Desenvolvimento naval

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O setor naval criou uma Rede de Inovação para a Competitividade da Indústria Naval e Offshore, a Ricino, no 23º Congresso da Sobena, Sociedade Brasileira de Engenharia Naval, que aconteceu em outubro de 2010. A ideia é integrar ações e direcionar recursos para pesquisa e desenvolvimento tecnológico da indústria naval, a partir de uma rede formada por instituições de ciência e tecnologia, indústrias (estaleiros e fabricantes de navipeças), projetistas, armadores (Petrobras, Transpetro), órgãos governamentais (MDIC, BNDES, Finep, Marinha) e entidades como Fiesp, Firjan, Sobena, Abimaq, Onip, IBP, Sinaval (sindicato dos estaleiros) e Syndarma (sindicato dos armadores).

O IPT foi responsável pela instalação de um dos núcleos temáticos dessa rede, aquele que tem o objetivo de apoiar tecnologicamente a ampliação da produção de navipeças no Brasil, orientando a substituição da importação de forma gradativa e competitiva, com qualidade e preço adequados. Além do núcleo de Navipeças, foram instalados o de Tecnologia de construção naval, o de Projetos navais e dois regionais, em Pernambuco e no Rio Grande do Sul.

GARGALOS – A reunião de instalação do Núcleo de Inovação da Cadeia de Suprimentos (Navipeças) da Indústria Naval ocorreu no IPT, com a presença de representantes do Centro de Engenharia Naval e Oceânica, USP, ABDI, ABS, Abimaq, Kromav, Onip, Sinaval e Syndarma.

De acordo com César Prata, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o objetivo desse trabalho é identificar os gargalos tecnológicos e criar uma agenda positiva “de forma a atacar os problemas e trazer soluções. O resultado prático é mais participação na indústria local, mais geração de emprego e mais riquezas ao país”.

Representantes do Núcleo de Inovação da Cadeia de Suprimentos conheceram o sistema automatizado com braço robótico do CNaval
Representantes do Núcleo de Inovação da Cadeia de Suprimentos conheceram o sistema automatizado com braço robótico do CNaval

Os itens, bens, máquinas e equipamentos do segmento de navipeças vão ser utilizados como componentes de um navio e, para Jorge Boeira, especialista em projetos da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), são de grande efeito e importância para a cadeia de suprimentos. “Passamos por um período, na década de 90, em que não existiam encomendas e as indústrias que fabricavam navipeças migraram para outros setores. Hoje, sob efeito da demanda das plataformas e embarcações para exploração do pré-sal e apoio às operações, existe uma nova oportunidade para que essa indústria de navipeças se mobilize e aproveite a demanda, com escala e tecnologia que garantirão a perenidade dos investimentos”, afirma.
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“Abriu-se um espaço de diálogo importante que, junto à indústria brasileira, possibilitará ao empresário visualizar a inovação como uma ferramenta indispensável para crescer. Uma rede que vai orientar e convergir forças para esse tipo de solução do setor, tanto dos estaleiros como a navipeças num todo”, conclui Roberto José Bastos, assessor da vice-presidência executiva do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).

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