Uma equipe do Instituto de Pesquisas Tecnológicas está realizando desde o dia 2 de setembro uma avaliação das condições biológicas e do risco de queda de um conjunto de árvores no campus da Universidade de São Paulo (USP) localizado na cidade de São Carlos. O diagnóstico envolve a análise externa de 616 árvores, escolhidas dentro de um universo de aproximadamente 2.500 exemplares, para verificar condições biológicas e de entorno que, somadas a outros atributos, resultará em uma categorização do manejo adequado.
A análise externa é executada basicamente com o auxílio de pás, sovelas, trenas manuais, binóculos e um hipsômetro, instrumento para medições de pequenas distâncias, inclinações e alturas. Dados de identificação botânica, presença de cupins xilófagos ou fungos e condições de entorno relacionadas à presença de edificações e pavimentação são coletados pela equipe do Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis do IPT por meio de um smartphone e registrados para armazenamento via webservice no Sistema Móvel de Gerenciamento de Árvores Urbanas, o Simgau, software criado em parceria pelo Centro de Tecnologia de Recursos Florestais e do Centro de Tecnologia da Informação, Automação e Mobilidade, ambos do IPT.
A seleção das 616 árvores foi feita com base em um levantamento das espécies localizadas em regiões de maior fluxo de carros e pedestres – somente entre estudantes, funcionários e professores, são cerca de nove mil pessoas – e também em função do grande porte. As árvores escolhidas estão distribuídas em duas áreas da universidade, os chamados Campus 1 e 2, com uma maior concentração no primeiro. “O campus 2 foi inaugurado em 2005 e possui uma arborização mais jovem. Selecionamos cerca de 20 árvores para análise nesta área, e a ideia é, juntamente com a USP, dar orientações de como fazer um bom manejo para evitar problemas no futuro – tal como acontece nas grandes cidades, também no campus as árvores acabam tendo que se adaptar às construções, e não o contrário”, explica Victor Ansarah Mancini, tecnólogo de materiais do Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis do IPT.
Ele explica que há uma grande diversificação de espécies no campus, mas entre as selecionadas para análise a sibipiruna é a de maior incidência, vindo a seguir o ipê roxo, o eucalipto, o pinheiro e a grevilha. Em relação às dimensões, a maioria das árvores é de grande porte, mas as sibipirunas, por estarem em maior quantidade, são encontradas em diversos tamanhos, desde as mais jovens até as mais adultas.
DIAGNÓSTICO PRECISO – Problemas como grandes deteriorações e presença de fungos podem ser facilmente identificados a olho nu, mas Mancini ressalta que “é necessário analisar a intensidade de uma injúria na árvore e se ela está associada à presença de algum organismo”. A avaliação feita pelos pesquisadores do IPT atribui às árvores níveis de prioridade alto ou baixo, acompanhados por sugestões de manejo como poda ou substituição, e é complementada por fotos para registrar a situação da árvore e recomendações para análise interna emergencial ou futura.
Apesar de não estar prevista no escopo inicial do projeto, a análise interna será feita pelo IPT em algumas árvores do campus; esta prospecção não destrutiva lançará mão do penetrógrafo, equipamento que possui uma broca com diâmetro de 0,9 mm e permite avaliar a perda de resistência mecânica do lenho. “Alguns problemas são facilmente identificados pela análise externa e podem indicar a necessidade de podas emergenciais ou até mesmo a substituição do exemplar; em certos casos, no entanto, apenas com o equipamento é possível investigar processos de biodeterioração no interior da árvore e, assim, recomendar um manejo mais efetivo”, completa Mancini. Esta etapa deverá acontecer após a conclusão da análise externa de todas as árvores, prevista para o final do mês de setembro.
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A análise externa é executada basicamente com o auxílio de pás, sovelas, trenas manuais, binóculos e um hipsômetro, instrumento para medições de pequenas distâncias, inclinações e alturas. Dados de identificação botânica, presença de cupins xilófagos ou fungos e condições de entorno relacionadas à presença de edificações e pavimentação são coletados pela equipe do Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis do IPT por meio de um smartphone e registrados para armazenamento via webservice no Sistema Móvel de Gerenciamento de Árvores Urbanas, o Simgau, software criado em parceria pelo Centro de Tecnologia de Recursos Florestais e do Centro de Tecnologia da Informação, Automação e Mobilidade, ambos do IPT.
A seleção das 616 árvores foi feita com base em um levantamento das espécies localizadas em regiões de maior fluxo de carros e pedestres – somente entre estudantes, funcionários e professores, são cerca de nove mil pessoas – e também em função do grande porte. As árvores escolhidas estão distribuídas em duas áreas da universidade, os chamados Campus 1 e 2, com uma maior concentração no primeiro. “O campus 2 foi inaugurado em 2005 e possui uma arborização mais jovem. Selecionamos cerca de 20 árvores para análise nesta área, e a ideia é, juntamente com a USP, dar orientações de como fazer um bom manejo para evitar problemas no futuro – tal como acontece nas grandes cidades, também no campus as árvores acabam tendo que se adaptar às construções, e não o contrário”, explica Victor Ansarah Mancini, tecnólogo de materiais do Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis do IPT.
Ele explica que há uma grande diversificação de espécies no campus, mas entre as selecionadas para análise a sibipiruna é a de maior incidência, vindo a seguir o ipê roxo, o eucalipto, o pinheiro e a grevilha. Em relação às dimensões, a maioria das árvores é de grande porte, mas as sibipirunas, por estarem em maior quantidade, são encontradas em diversos tamanhos, desde as mais jovens até as mais adultas.
DIAGNÓSTICO PRECISO – Problemas como grandes deteriorações e presença de fungos podem ser facilmente identificados a olho nu, mas Mancini ressalta que “é necessário analisar a intensidade de uma injúria na árvore e se ela está associada à presença de algum organismo”. A avaliação feita pelos pesquisadores do IPT atribui às árvores níveis de prioridade alto ou baixo, acompanhados por sugestões de manejo como poda ou substituição, e é complementada por fotos para registrar a situação da árvore e recomendações para análise interna emergencial ou futura.
Apesar de não estar prevista no escopo inicial do projeto, a análise interna será feita pelo IPT em algumas árvores do campus; esta prospecção não destrutiva lançará mão do penetrógrafo, equipamento que possui uma broca com diâmetro de 0,9 mm e permite avaliar a perda de resistência mecânica do lenho. “Alguns problemas são facilmente identificados pela análise externa e podem indicar a necessidade de podas emergenciais ou até mesmo a substituição do exemplar; em certos casos, no entanto, apenas com o equipamento é possível investigar processos de biodeterioração no interior da árvore e, assim, recomendar um manejo mais efetivo”, completa Mancini. Esta etapa deverá acontecer após a conclusão da análise externa de todas as árvores, prevista para o final do mês de setembro.
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