Avaliação ambiental e geoambiental

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Avaliação ambiental integrada e desenvolvimento de indicadores ambientais

A utilização de indicadores tem como objetivo simplificar as informações de caráter técnico e científico para transmiti-las de forma sintética, melhorando a comunicação de fenômenos complexos. Assim, as informações são mais facilmente utilizáveis por gestores, políticos, grupos de interesse e público em geral. Os indicadores podem servir para diversas aplicações que necessitam de acompanhamento periódico, destacando-se a implementação de planos de recuperação de áreas degradadas ou de bacias, a elaboração de relatórios de situação ambiental (os Informes GEO Cidades, por exemplo) e o acompanhamento do desempenho de sistemas de gestão ambiental.

O modelo de avaliação ambiental utilizado pelo IPT é derivado do proposto pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), que permite uma avaliação contínua do estado do meio ambiente a partir da matriz FPEIR (Força-Motriz, Pressão, Estado, Impacto e Resposta). A Força-Motriz, isto é, as atividades humanas, produzem Pressões no meio ambiente que podem afetar seu Estado, o qual, por sua vez, poderá acarretar Impactos na saúde humana e nos ecossistemas, levando a sociedade a emitir Respostas por meio de medidas, as quais podem ser direcionadas a qualquer elemento do sistema.

O IPT participou como parceiro técnico da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), da Prefeitura do Município de São Paulo, na elaboração do “GEO Cidade de São Paulo: Panorama do Meio Ambiente Urbano”, utilizando indicadores ambientais. No âmbito de projetos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), o IPT elaborou o “Diagnóstico da Situação dos Recursos Hídricos da Bacia do Rio Grande SP/MG” e desenvolveu o sistema de indicadores GEO Bacias, aplicado de forma piloto às Sub-Regiões Hidrográficas Cabeceiras e Juqueri-Cantareira.



Avaliação e monitoramento do meio biótico para empreendimentos

As alterações ambientais decorrentes de atividades humanas devem ser interpretadas, avaliadas e monitoradas quanto aos efeitos ou alterações nos sistemas e processos naturais, de forma a garantir a preservação da qualidade ambiental. A implantação, ampliação e operação de um empreendimento acarreta alterações positivas ou negativas a serem consideradas em estudos ambientais, além de estarem sujeitas a exigências legais.

O IPT avalia e identifica os impactos ambientais negativos na implantação e operação de empreendimentos, auxiliando na prevenção e na manutenção do funcionamento dos ecossistemas, a partir da avaliação do meio biótico. Os estudos nessa área são integrados às avaliações de processos do meio físico.

As equipes multidisciplinares do IPT analisam a viabilidade ambiental de um projeto, além de planejarem e executarem projetos promovendo o uso de tecnologias de menor impacto ambiental em diferentes escalas.

Com o uso de ferramentas de geoprocessamento, análise de imagens de satélite e avaliações em campo, analisa-se a dinâmica da cobertura vegetal na busca de maior eficiência no planejamento de uso do solo, na definição da área de influência do projeto e na mitigação de danos à fauna e à flora.

São também desenvolvidos e aplicados indicadores ambientais para a avaliação de processos e monitoramento do meio biótico em áreas urbanas e em florestas.



Avaliação e tratamento de dados geoambientais

A informação cartográfica digital georreferenciada é uma ferramenta dinâmica de gestão ambiental. A tecnologia que permite que esta ferramenta se viabilize é o geoprocessamento, pois possibilita integrar informações das mais diversas origens e que tenham, além de seus atributos alfanuméricos, sua localização bem definida na superfície da Terra, por meio de softwares e Sistemas de Informação Geográfica (SIG).

Os SIGs permitem realizar análises complexas ao integrarem dados de diversas fontes e criarem bancos de dados georreferenciados, automatizando a produção de documentos cartográficos. Possibilitam a conversão de informações no formato papel (analógicos) para digital, a espacialização e a organização de dados em diferentes escalas para compor uma base contínua. Agilizam constantes revisões e atualizações, permitindo avaliações e tratamentos de questões ambientais por meio da integração de informações digitais espaciais e alfanuméricas disponíveis de forma rápida e eficiente.

O método utilizado considera três etapas. A primeira abrange a entrada de dados espaciais e alfanuméricos (escanerização e o registro dos dados, vetorização dos arquivos e a edição para colocação de toponímia, cores e linhas). A segunda corresponde à pesquisa, recuperação e manipulação ou cruzamento de dados para análise e geração de dados derivados. A terceira refere-se à apresentação dos dados.

Num país de grandes dimensões como o Brasil, o geoprocessamento é uma ferramenta de enorme potencial, possibilitando a produção e disponibilização de informações adequadas para a tomada de decisão sobre os problemas urbanos, rurais e ambientais.



Avaliação geoambiental e diretrizes para intervenções sustentáveis de engenharia

Os setores público e privado necessitam de soluções tecnológicas para problemas críticos decorrentes de intervenções no meio físico, que podem afetar a qualidade do solo, das águas superficiais e subterrâneas e do ambiente de maneira geral. As obras de engenharia, como aeroportos, agroindústrias, aterros para disposição de resíduos sólidos, estradas, portos, projetos urbanísticos e unidades industriais, são formas de uso e ocupação do solo cujas operações das fases de instalação, funcionamento e eventual desativação envolvem uma série de processos tecnológicos, tais como cortes, aterros e transposição de cursos d’água, que podem acarretar impactos ambientais. A essas atividades está associada uma série de instrumentos de gestão (licenciamento, planos de recuperação de área degradada, avaliação ambiental estratégica, avaliação de desempenho ambiental, análise de ciclo de vida, sistema de gestão ambiental e auditoria ambiental, entre outros) que têm como base a avaliação geoambiental.

O IPT realiza a identificação e caracterização dos processos do meio físico (erosão, assoreamento, escorregamento, carstificação, interações físico-químicas na água e no solo, entre outros) atuantes na área de intervenção, para simular a ação dos processos tecnológicos envolvidos em cada operação do empreendimento, identificando os possíveis impactos ambientais. Após a caracterização destes impactos, são estabelecidas as medidas para sua mitigação e monitoramento, organizadas em programas de gestão ambiental, objetivando a manutenção da qualidade ambiental da área afetada.

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