Impactos da inovação

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Foi realizado hoje no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) o terceiro encontro do programa ‘Café com tecnologia’, que reuniu profissionais do Instituto para trocar experiências e discutir temas relacionados à inovação no cotidiano do trabalho nos laboratórios. O evento contou com a participação de 45 pesquisadores e técnicos, que se dividiram em sete grupos de discussão para identificar projetos inovadores na perspectiva dos critérios de avaliação de seus impactos.

Tiago, do LMMC, afirma que o encontro ampliou sua consciência sobre os projetos que podem ser considerados como inovadores
Tiago, do LMMC, afirma que o encontro ampliou sua consciência sobre os projetos que podem ser considerados como inovadores
“É importante mensurar os impactos das iniciativas”, afirmou o diretor de inovação do IPT, Fernando Landgraf, que coordenou o encontro. Antes que as discussões fossem abertas, Landgraf falou sobre as definições de inovação, comentando, por exemplo, que há conceitos que consideram como inovação apenas o que conquista mercado, passando a se expressar em um produto ou serviço, enquanto o governo tem adotado na legislação a ideia de inovação potencial, levando em conta o desenvolvimento tecnológico antes da viabilidade econômica.

Landgraf disse também que o conjunto de indicadores de inovação deve se expandir, com novos índices agregando-se aos já existentes. Um exemplo que o diretor citou é quanto ao faturamento anual com novos produtos e serviços – “esse é um dado que será mais conhecido no futuro”, afirmou. Atualmente, o IPT contabiliza quatro indicadores, consolidados em 2010 para balizar a gestão da inovação. São eles: patentes depositadas; artigos publicados; ensaios que entram no sistema de qualidade; e participação percentual da receita de projetos de P&D em relação à receita total do IPT.

Em linhas gerais, os impactos de um projeto de inovação podem ser medidos por meio das patentes registradas ou da transferência de tecnologias por institutos de pesquisa e universidades para as empresas. Mas esses indicadores nem sempre valem como referência. Essa foi a discussão acalentada depois da discussão entre os grupos.

Entre os exemplos que surgiram, um grupo citou um projeto de redução da concentração de nióbio na indústria metalúrgica, que culminou na adoção de um novo processo produtivo, com investimento da empresa. “Nesse caso, o impacto deve ser medido pela mudança do processo”, afirmou João Batista Ferreira Neto, do Laboratório de Metalurgia e Materiais Cerâmicos (LMMC), do Centro de Tecnologia de Processos e Produtos (CTPP).

Tiago Ramos Ribeiro, engenheiro metalurgista do LMMC, afirma que foi bom participar do encontro para ampliar a consciência dos processos de inovação. “Acabo de perceber que estou fazendo um trabalho que pode ser considerado como tal”, disse, referindo-se a um projeto que busca dar mais confiabilidade a um ensaio de reatividade empregado em siderurgia. “Agora precisamos verificar como podemos contribuir para que a nova metodologia seja incorporada às normas técnicas”.

Ao final do evento, o diretor de inovação pediu que todos os participantes produzissem um texto promovendo uma reflexão sobre os temas discutidos. Landgraf lembrou que é essencial para pensar sobre o tema levar em conta as quatro categorias nas quais pode se dar a inovação dentro do trabalho no Instituto: serviços tecnológicos, produtos e processos, metrologia e processos administrativos.
 

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