Pesquisadores, empresários e representantes da sociedade civil reúnem-se em Brasília desde quarta-feira, 26 de maio, para debater e formular propostas visando à consolidação de uma política de Estado em ciência, tecnologia e inovação com foco em desenvolvimento sustentável. O evento é a “4ª CNCTI – Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável”, realizada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de C&T&I e Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, que termina hoje. Mudanças climáticas, energia, recursos naturais, desigualdades regionais, educação científica de qualidade em todos os níveis, uso da ciência e tecnologia para o desenvolvimento social, segurança alimentar no contexto da ciência, tecnologia e inovação e saúde são temas centrais.
O presidente do IPT, João Fernando Gomes de Oliveira, participou do evento. Oliveira coordenou a sessão paralela intitulada “Conectores academia-empresa para inovação”. Uma plateia de aproximadamente 430 pessoas lotou o auditório para acompanhar apresentações e debates, que também foram transmitidas em tempo real na Web. Os palestrantes foram José Elis Ripper Filho, do grupo empresarial AsGa; José Fernando Thomé Jucá, do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste; e Isa Assef dos Santos, da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica.
Oliveira apresentou um modelo de interação entre universidades e empresas tendo como conector o IPT, com toda a aptidão necessária. “O instituto atende demandas de empresas, reconhece oportunidades no mercado e mobiliza grandes equipes. A Universidade produz conhecimento básico e forma recursos humanos especializados.” A interatividade entre instituições de pesquisa e empresas, articulada por institutos capacitados, tem grande potencial e bons exemplos não faltam, como os do Korean Institute of Science and Technology e Cambridge-MIT Institute. “Também é emblemático o caso do Laboratório de Estruturas Leves do IPT em São José dos Campos, um modelo concebido pela Embraer e que conta com a parceria do instituto na articulação entre academia e empresa numa área de ponta.”