Avaliação do Memorial

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Quem passar dentro de alguns dias pela calçada da Avenida Auro Soares de Moura Andrade, no bairro da Barra Funda em São Paulo, poderá ver placas anunciando a fase preliminar dos trabalhos de restauração do Auditório Simón Bolivar, no Memorial da América Latina. As obras deverão estar concluídas até o final do ano, segundo prevê a Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS) que elabora a planilha de custos a ser entregue à direção do Memorial quando o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) encerrar a fase de avaliação e proposições para recuperação da estrutura do prédio.

Essa fase foi iniciada na quarta-feira, 12 de fevereiro, com a visita do diretor-presidente do IPT, Fernando Landgraf, acompanhado da equipe de pesquisadores que vai trabalhar no projeto. 
Equipes do Memorial da América Latina e do IPT discutiram ações e ferramentas tecnológicas que serão usadas para avaliação da estrutura do auditório
Equipes do Memorial da América Latina e do IPT discutiram ações e ferramentas tecnológicas que serão usadas para avaliação da estrutura do auditório
Após quase uma hora vistoriando o interior do auditório, Landgraf afirmou que “nossos técnicos garantem que o prédio será recuperado sem perder a obra de arte que ele é”. Nessa fase, segundo Landgraf, o IPT irá investigar a cobertura de concreto para avaliar os danos, em um trabalho multidisciplinar envolvendo competências da Seção de Engenharia de Estruturas, da Seção de Geotecnia e do Laboratório de Materiais de Construção Civil.

“Vamos verificar não somente as armaduras, como o concreto em si. A equipe vai executar as análises tanto por meio de técnicas tradicionais, como a retirada de corpos de provas e a execução de ensaios de esclerometria, por exemplo, para avaliar a uniformidade do concreto, quanto com novas técnicas como o radar de penetração do solo”, completa Daniel Mariani Guirardi, responsável pela Seção de Engenharia de Estruturas do IPT. A previsão para a conclusão da análise é de 75 dias.

Para o cineasta João Batista de Andrade, presidente do Memorial da América Latina, “as ações estão dentro do planejamento do restauro, a CPOS já foi acionada para gerenciar a obra assim que o IPT entregar o laudo que irá pontuar as ações do restauro. Queremos o auditório Simon Bolívar pronto o mais rápido possível”.

GPR – A novidade tecnológica é o radar de penetração de solo (GPR, de Ground Penetrating Radar). Trata-se de um método geofísico empregado em ambientes urbanos que fornece imagens em alta resolução por utilizar ondas eletromagnéticas de altíssimas frequências (da ordem de centenas a milhares de MHz) emitidas por uma antena situada na superfície do terreno.

Uma de suas vantagens é que o equipamento permite a coleta rápida de dados sobre as propriedades do concreto de maneira não destrutiva.

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