Grande ABC prevenido

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Há cerca de um ano o IPT participa de reuniões com a equipe técnica do Consórcio Intermunicipal Grande ABC para a elaboração de um Programa Regional de Redução de Riscos a Desastres Naturais para a região do ABC, que inclui os municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Segundo a pesquisadora Kátia Canil, do Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas do IPT (Cetae), entre as várias ações do Programa, destacam-se os mapeamentos das áreas de risco, que consistem nas atividades iniciais para a estruturação do plano; ou seja, é preciso conhecer o problema, analisar a situação atual e propor as medidas de controle.

Neste sentido, uma parceria técnica será firmada entre o IPT, por meio do Cetae, e o Consórcio Intermunicipal Grande ABC. O objetivo é minimizar riscos relacionados aos desastres naturais, que repercutem e são comuns entre eles. O pontapé inicial será a elaboração dos Planos Municipais de Redução de Riscos para os municípios de Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André e São Caetano do Sul, conhecidos pela sigla PMRR, concebidos em 2003 no âmbito do Ministério das Cidades.

Segundo o pesquisador Eduardo Soares de Macedo, do Cetae, o PMRR vai muito além do simples mapeamento de áreas de risco em determinado local. “A ideia é firmar uma parceria, não uma simples prestação de serviços técnicos. Os planos preveem um ‘pacote’ técnico inovador que inclui desde o mapeamento das áreas sujeitas a riscos, até a concepção de soluções, orçamento para implementá-las, identificação de possíveis financiadores e treinamento especialmente dos técnicos das prefeituras que muitas vezes têm problemas para ler corretamente e utilizar as informações contidas nos mapas. Eles aprendem a metodologia IPT de mapeamento de riscos.”

A priorização das obras, explica Macedo, é feita em função do grau de risco envolvido, do custo por moradia e impacto social em função de áreas mais complexas. O IPT já realizou diversos PMRRs no Estado de São Paulo, com recursos do Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, com recursos do Patem, o Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios, e do governo federal, por meio do Ministério das Cidades. Por exemplo, os planos dos municípios de Santos, já concluído, e de Arujá, em andamento, foram bancados pelo Patem; o de Mauá, que está sendo concluído, pelo Ministério das Cidades. Segundo Canil, “o custo de cada PMRR varia, entre 110 mil reais e 300 mil reais, de acordo com a dimensão dos problemas locais. Originalmente, só eram contemplados solapamentos das margens de rios e deslizamentos. Hoje, também incluímos no escopo dos estudos as inundações.”

AUDIÊNCIA PÚBLICA – Será realizada hoje, 16 de julho, no Salão Nobre do Paço Municipal de Mauá uma Audiência Pública para apresentação do PMRR local. “Prestamos esclarecimentos e ouvimos críticas e sugestões de moradores, técnicos municipais, Ministério público, Câmara e formadores de opinião visando ao aperfeiçoamento do plano", afirma Macedo. 

A equipe do IPT mantém foco na comunicação com a população de cada localidade, lançando mão de linguagens inovadoras para tornar temas técnicos mais acessíveis. “Já utilizamos histórias em quadrinhos, cartuns e agora apresentamos à população de Mauá o filme ‘Áreas de Risco: Informação para Prevenção’. Nosso objetivo é ensinar a autoproteção ao cidadão, levando o conhecimento para que ele faça o básico: identifique a situação de risco, deixe o local e comunique à Defesa Civil”, afirma Macedo.

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