Redescobrindo a cal

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Em 2010 será ensaiada no IPT uma nova série de corpos-de-prova de concreto com 50 anos de idade, que foi moldada para um estudo de longa duração, idealizado nas décadas de 30 a 50 por pesquisadores do Instituto. O objetivo era acompanhar a evolução da resistência mecânica dos concretos preparados com cimento Portland produzido pelas primeiras fábricas de cimento implantadas no Brasil: Perus, Votoran, Itaú, Maringá e Santa Rita. Os corpos-de-prova estão acondicionados durante estas décadas em câmara úmida à temperatura entre 20 e 28 graus Celsius e umidade acima de 95%. Estas condições são consideradas  ideais para evolução de suas propriedades físico-mecânicas.

Os dados deverão comprovar ganho de resistência no tempo, que ocorre em estruturas de concreto como é o MASP, cartão de visitas de São Paulo, e do Edifício Guinle (http://www.piratininga.org/edificioguinle.htm) pioneiro em concreto armado no Brasil, em que há anos o IPT teve oportunidade de extrair corpos-de-prova para realizar ensaios.

Para os especialistas 28 dias é o prazo adequado para cura, ou endurecimento, de um concreto, tanto num piso quanto numa viga que sustenta um edifício. Mas na verdade esse processo se estende por longos anos. A ruptura dos corpos-de-prova do IPT vem demonstrando que a reação química responsável pela cura do cimento, chamada hidratação, continua ocorrendo lentamente como é esperado pelos técnicos.

Segundo o pesquisador Valdecir Angelo Quarcioni, químico responsável pelo Laboratório que é ligado ao Centro de Tecnologia de Obras de Infra-estrutura do Instituto, existe um material que atua como facilitador natural da hidratação do cimento. Este papel é desempenhado pela cal. Quarcioni estudou o assunto, que foi tema de sua tese de doutorado apresentada em 2008 ao Departamento de Engenharia Civil da Escola Politécnica da USP, sob o título “Influência da cal hidratada nas idades iniciais da hidratação do cimento Portland: estudo em pasta”, que traz um subsídio relevante para a tecnologia de produção de materiais cimentícios, numa época em que se depara com uma demanda crescente de incorporação de materiais residuais ao cimento Portland, ao mesmo tempo em que o mesmo deve ser durável e sustentável.

Para mais informações acesse  http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-15092008-153909/

 

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