Começou ontem, 13 de outubro, e vai até o próximo dia 17 a I Semana Municipal de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento do município de São Paulo. O secretário Artur Henrique da Silva Santos, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, destacou na cerimônia de abertura do evento a importância de construir uma visão para semanas municipais de C&T, a exemplo do que ocorre há vários anos a nível nacional, sob a coordenação do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação.
“É um modo de aproximar cada vez mais da realidade da população que vive nas cidades as propostas, os projetos e os programas científicos e tecnológicos, especialmente aqueles que tragam benefícios e representem soluções para problemas concretos dos moradores”, disse Santos. “Nosso eixo temático nesta primeira semana, não por acaso, é o desenvolvimento social. A Câmara e as diversas mesas de discussão estarão abertas à população. Serão tratados diversos temas como meninas cientistas, desastres naturais e empreendedorismo, sempre buscando resolver problemas do cidadão”.
Em uma segunda fase, continuou ele, haverá visitas de profissionais dos institutos de pesquisas aos Centros Educacionais Unificados (CEUs) para mostrar sua verdadeira importância no dia a dia dos moradores de São Paulo. “A história do IPT é extraordinária nesta área, pois muitos de seus pesquisadores são exemplares não só pelo tratamento competente de seus temas específicos, mas também pela visão social dos problemas”, completou Santos.
Para Fernando Moya, representante do Sebrae-SP, inovar impõe desafios a todos. “Não há competitividade sem inovação, que por sua vez não existe sem educação e as duas juntas produzem empreendedorismo.” Geraldo Antunes, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia de São Paulo, afirmou que o apoio da área científica e tecnológica às políticas públicas é fundamental. “Por isso é indispensável que os governos apoiem os institutos de pesquisas à altura do seu papel na sociedade, valorizando seus recursos humanos e laboratoriais.”
Allen Habert, do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, pediu empenho aos parlamentares para aprovação da lei municipal de inovação, com referências ao trabalho do deputado Carlos Neder: “Trabalhamos na contramão do senso comum que diz que São Paulo não tem jeito. Aqui está a maior parte das indústrias do País e da produção de conhecimento. Temos condições para transformar a região em uma metrópole boa de se viver.”
Para Fernando Landgraf, diretor-presidente do IPT, é necessário pensar ciência, tecnologia e inovação a serviço do desenvolvimento. “Isto diz respeito à sociedade como um todo, às empresas e aos indivíduos. Meu esforço como pesquisador, por exemplo, resume-se a economizar energia. Temos responsabilidade de levar o que fazemos a fins úteis e compartilhar os resultados com a população. Os desafios do empreendedorismo e da inovação são enormes. Temos que aprender a fazê-los e vamos construí-los juntos.”
Carlos Negrão, diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), destacou a realização da primeira edição do evento organizado pelo Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação como uma oportunidade de trazer para a população paulistana temas e debates do âmbito do Conselho Municipal de C&T&I. “Aplicamos recursos em instituições de ensino e pesquisa de São Paulo, mas também em parcerias com empresas, sejam elas de grande porte ou pequenas e médias.” Wilson Marcos, reitor do Instituto Federal de Educação de São Paulo, em mensagem ao plenário defendeu que é indispensável a busca de engajar os jovens e os cientistas no desenvolvimento das cidades. “A ciência está sempre perto de nós.”
O presidente da Câmara Municipal, José Américo, enfatizou o fato de trazer o debate sobre inovação e tecnologia para a cidade de São Paulo. “Nosso estado sempre apostou na tecnologia para buscar o desenvolvimento econômico e social, este é o diferencial paulista. É uma vocação que tem de ser retomada e a capital paulista tem de estar na linha de frente deste movimento."
Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan e professor da Faculdade de Medicina da USP, encerrou a sessão realizada no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo com a palestra ‘O Papel da Ciência e da Tecnologia no Desenvolvimento Social e Econômico’. Ele destacou São Paulo como a capital nacional da ciência, tecnologia e inovação, e lembrou que o acesso da população aos seus progressos melhora a qualidade de vida de todos. “O século XXI é consagrado ao conhecimento, precisamos ter confiança na nossa própria inteligência para resolver os problemas que são nossos, aprender a transformar conhecimento em bens úteis à população.”
Dia a dia
No dia 14/10, o pesquisador do CTGeo, Eduardo Soares de Macedo, discutiu o tema ‘Gestão de Riscos ou Gestão de Desastres?’. Macedo destacou a necessidade da gestão de riscos, principalmente em moradias que se encontram em lugares com grandes chances de desabamentos. “Nós temos que observar esses casos e trabalhar para sua diminuição, fazer com que não aconteçam mais”, afirmou.
No dia 15/10 a pauta focalizou a inclusão da mulher, abordando o eixo-temático ‘Meninas Cientistas’. Coordenadora da mesa de debates, a pesquisadora do Cetac, Ros Mari Zenha, destacou os dados da população feminina no mercado de trabalho. “É necessário ter um conjunto articulado de políticas que permitam às mulheres fazer valer seus direitos de ter trabalho decente; contar com ambientes adequados, equipamentos adaptados ao corpo feminino e iguais oportunidades de crescimento profissional”, ressaltou.
No dia 16/10, o evento trouxe para o centro dos debates o assunto ‘A inovação para microempreendedores individuais, médias e pequenas empresas e empreendimentos de economia solidária’. Com o tema ‘Solução de problemas tecnológicos e de gestão para micro, pequenas e médias empresas’, a pesquisadora do NT-MPE, Mari Katayama, destacou os projetos realizados para auxiliar as empresas a adequar seus produtos e processos, com a contribuição do IPT, por meio de Programa de Apoio Tecnológico.
No dia 17/10, encerramento do evento com participação dos secretários Cesar Callegari (Educação), Marcos Cruz (Finanças), Simão Pedro (Serviços) e Artur Henrique (Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo) e o vereador Eliseu Gabriel (representando o Legislativo Municipal.
Cada representante apresentou as ações e as prioridades das respectivas Secretarias. Está em construção uma proposta de Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Cidade de São Paulo, que contou com o envolvimento do CMCTI, que acompanha o processo de aprovação do Projeto de Lei 498/12, que institui a Política Municipal de Inovação e cria o Fundo Municipal de Fomento à Ciência, Pesquisa e Inovação na Cidade de São Paulo, em debate no Legislativo Municipal e que foi apresentado, no evento, pelo vereador Eliseu Gabriel, responsável pela iniciativa. É objetivo do Conselho aprová-la até o final de 2014.
A pesquisadora Ros Mari Zenha,do IPT e membro do CMCTI, apresentou, em nome dos demais membros, um balanço da Semana, lembrando dos temas que foram destacados para popularização do conhecimento científico e tecnológico e que têm a ver com desafios importantes de nossa cidade.
O CMCTI elaborará uma Carta aos Tomadores de Decisão com as principais propostas, fruto da Semana, para que sejam incorporadas às politicas públicas da cidade. Em 2015, quando da realização da “2a. Semana Municipal de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento”, o Conselho pretende realizar um balanço entre o que foi proposto e o realizado.
“É um modo de aproximar cada vez mais da realidade da população que vive nas cidades as propostas, os projetos e os programas científicos e tecnológicos, especialmente aqueles que tragam benefícios e representem soluções para problemas concretos dos moradores”, disse Santos. “Nosso eixo temático nesta primeira semana, não por acaso, é o desenvolvimento social. A Câmara e as diversas mesas de discussão estarão abertas à população. Serão tratados diversos temas como meninas cientistas, desastres naturais e empreendedorismo, sempre buscando resolver problemas do cidadão”.
Em uma segunda fase, continuou ele, haverá visitas de profissionais dos institutos de pesquisas aos Centros Educacionais Unificados (CEUs) para mostrar sua verdadeira importância no dia a dia dos moradores de São Paulo. “A história do IPT é extraordinária nesta área, pois muitos de seus pesquisadores são exemplares não só pelo tratamento competente de seus temas específicos, mas também pela visão social dos problemas”, completou Santos.
Para Fernando Moya, representante do Sebrae-SP, inovar impõe desafios a todos. “Não há competitividade sem inovação, que por sua vez não existe sem educação e as duas juntas produzem empreendedorismo.” Geraldo Antunes, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia de São Paulo, afirmou que o apoio da área científica e tecnológica às políticas públicas é fundamental. “Por isso é indispensável que os governos apoiem os institutos de pesquisas à altura do seu papel na sociedade, valorizando seus recursos humanos e laboratoriais.”
Allen Habert, do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, pediu empenho aos parlamentares para aprovação da lei municipal de inovação, com referências ao trabalho do deputado Carlos Neder: “Trabalhamos na contramão do senso comum que diz que São Paulo não tem jeito. Aqui está a maior parte das indústrias do País e da produção de conhecimento. Temos condições para transformar a região em uma metrópole boa de se viver.”
Para Fernando Landgraf, diretor-presidente do IPT, é necessário pensar ciência, tecnologia e inovação a serviço do desenvolvimento. “Isto diz respeito à sociedade como um todo, às empresas e aos indivíduos. Meu esforço como pesquisador, por exemplo, resume-se a economizar energia. Temos responsabilidade de levar o que fazemos a fins úteis e compartilhar os resultados com a população. Os desafios do empreendedorismo e da inovação são enormes. Temos que aprender a fazê-los e vamos construí-los juntos.”
Carlos Negrão, diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), destacou a realização da primeira edição do evento organizado pelo Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação como uma oportunidade de trazer para a população paulistana temas e debates do âmbito do Conselho Municipal de C&T&I. “Aplicamos recursos em instituições de ensino e pesquisa de São Paulo, mas também em parcerias com empresas, sejam elas de grande porte ou pequenas e médias.” Wilson Marcos, reitor do Instituto Federal de Educação de São Paulo, em mensagem ao plenário defendeu que é indispensável a busca de engajar os jovens e os cientistas no desenvolvimento das cidades. “A ciência está sempre perto de nós.”
O presidente da Câmara Municipal, José Américo, enfatizou o fato de trazer o debate sobre inovação e tecnologia para a cidade de São Paulo. “Nosso estado sempre apostou na tecnologia para buscar o desenvolvimento econômico e social, este é o diferencial paulista. É uma vocação que tem de ser retomada e a capital paulista tem de estar na linha de frente deste movimento."
Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan e professor da Faculdade de Medicina da USP, encerrou a sessão realizada no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo com a palestra ‘O Papel da Ciência e da Tecnologia no Desenvolvimento Social e Econômico’. Ele destacou São Paulo como a capital nacional da ciência, tecnologia e inovação, e lembrou que o acesso da população aos seus progressos melhora a qualidade de vida de todos. “O século XXI é consagrado ao conhecimento, precisamos ter confiança na nossa própria inteligência para resolver os problemas que são nossos, aprender a transformar conhecimento em bens úteis à população.”
Dia a dia
No dia 14/10, o pesquisador do CTGeo, Eduardo Soares de Macedo, discutiu o tema ‘Gestão de Riscos ou Gestão de Desastres?’. Macedo destacou a necessidade da gestão de riscos, principalmente em moradias que se encontram em lugares com grandes chances de desabamentos. “Nós temos que observar esses casos e trabalhar para sua diminuição, fazer com que não aconteçam mais”, afirmou.
No dia 15/10 a pauta focalizou a inclusão da mulher, abordando o eixo-temático ‘Meninas Cientistas’. Coordenadora da mesa de debates, a pesquisadora do Cetac, Ros Mari Zenha, destacou os dados da população feminina no mercado de trabalho. “É necessário ter um conjunto articulado de políticas que permitam às mulheres fazer valer seus direitos de ter trabalho decente; contar com ambientes adequados, equipamentos adaptados ao corpo feminino e iguais oportunidades de crescimento profissional”, ressaltou.
No dia 16/10, o evento trouxe para o centro dos debates o assunto ‘A inovação para microempreendedores individuais, médias e pequenas empresas e empreendimentos de economia solidária’. Com o tema ‘Solução de problemas tecnológicos e de gestão para micro, pequenas e médias empresas’, a pesquisadora do NT-MPE, Mari Katayama, destacou os projetos realizados para auxiliar as empresas a adequar seus produtos e processos, com a contribuição do IPT, por meio de Programa de Apoio Tecnológico.
No dia 17/10, encerramento do evento com participação dos secretários Cesar Callegari (Educação), Marcos Cruz (Finanças), Simão Pedro (Serviços) e Artur Henrique (Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo) e o vereador Eliseu Gabriel (representando o Legislativo Municipal.
Cada representante apresentou as ações e as prioridades das respectivas Secretarias. Está em construção uma proposta de Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Cidade de São Paulo, que contou com o envolvimento do CMCTI, que acompanha o processo de aprovação do Projeto de Lei 498/12, que institui a Política Municipal de Inovação e cria o Fundo Municipal de Fomento à Ciência, Pesquisa e Inovação na Cidade de São Paulo, em debate no Legislativo Municipal e que foi apresentado, no evento, pelo vereador Eliseu Gabriel, responsável pela iniciativa. É objetivo do Conselho aprová-la até o final de 2014.
A pesquisadora Ros Mari Zenha,do IPT e membro do CMCTI, apresentou, em nome dos demais membros, um balanço da Semana, lembrando dos temas que foram destacados para popularização do conhecimento científico e tecnológico e que têm a ver com desafios importantes de nossa cidade.
O CMCTI elaborará uma Carta aos Tomadores de Decisão com as principais propostas, fruto da Semana, para que sejam incorporadas às politicas públicas da cidade. Em 2015, quando da realização da “2a. Semana Municipal de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento”, o Conselho pretende realizar um balanço entre o que foi proposto e o realizado.