Plástico e sustentabilidade

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As alternativas para lidar com o plástico de forma sustentável na indústria vão marcar a presença do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) na sexta edição da feira e congresso sobre plásticos, a PlastShow, que será realizada no Expo Center Norte, em São Paulo, de 10 a 13 de abril.

No dia de abertura, às 11h30, a pesquisadora e diretora do Centro de Tecnologia de Processos e Produtos (CTPP) do IPT, Maria Filomena de Andrade Rodrigues, fará uma exposição sobre o tema ‘Obtenção e biodegradação de biopolímeros’, mostrando como esses materiais são desenvolvidos e qual seu impacto no meio ambiente.
Biomaterial é analisado em microscópio estereoscópico, que permite visualizar o crescimento microbiano e fazer a diferenciação morfológica de colônias microbianas
Biomaterial é analisado em microscópio estereoscópico, que permite visualizar o crescimento microbiano e fazer a diferenciação morfológica de colônias microbianas
“A abordagem sustentável representa hoje uma questão de apoio para as empresas que atuam na área”, afirma Filomena. No que se refere ao desenvolvimento de produtos, a pesquisadora irá focar os biomateriais, como os plásticos feitos a partir do bagaço de cana e de resíduos da indústria de sucos, e os materiais associados a novas tecnologias, como os que têm suas propriedades físicas ou químicas alteradas para fins específicos de aplicação, por meio de recursos de nanotecnologia.

Nesse último caso, por exemplo, é possível aumentar o desempenho estrutural de um determinado produto, o que permitirá reduzir a quantidade de matéria-prima empregada em seu processo produtivo e, assim, mitigar o impacto ambiental na fase de descarte depois de sua vida útil.

Além dos biomateriais e materiais tecnológicos, o tema do impacto também deve ser compreendido a partir das ações de reciclagem, já que os materiais convencionais têm amplo emprego no mercado.

Durante o evento, o IPT também vai manter um estande na área de exposição, que divulgará os serviços do Instituto relacionados a plásticos, voltados a atender desde as pequenas até grandes empresas. “Será dado destaque também ao apoio que o IPT pode oferecer em projetos inovadores”, afirma o pesquisador Wagner Aldeia, chefe do Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas (LPP), que tem sua estrutura inserida no CTPP.

É uma oportunidade também para divulgar a atuação do IPT na rede de serviços do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), financiada pela Finep, que possui como objetivos a acreditação dos serviços efetuados pelo IPT relacionados à área, junto ao INMETRO, como também a ampliação dos serviços oferecidos, tendo como destaque a implementação de sistema de avaliação de biodegradabilidade de plásticos, atendendo normas atuais, sendo o pioneiro no País.

Um exemplo dos projetos inovadores em que o IPT tem atuado é o que dá respaldo à indústria de eletrodomésticos e produtos eletrônicos para adequação à diretiva Rohs, em vigor na Europa desde 2006, que impede a compra de produtos que tenham presença de metais pesados, nocivos ao meio ambiente. Esse trabalho, de detecção desses metais em componentes, tem sido feito pelo Centro de Metrologia em Química (CMQ), que também funciona dentro do IPT, sob direção da pesquisadora Claudia Maria Guimarães de Souza.

A presença na PlastShow também será uma oportunidade para os pesquisadores do Instituto divulgarem as novas capacitações em plásticos e a nova infraestrutura que poderá atender também a área, que será abrigada no novo núcleo de bionanomanufatura do Instituto, que recebeu R$ 50 milhões de investimento do Governo do Estado e que será inaugurado ainda este ano.

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