Materiais termoplásticos, que são os plásticos comuns do dia-a-dia, podem ser fundidos e reprocessados, conforme explicou o pesquisador Silas Derenzo, do Centro de Tecnologia de Processos e Produtos do IPT. Mas existem compósitos feitos de plásticos rígidos e fibra de vidro em que a possibilidade de reciclagem é bem mais complexa.
Segundo Derenzo, “o plástico termofixo é mais rígido e tem reforço no meio; sua estrutura química não permite fusão e, por isso, estudamos alternativas como a reutilização no próprio processo e, se não der, procuraremos desenvolver outros produtos a partir desse material.” Sua queima é descartada pelo pesquisador, devido ao potencial de geração de gases poluentes.
Por isso está em curso, devendo ser concluído em 2011, um estudo de alternativas para destinação de resíduos de materiais de reciclagem complexa. Para a reciclagem dos compósitos chamados plásticos termofixos, segundo Derenzo, ainda não há uma resposta pronta. Com esses materiais são fabricados bancos de ônibus, caixas d´água, cabines telefônicas e pranchas de surfe, entre outros produtos.
O IPT e a Associação Brasileira de Materiais Compósitos, a Abmaco, estudam alternativas para destinação dos resíduos desse material, que poderão ser reaproveitados no próprio processo produtivo, na geração de outros produtos ou, ainda, na construção civil como reforço de concreto. Estimativas mostram que o setor brasileiro gera 18 mil toneladas desses resíduos por ano, uma despesa de R$ 120 milhões com o descarte em aterros sanitários.