Artigo assinado pelo pesquisador Rogério Parra, do Laboratório de Embalagem e Acondicionamento do Centro de Integridade de Estruturas e Equipamentos do IPT, relata estudos e desenvolvimentos de sua equipe em livro recém-lançado pela Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. O artigo compõe o capítulo “Embalagens para distribuição física de frutas e hortaliças” no livro intitulado “Embalagens para comercialização de hortaliças e frutas no Brasil”, editado em 2009 sob responsabilidade técnica de Rita de Fátima Alves Luengo e Adonal Gimenez Calbo, ambos da Embrapa. A publicação reúne experiências de especialistas reconhecidos nas diversas áreas e saiu do forno em 2010, tendo seu lançamento no mês de agosto durante o “28º Congresso Internacional de Horticultura” realizado em Lisboa, Portugal. Para mais detalhes, acesse aqui
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Segundo Rogério Parra, o acondicionamento de hortifrútis em caixas de madeira, como se vê nas feiras livres e mercados, remonta ao início do século XX. “Importávamos caixas de querosene para iluminação pública e elas eram reaproveitadas para movimentar hortifrútis. Ficaram conhecidas como ‘caixas K’, de ‘kerosene’ (em inglês)”, explica Parra. “Mas elas não se encaixam em paletes, carrocerias de caminhões ou contêineres por não terem dimensões adequadas e padronizadas, apesar de historicamente serem muito utilizadas. Nos últimos anos, chegaram ao mercado caixas plásticas para movimentação de hortifrútis, mas com o mesmo problema da caixa K: falta de dimensões adequadas por serem produzidas a partir de moldes importados, cada um com uma medida diferente. ”
Em 2003, informou Parra, a ABNT consagrou a diversidade dessas caixas na NBR 15.008. “Propusemos e fizemos algumas caixas apenas em dimensões menores. Para mostrar a variedade de alternativas procuramos construí-las de materiais pouco utilizados, mas viáveis técnica e economicamente. Fizemos caixas com plástico corrugado e madeira, outras com chapas de compensado e madeira. Colocamos tomates nestas caixas e fizemos simulação de transporte para comparar com o nível de danos que ocorreram nas mesmas condições em caixas de papelão e caixas K. A caixa com menor dimensão comporta volume equivalente ao da K, com capacidade para 10 quilogramas de hortifrútis. A maior delas comporta 250 quilogramas e serve para o transporte mecanizado. Também desenvolvemos e patenteamos junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) dois tipos de carrinhos que comportam as diversas caixas que projetamos. Queremos que as caixas sejam de domínio público e para os carrinhos buscamos a parceria de uma empresa que poderá fabricá-los mediante pagamento de ‘royalties’. Provisoriamente, demos a esses equipamentos o nome de “Carro içável para movimentação horizontal e vertical’, cujo centro de gravidade permite suspender por meio de gancho e movimentar o carrinho carregado, sem risco de queda das cargas.”
Paletes – As dimensões do palete convencional para movimentação de cargas, no Brasil, são de 1.200 mm x 1.000 mm. “Este é o padrão PBR, adotado por diversos segmentos, inclusive supermercados. O segundo palete mais utilizado no Brasil é o quadrado, de 1.100 mm x 1.100 mm, que aproveita melhor um contêiner, para exportação. O minipalete de 600 mm x 500 mm aproveita 100% da área tanto do palete quadrado quanto do PBR. O meio palete é um conceito utilizado na Europa. A dimensão mais utilizada para os paletes europeus é diferente da dimensão mais utilizada no Brasil, pois lá se privilegia o modo ferroviário. O meio palete ferroviário é 800 mm x 600 mm, sendo o palete 1.200 mm x 800 mm.”