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No Centro de Engenharia Naval e Oceânica do IPT, o CNaval, foi instalado este ano um sistema automatizado com braço robótico, que deverá agilizar a produção de modelos reduzidos de navios e de plataforma de petróleo offshore. Cada um destes modelos, feitos anteriormente em madeira e de maneira artesanal, demorava bem mais de um mês para ficar pronto. Com o robô, é possível construir cada modelo, em poliuretano ou madeira, em poucos dias. O IPT tornou-se pioneiro em usinagem robotizada de modelos de navios na América Latina.
Cada modelo produzido tem seu desempenho avaliado em simulação no tanque de provas naval e oceânico do IPT. O tanque é uma estrutura aquática com 280 metros de comprimento, por 6,6 metros de largura e quatro de profundidade. Cascos de navios são monitorados e arrastados sobre a água para avaliar tanto seu desempenho hidrodinâmico, quanto a propulsão mais adequada a cada tipo de embarcação. No caso de plataformas offshore, as avaliações de desempenho monitoradas são feitas sob a simulação de ondas em alto mar.
Investimentos – Com a criação dos chamados fundos setoriais, veio a participação das grandes empresas nacionais em projetos de pesquisa e desenvolvimento. “A legislação estabeleceu que empresas sob concessão como as dos setores elétrico e de petróleo e gás aplicassem 1% do faturamento em pesquisas, sendo pelo menos metade disso em instituições científicas e tecnológicas. Estes recursos permitiram, num primeiro momento, um verdadeiro upgrade em nossas instalações laboratoriais. O desafio que temos pela frente, a partir de agora, é melhorar as condições de trabalho, com mais eficiência e menores custos. Estamos investindo firme em treinamento de pessoal para atender às demandas da Marinha e de empresas como a Petrobras, estaleiros, projetistas e às embarcações fluviais e de cabotagem”, afirma Carlos Daher Padovezi, diretor do CNaval.
Em rede – Existem outros tanques de provas nacionais para ensaios de modelos de plataformas como o da Poli, na USP, e o da Coppe, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. “A formação de grupos de excelência no Brasil, nas chamadas redes temáticas do Cenpes/Petrobras, amplia as competências tecnológicas nacionais. As instituições brasileiras não concorrem entre si, mas juntam aquilo que cada uma tem de melhor para atender às demandas e responder aos desafios técnicos.