Produção industrial

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Corona defende maior interação entre indústria e institutos de pesquisa
Corona defende maior interação entre indústria e institutos de pesquisa

Ao tratar o tema “Cenários econômicos e competitivos globais e o desafio da inovação nas empresas brasileiras”, o gerente do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Renato Corona Fernandes, apresentou em sua palestra aos pesquisadores e técnicos do IPT, bem como aos representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia presentes, um amplo panorama da situação da indústria nacional frente ao cenário internacional.

Realizada na tarde do dia 12 de setembro, a palestra de Corona apresentou dados que indicam haver no País uma deterioração da produtividade da indústria nacional, motivada por diversos fatores, como o custo Brasil e as oscilações do dólar, por exemplo. Segundo Corona, o Produto Interno Bruto (PIB) da indústria de transformação brasileira recuou 2,5%, enquanto o volume de vendas no varejo aumentou em 8%. “Se por um lado há uma queda da participação da indústria no PIB por outro há um grande crescimento das importações”, advertiu ele.

A consequência disso, de acordo com a pesquisa Fiesp, é que as indústrias de transformação reduzem seus investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Entretanto, este quadro precisa ser modificado se o objetivo é que a indústria nacional tenha competitividade dentro e fora do Brasil.

Ao final da palestra, Corona agradeceu o convite do Conselho de Representantes dos Empregados (CRE) e da Diretoria do IPT, e reforçou a importância do instituto para a inovação. “É fundamental estreitar cada vez mais os laços, pois a indústria e o IPT precisam caminhar juntos”, afirmou Renato. Opinião compartilhada pelo diretor-presidente, Fernando Landgraf, que destaca o sucesso de parcerias entre o instituto e empresas que buscam a inovação. “Apesar da aparente contradição entre a desindustrialização que estamos vivendo e a expectativa de aumento da inovação, o IPT tem sido bem-sucedido. Um número significativo de empresas vem se mostrando capaz de aproveitar a oportunidade e os recursos não-reembolsáveis disponíveis para desenvolvimento de projetos inovadores”, salientou ele.

Presente ao evento, o subsecretário de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Marcos Cintra, elogiou a iniciativa da palestra, pois acredita que para mudar a realidade é preciso conhecê-la. “É muito importante a interface da economia e da tecnologia. Ao analisar o contexto econômico e social pode-se estabelecer estratégias para enfrentar os desafios”, ponderou.

Em seu balanço final, a presidente do CRE, Ros Mari Zenha, comemorou o resultado do encontro, pois atendeu às expectativas do Conselho ao promover a palestra. “Os dois principais objetivos propostos foram alcançados: intensificar a aproximação do IPT com a Fiesp e oferecer a oportunidade de pesquisadores e técnicos conhecerem o diagnóstico que representantes da indústria fazem da real situação na qual se encontra o setor produtivo. Precisamos debater a situação macroeconômica, na qual a tecnologia se insere”, comentou Ros Mari. “Além de contribuirmos com nosso potencial enquanto instituto público de pesquisa e de inovação, podemos apoiar o processo de reindustrialização no estado de São Paulo junto às grandes e às micro, pequenas e médias empresas fortalecendo, também, os Arranjos Produtivos Locais (APLs)”.

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