Pesquisadores e técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) reuniram-se hoje para conhecer os projetos, competências e equipamentos que serão abrigados pelo novo prédio de bionanomanufatura do Instituto, que está recebendo R$ 46 milhões de investimento do Governo do Estado de São Paulo (GESP) e será inaugurado no próximo ano.
A reunião fez parte da programação ‘Café com tecnologia’, que sempre na última terça-feira do mês apresenta à comunidade um tema relacionado à inovação, buscando motivar dentro dos laboratórios ideias que possam resultar em projetos estratégicos.
O evento reuniu 65 profissionais de diferentes centros do Instituto. As competências que serão abrigadas nas futuras instalações, que contam com 8 mil metros quadrados, despertam interesse dentro do IPT porque os setores de nanotecnologia, biotecnologia e micromanufatura têm um caráter multidisciplinar, com aplicações em diversas áreas do conhecimento e da indústria, como fármacos, cosméticos, materiais compósitos, revestimentos, catálise em biocombustíveis, microfluídica, tratamento de corrosão, entre outras.
Segundo Maria Filomena Rodrigues, diretora do Centro de Tecnologia de Processos e Produtos (CTPP) do IPT, a possibilidade de atuação multidisciplinar ocorre porque a nanotecnolgia é o estudo e a manipulação de materiais em escala molecular ou atômica, representando uma evolução da microtecnologia. A pesquisadora também disse que essa área conta basicamente com duas frentes de atuação, representando a produção e a caracterização de partículas.
Nos setor de micromanufatura as aplicações são igualmente amplas. Um exemplo dado pela pesquisadora é a instalação de microrreatores em circuito integrado para substituir reatores centrais em linhas de produção da indústria química, que envolvem a dosagem de fluidos. “Se um microrreator quebrar não é preciso parar a produção, enquanto se o reator tradicional tem um problema, tudo para”, afirmou.
Os pesquisadores também conheceram um projeto de biotecnologia que está em desenvolvimento e será abrigado nas futuras instalações do Instituto. Trata-se da hidrólise enzimática do bagaço de cana-de-açúcar, que poderá produzir etanol de segunda geração, entre outros produtos derivados do açúcar, dando um destino mais nobre ao bagaço, que atualmente é aplicado em usinas termoelétricas.
Nesse projeto, o bagaço é pré-tratado em um sistema de explosão a vapor, que altera a estrutura da celulose, tornando-a vulnerável ao ataque de enzimas, que efetivamente produzem os açúcares. O plástico biodegradável é também um produto que pode resultar desse procedimento.
O projeto do novo prédio de bionanomanufatura foi criado no IPT no bojo da modernização do Instituto, que desde 2008 recebeu cerca de R$ 150 milhões de investimento para adotar novas capacitações e ampliar sua infraestrturura laboratorial. João Fernando Gomes de Oliveira, diretor-presidente do IPT, afirma que o prédio terá espaços multiusuários, estando permanentemente aberto para os pesquisadores de todos os centros do Instituto. Ele também diz que o novo empreendimento tem um potencial de R$ 45 milhões em vendas de projetos para o mercado.
A reunião fez parte da programação ‘Café com tecnologia’, que sempre na última terça-feira do mês apresenta à comunidade um tema relacionado à inovação, buscando motivar dentro dos laboratórios ideias que possam resultar em projetos estratégicos.
O evento reuniu 65 profissionais de diferentes centros do Instituto. As competências que serão abrigadas nas futuras instalações, que contam com 8 mil metros quadrados, despertam interesse dentro do IPT porque os setores de nanotecnologia, biotecnologia e micromanufatura têm um caráter multidisciplinar, com aplicações em diversas áreas do conhecimento e da indústria, como fármacos, cosméticos, materiais compósitos, revestimentos, catálise em biocombustíveis, microfluídica, tratamento de corrosão, entre outras.
Segundo Maria Filomena Rodrigues, diretora do Centro de Tecnologia de Processos e Produtos (CTPP) do IPT, a possibilidade de atuação multidisciplinar ocorre porque a nanotecnolgia é o estudo e a manipulação de materiais em escala molecular ou atômica, representando uma evolução da microtecnologia. A pesquisadora também disse que essa área conta basicamente com duas frentes de atuação, representando a produção e a caracterização de partículas.
Nos setor de micromanufatura as aplicações são igualmente amplas. Um exemplo dado pela pesquisadora é a instalação de microrreatores em circuito integrado para substituir reatores centrais em linhas de produção da indústria química, que envolvem a dosagem de fluidos. “Se um microrreator quebrar não é preciso parar a produção, enquanto se o reator tradicional tem um problema, tudo para”, afirmou.
Os pesquisadores também conheceram um projeto de biotecnologia que está em desenvolvimento e será abrigado nas futuras instalações do Instituto. Trata-se da hidrólise enzimática do bagaço de cana-de-açúcar, que poderá produzir etanol de segunda geração, entre outros produtos derivados do açúcar, dando um destino mais nobre ao bagaço, que atualmente é aplicado em usinas termoelétricas.
Nesse projeto, o bagaço é pré-tratado em um sistema de explosão a vapor, que altera a estrutura da celulose, tornando-a vulnerável ao ataque de enzimas, que efetivamente produzem os açúcares. O plástico biodegradável é também um produto que pode resultar desse procedimento.
O projeto do novo prédio de bionanomanufatura foi criado no IPT no bojo da modernização do Instituto, que desde 2008 recebeu cerca de R$ 150 milhões de investimento para adotar novas capacitações e ampliar sua infraestrturura laboratorial. João Fernando Gomes de Oliveira, diretor-presidente do IPT, afirma que o prédio terá espaços multiusuários, estando permanentemente aberto para os pesquisadores de todos os centros do Instituto. Ele também diz que o novo empreendimento tem um potencial de R$ 45 milhões em vendas de projetos para o mercado.