Nas águas do Araguaia

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Deslizar com toda a segurança sobre a superfície de um rio com as dimensões do Araguaia hoje em dia não é milagre, pois envolve tecnologia de ponta. Este fato ficou evidente com as explicações dadas por uma das maiores autoridades brasileiras em investigações de ambientes submersos, o geólogo Luiz Antonio Pereira de Souza, o Laps, do Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas (CETAE) do IPT. De acordo com os estudos experimentais realizados no primeiro semestre deste ano nos trechos de Aruanã (GO), Conceição do Araguaia (TO) e Couto de Magalhães (PA), cerca de 500 quilômetros de perfis ecobatimétricos e sonográficos, além de dezenas de medições de vazão e velocidade de corrente, foram executados no rio Araguaia.

O sonar de varredura lateral, em especial, com alcance lateral de alta resolução possibilita examinar, em tempo real, mais de uma centena de metros de cada lado da embarcação à medida que ela se desloca sobre o rio. “É importante para a navegação conhecer o fundo do rio para evitar que barcaças com toneladas de cargas se choquem com afloramentos ou encalhem em bancos de areia causando enormes prejuízos”, afirma Laps. Mais de 100 gigabytes de dados de alta qualidade foram acumulados nesta primeira pesquisa de campo e encontram-se agora em fase de processamento e interpretação. “Em São Paulo, por exemplo, o rio Tietê poderá ser completamente navegável e o peixinho poderá ser muito útil na investigação deste rio, conclui.

O projeto tem o suporte operacional da Administração das Hidrovias Tocantins e Araguaia – Ahitar, e foi financiado, inclusive a compra de um sonar digital de última geração, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do programa CT-Aquaviário da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). No IPT, envolveu o Cetae e o Centro de Engenharia Naval e Oceânica – CNaval, que tem bastante tradição em atuações técnicas na região Norte do País.
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A área de investigação de ambientes submersos do IPT está sendo reequipada por meio de projeto Moderniza. Assim, a partir de agosto de 2009, se tornará uma das únicas entidades no País a estar devidamente capacitada para desenvolver projetos de investigação neste campo.

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