Estação de chuvas

Compartilhe:
O pesquisador e geólogo licenciado do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) Agostinho Tadashi Ogura foi nomeado diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, no início de outubro.

O Centro integra o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, lançado pelo governo federal neste ano para reduzir as vítimas e prejuízos materiais dessas ocorrências em épocas de chuvas. “Minha missão é manter e aprimorar a qualidade dos alertas de risco”, afirma Ogura.

Ogura: ‘Devemos chegar a 800 municípios monitorados com a consolidação do nosso trabalho’
Ogura: ‘Devemos chegar a 800 municípios monitorados com a consolidação do nosso trabalho’
O monitoramento e alerta é uma das quatro frentes estratégicas do plano do governo, que inclui ainda obras estruturais de caráter preventivo; mapeamento de áreas de risco; e capacidade de resposta frente a ocorrências, incluindo socorro, assistência e reconstrução. No total, os investimentos do plano até 2014 devem chegar perto de R$ 19 bilhões.

Ogura afirma que atualmente existem 210 cidades monitoradas. “Devemos chegar a 800 municípios monitorados com a consolidação do nosso trabalho”, diz. Segundo o pesquisador, o maior desafio é proporcionar uma visão clara do que pode acontecer nesses cenários em termos de chuvas.

Com base em tais análises, que consideram informações meteorológicas e geotécnicas, o Cemaden emite três tipos de alerta: moderado, alto e muito alto. Os alertas são enviados para o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), que representa a defesa civil nacional e tem a missão de canalizar as informações para os municípios.

Ogura também afirma que para esta próxima estação de chuvas já há uma comunicação mais eficiente entre o Cemaden e o Cenad, além de parcerias locais para tornar as ações de prevenção mais ágeis. “Há um amadurecimento em relação ao trabalho das equipes ao longo deste ano”, diz.

Para cumprir as metas propostas pelo plano nacional, será necessária a aquisição e operação de um contingente maior de pluviômetros e radares meteorológicos, além de outros sensores de natureza hidrológica e geotécnica. Alguns municípios mantêm esses equipamentos por meio de instituições nacionais ou estaduais, mas eles ainda são em número insuficiente. “Nós temos a necessidade de adquirir milhares de pluviômetros, mas tudo isso vem sendo resolvido em parceria com estados e municípios, ampliando a rede observacional no País”, afirma o diretor do Cemaden.

Na parte de recursos humanos, o Cemaden conta atualmente com uma equipe de cerca de 100 pessoas em sua sede em Cachoeira Paulista (SP). “Tenho também uma missão de caráter administrativo, que consiste em estruturar as condições de trabalho do Cemaden e por isso vamos promover um concurso para efetivação do quadro permanente do Centro”, afirma Ogura, destacando também que as parcerias com universidades e instituições técnicas são igualmente estratégicas para o sucesso do projeto.



INSCREVA-se em nossa newsletter

Receba nossas novidades em seu e-mail.

SUBSCRIBE to our newsletter

Receive our news in your email.

Pular para o conteúdo