Atuação Internacional

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A Direção Geral de Recursos Hídricos (DGRH) de Guiné-Bissau, país da costa ocidental da África, criou um projeto de cooperação em águas subterrâneas reunida com parceiros nacionais e internacionais. O país possui 36 mil km² de território e 88 ilhas oceânicas. O objetivo é avaliar os dados de uso e ocupação do solo, disponibilidade e demandas de água e outros temas ambientais, socioeconômicos e de recursos hídricos subterrâneos de interesse. A iniciativa pretende propor projetos para alavancar recursos de órgãos internacionais como o Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (ONU), Comunidade dos Países de Lingua Portuguesa (CPLP) e Banco Mundial.
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O coordenador do projeto no Brasil é o IPT, que apoiará a DGRH na análise das informações por meio de softwares avançados de geoprocessamento, tecnologia que o Instituto dispõe. A definição de estudos e metodologias facilitará a realização de trabalhos em campo, principalmente para as águas subterrâneas vulneráveis a contaminação por água salina. Para este problema, será realizado mapeamento em toda orla marítima. “O IPT fornecerá ficha que adota em cadastro de poços em São Paulo, com a finalidade de contribuir com referência para a DGRH”, afirma José Luiz Albuquerque Filho, pesquisador do Laboratório de recursos hídricos e avaliação geoambiental (LabGeo) do IPT e coordenador do projeto no Brasil.

Condições de saneamento ambiental em Guiné-Bissau são precárias
Condições de saneamento ambiental em Guiné-Bissau são precárias

A DGRH vai indicar as áreas críticas para que a equipe de cooperação formule estudos a serem desenvolvidos. Haverá também capacitação aos técnicos para que possam melhor utilizar as informações que serão geradas por estudos geofísicos.

O projeto, que reúne o IPT, a Universidade Federal de Pernambuco, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LNEC de Portugal, a Universidade Agostinho Neto da Angola e o Instituto Nacional de Gestão de Recursos Hídricos de Cabo Verde, faz parte de um edital do CNPq que incentiva “Cooperações Temáticas em Matéria de Ciência e Tecnologia”, mais conhecido como Pró-África, para missões exploratórias.

Em uma longa jornada de viagem para um curto período de tempo de permanência em terra, Albuquerque iniciou, no dia 18 de março, os primeiros contatos com o país para identificar os interesses e problemas tecnológicos ali ocorrentes, principalmente relacionados ao tema.

Segundo Albuquerque, estão propostos dois seminários: um em maio e outro em outubro de 2010. “No primeiro seminário queremos estreitar nossa interação com as demais entidades capitaneadas no país pela DGRH. Precisamos aprofundar nossos conhecimentos em águas subterrâneas e identificar as carências do país”, afirma. “Para outubro quando será efetuado o segundo seminário o objetivo é preparar pré-projetos temáticos de pesquisa, como por exemplo, estudos de caracterização de potencialidades de aqüíferos continentais”, conclui.

Para o pesquisador, apenas desta maneira será possível formar novas parcerias e criar oportunidades para alavancar recursos de órgãos internacionais, “além da ampliação da inserção do IPT no sistema de fomento à pesquisa tecnológica”.

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