Chuvas e deslizamentos

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A diretoria executiva e a equipe de geólogos do Laboratório de Riscos Ambientais (LARA) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) reuniram-se hoje com o secretário de Coordenação das Subprefeituras da cidade de São Paulo, Chico Macena, para tratar do monitoramento em tempo real das áreas de risco de São Paulo, conforme intenção manifestada pelo prefeito Fernando Haddad nesta quarta-feira, 2 de janeiro, em seu primeiro dia à frente do executivo municipal.

“Temos total condição de auxiliar o prefeito Fernando Haddad nesse trabalho”, afirmou hoje o pesquisador do IPT Eduardo Soares de Macedo, em entrevista às rádios Jovem Pan e CBN.

Favela Santa Madalena, na região de Sapopemba, tem setores sujeitos a riscos em época de chuvas
Favela Santa Madalena, na região de Sapopemba, tem setores sujeitos a riscos em época de chuvas
Segundo o prefeito Haddad, o trabalho deverá compreender as áreas classificadas como de risco ‘muito alto’, que representam 14% das habitações na cidade sujeitas a deslizamento de encostas e solapamento de margens de rios.

Esses locais foram identificados por mapeamento realizado em 2010 pela equipe do IPT, que relacionou na cidade 407 áreas vulneráveis a essas consequências das chuvas. Dentro das áreas, há setores também classificados como de risco ‘alto’, ‘médio’ e ‘baixo’. Segundo Macedo, a soma das classificações de risco ‘alto’ e ‘muito alto’, que indicam a necessidade de monitoramento, representam metade das áreas mapeadas, com cerca de 28 mil moradias e 100 mil pessoas.

“Esse trabalho deve focar principalmente os assentamentos precários, nos quais a população é mais pobre, mais desassistida”, afirmou, destacando que essas habitações normalmente estão dentro de favelas e áreas de invasão.

Macedo defende que para fazer o monitoramento em tempo real é preciso dar continuidade ao trabalho que a prefeitura de São Paulo já tem há alguns anos. “O que precisa agora é, talvez, uma melhor organização”, acredita. O pesquisador afirma que “desde 2010 a prefeitura já resolveu parte dos problemas que estão aí; há setores inteiros que tiveram as pessoas retiradas e foram feitas obras nesses locais”.

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