: produção de nanomateriais, estruturas em nanoescala não processadas, como nanopartículas e nanotubos; produção de nanointermediários, que são produtos intermediários com componentes em nanoescala, como chips, tecidos e materiais biocombustíveis; e produção de nanoprodutos, ou seja, produtos finais com nanotecnologia incoporada, como celulares e automóveis.