O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está atuando nesta semana em São Luiz do Paraitinga (SP) com uma equipe interdisciplinar de sete pesquisadores, com especialistas em geologia, engenharia civil e madeiras.
A equipe está orientando os trabalhos de escoramento estrutural de 29 edificações da cidade que ficaram mais seriamente comprometidas com as enchentes do rio Paraitinga no ínício de janeiro deste ano, quando as águas subiram 15 metros segundo a Defesa Civil. Desse total de prédios, 11 estão com os trabalhos praticamente concluídos e o restante será executado nos próximos 15 dias.
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Esse trabalho vem sendo realizado para permitir que as edificações tenham condições de segurança e possam ser acessadas por técnicos e engenheiros para a execução dos projetos de restauração, com todos os detalhamentos necessários. As edificações requerem cuidados especiais porque são construídas com técnicas antigas, como a taipa de pilão.
Financiada pelo Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem), da Secretaria de Desenvolvimento, a atuação do IPT na cidade é feita em parceria com o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), de Secretaria de Cultura de São Paulo. O Condephaat também coordenará os projetos de restauração.
Os trabalhos de escoramento contam também com apoio de uma construtora contratada, que enviou para a cidade 15 funcionários, mais os equipamentos para obras, como iluminação, guinchos, entre outros.
ÁREAS DE RISCO – Os geólogos do IPT estão realizando também o mapeamento das áreas de risco relacionadas a escorregamento de encostas e às margens dos cursos de água. As ações estão voltadas ao detalhamento em áreas que já haviam sido visitadas pelo IPT nos meses de dezembro de 2009 e janeiro de 2010.
Os pesquisadores já concluíram o detalhamento em seis áreas e mais oito estão sendo ou serão visitadas, com término previsto no início do mês de junho. O relatório com as recomendações necessárias para a cidade tem previsão de entrega no final do mês de julho.
Foto: Cris Castello Branco