Equipe multidisciplinar do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) obtém subsídios teóricos e metodológicos, a partir de encontros virtuais com integrantes do Núcleo de Antropologia Urbana (NAU) da FFLCH-USP, que permitiram a realização da ‘Oficina de Formação em Pesquisa Etnográfica’. A ideia era buscar ferramentas adequadas para o melhor desenvolvimento do ‘Projeto Social Fipt Jovens Pesquisadoras e Jovens Promotoras de Justiça: a Participação das Mulheres na Ciência, na Tecnologia e no Direito’, assim como para futuros trabalhos de Reurbanização de Núcleos Urbanos Informais (NUIs), conforme explica a pesquisadora do IPT, Ros Mari Zenha.
Segundo Zenha, identificar paralelos entre as concepções, metodologias e técnicas do NAU-USP e como utilizá-los nos projetos IPT que envolvem a população foi a finalidade básica da realização desta oficina. “A oficina – informa a pesquisadora – foi ministrada pelos pesquisadores e pesquisadoras do NAU-USP, direcionada ao corpo técnico do IPT e convidados externos, visando a sensibilização para o olhar antropológico e a utilização dos métodos e teorias da Antropologia para a realização de projetos de intervenção social.”
NAU-USP EM POUCAS PALAVRAS – O núcleo conta atualmente com diversos grupos de pesquisa envolvidos com os temas cidades, espaços e mobilidades.
O NAU/Cidades dedica-se ao estudo das cidades e das práticas culturais que ocorrem no contexto urbano, voltando-se para as múltiplas relações que se estabelecem no e com o espaço urbano, entendendo a cidade como um lugar fundamental de trocas e de estabelecimento de vínculos sociais na contemporaneidade.
É importante destacar a perspectiva do NAU-USP no estudo da ‘periferia’ do espaço urbano. Essa periferia não é vista apenas como local geográfico da pobreza, estigma ou marca de carência, mas também como sinal de pertencimento, afirmação de identidades positivas e de mobilizações políticas que transcendem a referência espacial.
A proposta do NAU-Cidades é relacionar diferentes pesquisas que apontem para os pedaços, quebradas, circuitos, redes, trajetos, pontos de encontro e de confronto estabelecidos por múltiplos atores que criam cotidianamente novas configurações sociais.
COMO FOI A OFICINA – A estrutura da oficina contemplou três blocos. No primeiro, a Introdução à Antropologia e ao Método Etnográfico. Incluiu o desenvolvimento do método etnográfico e sua relação com o conhecimento antropológico no início do século XX, retratando as experiências das primeiras escolas e pesquisadores que colocaram em prática uma metodologia específica, com suas potencialidades e primeiros resultados.
No segundo bloco, a apresentação do Protocolo Metodológico e de Experiências de Pesquisa. Foram apresentadas algumas pesquisas atuais que, com base no conteúdo do bloco anterior, serviram de exemplo para demonstrar potencialidades e resultados da etnografia, assim como diferentes protocolos de pesquisa, com destaque para o que foi desenvolvido pelos pesquisadores do LabNAU-USP, nos últimos anos, tendo como campo de análise diferentes recortes na paisagem e nas dinâmicas urbanas.
O terceiro bloco, que mostra a Experiência Etnográfica, será realizado em 2021 devido a limitações impostas pela pandemia da Covid-19. Seu conteúdo contempla atividade de campo com uma caminhada etnográfica que possibilitará aos participantes um primeiro contato efetivo com a realização da pesquisa. Local e data ainda serão definidos. Ao final, as observações registradas no ‘caderno de campo’ de cada participante servirão de subsídio para o seu relato da atividade.
“Contamos com a participação de 50 profissionais de instituições de diferentes estados e como proposta final da Oficina foi aprovada a criação de um grupo de trabalho que compartilhará conhecimentos em políticas públicas, trocando informações e reflexões sobre experiências, utilizando o método etnográfico em seus respectivos territórios", explica ela. O conteúdo dos blocos 1 e 2 foi ministrado respectivamente nos dias 19 de novembro e 02 de dezembro, em dois meios períodos, das 14 às 18 horas cada um.
ROTEIRO – OFICINA DE FORMAÇÃO EM PESQUISA ETNOGRÁFICA
Bloco 1
Abertura – Dr. Jefferson de Oliveira Gomes e Ros Mari Zenha e Oswaldo Sanchez Junior – pesquisadores do IPT
Introdução à antropologia e ao método etnográfico (Prof. Dr. José Guilherme Cantor Magnani – Coordenação do NAU-USP)
Relato de algumas experiências etnográficas realizadas em São Paulo (pesquisadores Sâmia Pereira de Souza e Luiza Borba)
O protocolo de pesquisa desenvolvido no LabNAU-USP (pesquisadores Rodrigo Chiquetto e Yuri Tambucci)
Bloco 2
Apresentação de pesquisas etnográficas que seguem o protocolo de pesquisa desenvolvido no LabNAU-USP (pesquisadores Enrico Spaggiari e Mariana Hangai)
Debates
Segundo Zenha, identificar paralelos entre as concepções, metodologias e técnicas do NAU-USP e como utilizá-los nos projetos IPT que envolvem a população foi a finalidade básica da realização desta oficina. “A oficina – informa a pesquisadora – foi ministrada pelos pesquisadores e pesquisadoras do NAU-USP, direcionada ao corpo técnico do IPT e convidados externos, visando a sensibilização para o olhar antropológico e a utilização dos métodos e teorias da Antropologia para a realização de projetos de intervenção social.”
NAU-USP EM POUCAS PALAVRAS – O núcleo conta atualmente com diversos grupos de pesquisa envolvidos com os temas cidades, espaços e mobilidades.
O NAU/Cidades dedica-se ao estudo das cidades e das práticas culturais que ocorrem no contexto urbano, voltando-se para as múltiplas relações que se estabelecem no e com o espaço urbano, entendendo a cidade como um lugar fundamental de trocas e de estabelecimento de vínculos sociais na contemporaneidade.
É importante destacar a perspectiva do NAU-USP no estudo da ‘periferia’ do espaço urbano. Essa periferia não é vista apenas como local geográfico da pobreza, estigma ou marca de carência, mas também como sinal de pertencimento, afirmação de identidades positivas e de mobilizações políticas que transcendem a referência espacial.
A proposta do NAU-Cidades é relacionar diferentes pesquisas que apontem para os pedaços, quebradas, circuitos, redes, trajetos, pontos de encontro e de confronto estabelecidos por múltiplos atores que criam cotidianamente novas configurações sociais.
COMO FOI A OFICINA – A estrutura da oficina contemplou três blocos. No primeiro, a Introdução à Antropologia e ao Método Etnográfico. Incluiu o desenvolvimento do método etnográfico e sua relação com o conhecimento antropológico no início do século XX, retratando as experiências das primeiras escolas e pesquisadores que colocaram em prática uma metodologia específica, com suas potencialidades e primeiros resultados.
No segundo bloco, a apresentação do Protocolo Metodológico e de Experiências de Pesquisa. Foram apresentadas algumas pesquisas atuais que, com base no conteúdo do bloco anterior, serviram de exemplo para demonstrar potencialidades e resultados da etnografia, assim como diferentes protocolos de pesquisa, com destaque para o que foi desenvolvido pelos pesquisadores do LabNAU-USP, nos últimos anos, tendo como campo de análise diferentes recortes na paisagem e nas dinâmicas urbanas.
O terceiro bloco, que mostra a Experiência Etnográfica, será realizado em 2021 devido a limitações impostas pela pandemia da Covid-19. Seu conteúdo contempla atividade de campo com uma caminhada etnográfica que possibilitará aos participantes um primeiro contato efetivo com a realização da pesquisa. Local e data ainda serão definidos. Ao final, as observações registradas no ‘caderno de campo’ de cada participante servirão de subsídio para o seu relato da atividade.
“Contamos com a participação de 50 profissionais de instituições de diferentes estados e como proposta final da Oficina foi aprovada a criação de um grupo de trabalho que compartilhará conhecimentos em políticas públicas, trocando informações e reflexões sobre experiências, utilizando o método etnográfico em seus respectivos territórios", explica ela. O conteúdo dos blocos 1 e 2 foi ministrado respectivamente nos dias 19 de novembro e 02 de dezembro, em dois meios períodos, das 14 às 18 horas cada um.
ROTEIRO – OFICINA DE FORMAÇÃO EM PESQUISA ETNOGRÁFICA
Bloco 1
Abertura – Dr. Jefferson de Oliveira Gomes e Ros Mari Zenha e Oswaldo Sanchez Junior – pesquisadores do IPT
Introdução à antropologia e ao método etnográfico (Prof. Dr. José Guilherme Cantor Magnani – Coordenação do NAU-USP)
Relato de algumas experiências etnográficas realizadas em São Paulo (pesquisadores Sâmia Pereira de Souza e Luiza Borba)
O protocolo de pesquisa desenvolvido no LabNAU-USP (pesquisadores Rodrigo Chiquetto e Yuri Tambucci)
Bloco 2
Apresentação de pesquisas etnográficas que seguem o protocolo de pesquisa desenvolvido no LabNAU-USP (pesquisadores Enrico Spaggiari e Mariana Hangai)
Debates