Modernização em segmentos

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Atendimento às demandas específicas de 12 centros tecnológicos, negociações para a compra de equipamentos de última geração e busca de soluções para as surpresas surgidas nas escavações de terrenos tornaram-se desde 2008 as atividades rotineiras da equipe montada para dar suporte ao projeto de atualização da capacitação laboratorial do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). A equipe da Gerência de Modernização da Infraestrutura (GMI), composta de 12 profissionais, é totalmente dedicada a tornar mais rápidos os processos de compra de equipamentos, reformas físicas e construções de obras civis no campus localizado dentro da Cidade Universitária e nas unidades de Franca e São José dos Campos.

A célula de gestão Moderniza, denominação pela qual ficou conhecida pela comunidade ipeteana, está dividida em dois grupos – o de compras e importação, com seis colaboradores, e outro de construções e infraestrutura física, com cinco profissionais, que trabalham sob a coordenação do gerente Wilson Iyomasa. Para atender às demandas dos 12 centros, que englobam 30 laboratórios e dez seções técnicas, o grupo encontrou – e ainda encontra – um universo de particularidades para a instalação dos novos equipamentos e a execução de obras civis e elétricas.
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Equipe da Gerência de Modernização atende às diferentes demandas de 12 centros
Equipe da Gerência de Modernização atende às diferentes demandas de 12 centros

“Há uma grande dificuldade na realização de projetos para os edifícios e os laboratórios do IPT, pois cada um deles precisa atender a diferentes requisitos”, explica Iyomasa. “Por exemplo, o futuro prédio de bionanotecnologia terá três áreas independentes: um espaço será destinado às atividades administrativas, um segundo comportará os laboratórios e um terceiro para a instalação dos geradores e caldeiras. A arquitetura do prédio será única, mas podemos dizer que teremos prédios distintos com fundações específicas”.

Outro exemplo de necessidade de adaptação das obras tem como exemplo a reforma do prédio do Centro de Metrologia Mecânica e Elétrica, que congrega dois laboratórios. A opção pelo uso de materiais mais leves como o drywall foi tomada em razão de se tratar de uma área com predominância de solos moles e, caso o edifício recebesse paredes normais de alvenaria, iria requerer a execução de fundações.

Importação mais ágil

Como boa parte dos equipamentos solicitados pelas unidades no IPT é fabricada no exterior, a equipe da GMI trabalhou desde sua constituição em parceria com a diretoria para tornar mais rápidos os processos de importação. Para isso, foi fundamental que o Instituto fosse reconhecido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) como uma entidade, sem fins lucrativos, ativa na coordenação e na execução de programas de pesquisa tecnológica. Com o credenciamento a partir de março de 2009, o IPT passou a contar com a isenção dos impostos de importação sobre máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados às pesquisas e, além disso, ficou dispensado dos exames de similaridade. O resultado é que a espera para obtenção de uma licença de importação diminuiu de três meses para até uma semana.

Negociações com os fornecedores passaram a fazer parte da rotina do grupo, e muitas delas foram extremamente bem-sucedidas, como a compra da máquina de deposição de fibras de carbono (fiber placement) para o futuro Laboratório de Estruturas Leves (LEL) na cidade de São José dos Campos. O preço original do equipamento, que era de US$ 3,1 milhões, baixou para US$ 2,7 milhões, ou seja, uma economia de US$ 400 mil que permitiu a aplicação dos recursos (com amparo legal) em outras áreas. O resultado é que todos os processos de compras de 2008 – e já alguns de 2009 – foram examinados e aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado.

Todo o esforço da Gerência de Modernização da Infraestrutura em 2009 é comprovado ao serem compilados os números do balanço de 2009: a equipe trabalhou em 202 processos de aquisição e contratação de obras, 177 para compra de equipamentos e 25 de contratação de empresas projetistas e empreiteiras para execução de reformas e novas construções civis. Além disso, três processos para a aquisição de equipamentos com recursos da Finep passaram pela GMI. O sucesso da experiência contribuiu para a manutenção da equipe em 2010, que tem recursos da ordem de R$ 25 milhões para investir em novas obras civis e equipamentos este ano.

Os resultados alcançados pela equipe de modernização chamaram a atenção da Gerência de Gestão Tecnológica (GTEC) do Centro de Pesquisas (Cenpes) da Petrobras, que visitou o Instituto no mês de março. Além de conhecer a forma de atuação da GMI e os cuidados com a legislação sobre licitações e contratos da Administração Pública, os executivos ficaram particularmente interessados na figura do co-gestor de projetos que, segundo eles, poderia funcionar como o elo de aproximação entre os gerentes e os pesquisadores das áreas técnicas da empresa.

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