Inovação tecnológica

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Os desafios para a inovação tecnológica no Brasil e o desenvolvimento de estruturas leves com materiais compósitos foram os principais temas da palestra do diretor-presidente do IPT, João Fernando Gomes de Oliveira, em sua palestra no PlastShow. A quinta edição da feira e congresso trouxe em sua abertura a discussão de um novo paradigma de conciliação entre os objetivos das empresas e das academias que, na opinião do diretor, deve se basear na cooperação a fim de alcançar a inovação. A participação do IPT contou ainda com uma unidade móvel do Projeto Unidades Móveis (Prumo) em exposição na feira.

João Fernando: cooperação universidade-empresa funciona somente quando se aprendem as demandas
João Fernando: cooperação universidade-empresa funciona somente quando se aprendem as demandas

Em sua apresentação, Gomes de Oliveira confrontou os diferentes objetivos do mundo empresarial (poder, resultados rápidos e ambiente competitivo) e acadêmico (liberdade, prazos mais longos e colaboração) e apontou saídas para chegar a uma solução consensual: “A cooperação universidade-empresa somente funciona quando se aprendem as demandas. Os institutos de pesquisa podem funcionar como os conectores entre os dois, atuando na coordenação das expectativas dos diversos parceiros e na gestão de projetos”.

Tomando como exemplo o futuro Laboratório de Estruturas Leves (LEL), em instalação no Parque Tecnológico de São José dos Campos, o diretor-presidente comentou a atual tendência das indústrias em reduzir o consumo de energia – objetivo que pode ser alcançado pelo uso de tais materiais – e enfatizou a transversalidade e aplicabilidade das estruturas leves em segmentos tão diversos quanto o aeronáutico, a construção civil e os eletroeletrônicos. “A competitividade dos fabricantes de aeronaves, por exemplo, depende de novos produtos, mas temos a necessidade de estudar os modelos e teorias sobre inovação e encontrar as que mais se adaptam aos problemas brasileiros. Em resumo, a ideia do LEL será a transformação do conhecimento dos pesquisadores em peças”, afirma ele.

Resultados positivos para o Prumo
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Segundo Mari Katayama, diretora do Núcleo de Atendimento Tecnológico à Micro e Pequena Empresa (NT-MPE), a PlastShow trouxe bons resultados para o Prumo: foram assinados 15 contratos durante a feira e mais 25 empresas manifestaram interesse em receber a van do laboratório móvel para o diagnóstico inicial. Além de clientes com problemas tecnológicos no processo produtivo, a equipe do IPT atendeu a dois casos interessantes durante a feira: “O primeiro foi de um fabricante de máquinas injetoras que manifestou interesse em ter o Prumo como parte do treinamento de sua equipe de vendas. Esse serviço funcionaria como uma ação complementar e diferenciada do fabricante, em relação ao apoio tecnológico possível de ser dado pelo Prumo, após a venda das máquinas”, explica a diretora.

“O segundo caso foi de uma empresa do setor de reciclagem de plásticos. Eles estão preocupados com o desenvolvimento de processos para se adaptarem às novas responsabilidades da legislação nacional de resíduos sólidos”, continua Mari. O projeto de lei que impõe obrigações aos empresários, aos governos e aos cidadãos no gerenciamento de resíduos está atualmente em avaliação pela Comissão de Constituição e Justiça e, em caso de confirmação das novas exigências legais, poderá trazer outras oportunidades para o IPT na avaliação da diretora.

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