IPT inicia projeto de identificação de áreas para a implantação de unidades de conservação nas bacias de mananciais nos municípios de Embu Guaçu, Juquitiba e São Lourenço da Serra
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) iniciou no mês de fevereiro o projeto de identificação de áreas para a implantação de novas unidades de conservação (UCs) nas bacias de mananciais da sub-região Sudoeste da Região Metropolitana de São Paulo. O projeto, que terá a duração de 18 meses, tem como objetivo classificar as áreas e elaborar estudos técnicos que subsidiarão a criação das UCs nos municípios de Embu Guaçu, Juquitiba e São Lourenço da Serra.
IPT inicia projeto de identificação de áreas para a implantação de unidades de conservação nas bacias de mananciais nos municípios de Embu Guaçu, Juquitiba e São Lourenço da Serra
O projeto é financiado pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), tendo o Consórcio Intermunicipal da Sub-região Sudoeste da Grande São Paulo (Conisud) como tomador do recurso e o IPT como executor.
O IPT realizou o mapeamento de áreas prioritárias para conservação e recuperação da qualidade ambiental de oito municípios integrantes do Conisud (2021 a 2022), que fornecerá subsídios técnicos para o atual projeto. Além deste, realizou estudos para a criação de unidades de conservação municipais nas cidades de Guarujá e Mairiporã, e a elaboração de planos de manejo de diversas UCs, como do Parque Municipal da Grota Funda (Atibaia), do Refúgio de Vida Silvestre do Anhanguera e dos parques naturais municipais da zona sul da cidade de São Paulo.
Os principais desafios na execução deste tipo de projeto, segundo a pesquisadora e coordenadora do projeto, Mariana Hortelani Carneseca, são mobilizar a população e conseguir o engajamento da participação social: “Como uma das categorias de unidade de conservação possível para o território estudado é a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que se configura em uma unidade de domínio privado e de proteção integral, onde o proprietário da terra, por uma iniciativa voluntária, se compromete com a conservação perpétua da área, é de extrema importância trabalharmos com a conscientização e esclarecimento dos diferentes aspectos envolvidos, com uma linguagem acessível e de fácil entendimento”.
A Seção de Planejamento Territorial, Recursos Hídricos, Saneamento e Florestas do IPT fará, em conjunto com a Enraíze – Soluções Participativas, a etapa de mobilização social para a sensibilização da população. A intenção é assegurar o ambiente participativo e sua representatividade, principalmente dos proprietários rurais, a respeito da importância das UCs para conservação e proteção dos recursos hídricos e da possibilidade de promover atividades econômicas sustentáveis (turismo, observação de aves e trilhas, por exemplo), além de atividades educativas e de pesquisa.
Entre os meses de agosto e setembro, está prevista a realização de seis oficinas participativas nos três municípios envolvidos.
