Superímãs em motores e geradores

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No período de 16 a 20 de junho realizou-se na Universidade de Cardiff, no Reino Unido, a 6th International Conference on Magnetism and Metallurgy WMM’14. O diretor-presidente do IPT, Fernando Landgraf, participou do evento e dois assuntos ganharam destaque do ponto de vista da aplicação: materiais magnéticos em carros elétricos e nas turbinas dos geradores eólicos. “Trata-se de uma tendência estratégica e a siderurgia brasileira também avança nessa direção", afirma ele.

Em todo o mundo as indústrias siderúrgicas desenvolvem novos aços para motores veiculares elétricos. “Apesar de o avanço das vendas estar mais lento do que se imaginava há cerca de cinco anos, a aposta em inovação neste segmento não perdeu o ímpeto. Acontece que os motores elétricos são excitados em frequências mais altas, entre 400 Hertz e 800 Hertz, quando estamos acostumados a níveis mais baixos da ordem de 50 Hertz a 60 Hertz. As frequências mais altas proporcionam, além de melhor desempenho, projetos de motores com menores volumes”, informa Landgraf.

O grande desafio nesta área é melhorar a textura do aço, otimizando a orientação dos seus cristais para obtenção de maior eficiência energética. Neste ponto, Landgraf tem uma boa notícia para a siderurgia nacional: “Os microscópios eletrônicos do IPT estão preparados e as equipes técnicas capacitadas para dar o suporte tecnológico necessário para as siderúrgicas brasileiras avançarem nesta direção em sintonia fina com as demandas do mercado global”.

ENERGIA DOS VENTOS – Segundo Landgraf, há grande interesse internacional pelos superímãs de terras-raras para a geração de energia eólica.
Demanda pelos superímãs de terras-raras no Brasil deve crescer, acompanhando a tendência ascendente da energia eólica no País
Demanda pelos superímãs de terras-raras no Brasil deve crescer, acompanhando a tendência ascendente da energia eólica no País
“Embora não tenham retornado aos patamares de 2009, os preços dos minerais de terras-raras caíram muito em relação ao pico alcançado em 2011, tornando esses materiais mais competitivos e atraentes. O custo deixou de ser um problema importante e a demanda por esse tipo especial de ímãs no Brasil deve crescer, acompanhando a tendência ascendente da energia eólica no País.”

Aqui há outra boa notícia para a indústria nacional. “Em todo o mundo os chamados superímãs, que são ímãs de alta energia, podem enfrentar problemas de corrosão. No IPT, o Laboratório de Corrosão e Proteção já está investigando o assunto e pode mais uma vez ser um forte aliado da indústria brasileira.” Outro fato importante anunciado por Landgraf é que a cidade de São Paulo sediará a 22th Soft Magnetic Materials Conference – SMM22 em 2015. A responsabilidade pela realização do evento será compartilhada entre a Universidade de São Paulo e o IPT.

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