Sr. IPT e os indicadores de inovação

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Em março deste ano, Fernando Landgraf, diretor de inovação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), visitou o doutor Alberto Pereira de Castro na chácara em Cotia onde vivia. “Marcamos a visita – disse Landgraf – para relembrar como surgiu o primeiro indicador de desempenho usado pelo IPT, a relação receita/despesa, o famoso R/D’’.

Esse indicador foi criado quando o Instituto virou uma sociedade anônima, em 1976. Naquele momento, a relação era de 0,6, indicando que cerca de 40% das receitas vinham do Governo do Estado, acionista majoritário do IPT. Com a recessão mundial dos anos 80, esse indicador caiu e chegou a 0,15 no auge da crise. “Mas a partir de 1994, com o Plano Real, o índice voltou a subir e atualmente está em 0,6”, afirma Landgraf.

Landgraf visitou o "Senhor IPT" em março de 2010
Landgraf visitou o "Senhor IPT" em março de 2010

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Ao falar com Landgraf, o doutor Alberto mostrou-se atento à importância da inovação e à necessidade de definir novos indicadores. “Ele nos surpreendeu trazendo um conjunto de artigos sobre o tema”, afirmou Landgraf. Falecido no último dia 13 de agosto, doutor Alberto atuou no IPT por 27 anos, sendo que nos últimos dez anos – de 1996 a 2005 – foi diretor-presidente do Instituto.

Landgraf diz que, com a importância crescente da inovação, há uma tendência de se reduzir o oferta de serviços com pouco conteúdo tecnológico para aumentar os contratos de projetos de inovação com a indústria, que atualmente no IPT é da ordem de 16%.

PERSONAGEM – Para o presidente do Conselho de Orientação do IPT, Paulo Guilherme Aguiar Cunha, doutor Alberto foi um personagem de proa no instituto. “Tive a oportunidade de conviver com ele por algum tempo no Antigo Conselho de Orientação IPT; a sua inteligência e atualidade sempre me surpreendiam e encantavam. Realmente, uma enorme figura.”

Segundo o presidente do instituto, João Fernando Gomes de Oliveira, doutor Alberto era uma referência consultada sempre que possível sobre ações estratégicas e estava ciente dos avanços recentes. Ele era certeiro em suas avaliações. “Certa vez perguntei a ele como conseguiu dirigir o IPT no sentido de fazer a instituição crescer tanto, tornando-se referência no país e no exterior. A resposta veio na forma de um conselho: ‘é preciso estar sempre presente e dedicado aos problemas do Instituto’". "Tinha marcado uma visita a ele para setembro, para aprender com sua experiência, mas isso não pode mais acontecer. As ideias do Dr. Alberto farão muita falta", disse João Fernando.

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