Energia termossolar

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A utilização de fontes renováveis de energia é um assunto que vem ganhando cada vez mais destaque no país, impulsionado tanto por demandas econômicas, de recursos e de sustentabilidade, como pelo surgimento de novas tecnologias em diversas áreas de produção. Nesse cenário, o Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, após adquirir, em 2012, um simulador solar com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, deu mais um passo no auxílio ao desenvolvimento de tecnologias em fontes energéticas renováveis e tornou-se referência regional para os laboratórios da América do Sul e América Central nos ensaios de desempenho em coletores de energia termossolar.

Esse patamar foi alcançado no Fórum sobre experiências internacionais no desenvolvimento regional e programas da garantia de qualidade para aquecimento solar de água, ocorrido no mês de junho, na Costa Rica, do qual participaram representantes de diversos países da América do Sul e Central, Estados Unidos e Alemanha. Douglas Messina, técnico do laboratório e palestrante brasileiro do fórum, relatou o próspero cenário nacional com relação à energia solar e termossolar (para aquecer a água), além de apresentar a situação atual das instalações e tecnologias laboratoriais e processos de acreditação no Brasil.

Simulador solar, adquirido em 2012, é equipamento de ponta em ensaios de desempenho em coletores solares
Simulador solar, adquirido em 2012, é equipamento de ponta em ensaios de desempenho em coletores solares
Segundo Messina, por utilizar um equipamento de última geração para os testes de eficiência energética em coletores solares – um dos únicos na América Latina –, além de desenvolver ensaios que atendem ao Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE Solar) e à normatização estabelecida pela Comissão Panamericana de Normas Técnicas (Copant) há mais de dez anos, o laboratório foi avaliado como o mais adequado para servir de referência aos demais. “Vamos estabelecer os procedimentos, testar as amostras e, a partir disso, faremos um programa de comparação interlaboratorial com todos os países da América do Sul e América Central”, relata ele.

Um processo semelhante ocorreu na Europa em 2010, quando 25 laboratórios participaram de um projeto comparativo em que dois laboratórios alemães se tornaram referência em medições no ensaio em questão. Como o procedimento realizado no IPT já atende às normas internacionais, Messina explica que a expectativa é que sejam realizadas comparações interlaboratoriais com as instituições alemãs.

O pesquisador avalia ainda que o projeto será positivo não só às instituições que dele participarão, como também às empresas produtoras de coletores solares, uma vez que auxiliará no nivelamento dos testes de produtos em outros países do Mercosul, facilitando a exportação. A acreditação das medições deve contribuir também para o desenvolvimento de normatizações nacionais em outros países do continente.

Para Messina, a determinação do laboratório como referência aos demais da América do Sul e Central comprova a credibilidade dos ensaios realizados no Instituto: “Estamos com um equipamento de ponta. Em termos de tecnologia, temos o que há de mais sofisticado para fazer essa medição. O reconhecimento do IPT nos dá mais força junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e outras instituições brasileiras para a acreditação dos ensaios”.

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