Avaliação em escola infantil

Compartilhe:
Uma equipe de engenheiros, geólogos e técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) avaliou uma edificação ocupada por uma escola infantil no município de Juquiá, localizado no estado de São Paulo. O objetivo do trabalho, realizado em 2018 por meio do Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem), era analisar patologias do prédio que despertaram preocupações na prefeitura da cidade.

Ocupada anteriormente pela instituição Proinfância – Espaço Educativo Infantil, a edificação chamou a atenção da Secretaria de Obras do município por conta da existência de patologias como rachaduras e desníveis. Por medida de segurança, houve a interdição do local e o remanejamento de crianças atendidas pela escola.
Ocupada anteriormente pela instituição Proinfância - Espaço Educativo Infantil, a edificação chamou a atenção da Secretaria de Obras do município por conta da existência de patologias como rachaduras e desníveis
Ocupada anteriormente pela instituição Proinfância – Espaço Educativo Infantil, a edificação chamou a atenção da Secretaria de Obras do município por conta da existência de patologias como rachaduras e desníveis
O IPT foi chamado para avaliar a existência de riscos e possíveis soluções técnicas aos problemas da edificação.

Responsável pelo trabalho, a pesquisadora da Seção de Geotecnia, Gisleine Coelho de Campos explica como funciona esse tipo de análise de edificações: “A avaliação é pautada em uma inspeção visual feita em conjunto com uma análise da documentação disponível sobre o projeto do local para identificar possíveis causas das patologias existentes”.

A etapa de vistoria é feita através da observação visual do local e na tomada de algumas medidas básicas relacionadas à dimensão de ambientes, como a altura, largura e comprimento e a abertura de trincas e desníveis de piso. “É feito um registro fotográfico da situação do local e compara-se com dados de projeto disponíveis. Algumas patologias e problemas construtivos aparecem de maneira bem característica”, conta Gisleine.

A pesquisadora explica ainda que o trabalho foi realizado pela Seção de Geotecnia pois existia a informação de que a edificação se encontra em um terreno da cidade com presença de solo mole. “Esse é um fator que geralmente exige do projeto e da execução da obra alguns cuidados especiais. O solo mole está sujeito a um fenômeno chamado adensamento, no qual a expulsão de água dos vazios do solo pode comprometer a estrutura da obra”, diz.

Na vistoria do local, a equipe do IPT identificou alguns problemas. O reservatório de água estava inclinado e com risco de tombamento, e o piso de algumas salas apresentava afundamentos, degraus e desníveis inadequados ao local. Além disso, havia trincas e fissuras que possibilitariam infiltração de água e consequente deterioração dos materiais da construção.

Com base nas observações e dados de projeto, o trabalho concluiu que existem problemas na concepção e na construção da escola. A prefeitura de Juquiá já havia realizado obras de reforço das estruturas e fundações do prédio antes da visita do IPT, mas elas não obtiveram sucesso em solucionar as patologias. A orientação final do Instituto foi a realização de um estudo mais detalhado das condições do solo para subsidiar uma revisão cuidadosa do projeto da construção. Após esse estudo, a Secretaria de Obras terá subsídios para analisar as possibilidades de uma nova reforma ou a demolição total da edificação.
 

INSCREVA-se em nossa newsletter

Receba nossas novidades em seu e-mail.

SUBSCRIBE to our newsletter

Receive our news in your email.

Pular para o conteúdo