Recuperação da Serra do Mar

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O Governo do Estado lançou hoje o Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, que vai beneficiar 5 mil famílias com investimento de R$ 850 milhões. A iniciativa, que agora começa com a remoção das primeiras 160 famílias dos bairros-cota, em Cubatão, reuniu especialistas das mais diversas áreas e transformou-se em projeto inovador, mesmo frente às experiências no exterior, podendo assim ser replicado para outros municípios e países.

Essa parte da Serra do Mar, na Baixada Santista, é complexa e abriga imóveis residenciais, áreas para comércio, serviços públicos e igrejas. A tarefa de transformá-la é um desafio e tanto. Os pontos principais do Programa prevêem deslocamento dos moradores para habitações legalizadas e recuperação de áreas degradadas. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) participou ativamente dos elementos técnicos envolvidos no projeto.

“O IPT avaliou as condições geológicas e geotécnicas para escorregamentos de terra, indicando os trechos mais críticos, onde era obrigatória a remoção de pessoas e apontou os setores de médio e baixo risco que serão recuperados com projetos de reurbanização”, afirma João Fernando Gomes de Oliveira, diretor-presidente do IPT.
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Esses estudos deram subsídios à tomada de decisão da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) em relação às necessidades de habitações regulares em outras áreas para a realocação das famílias e a definição das recomposição vegetal das áreas de remoção.

O IPT também propôs uma metodologia para a etapa inicial de desconstrução das moradias, levando em conta critérios técnicos para reciclagem dos materiais construtivos, questão extremamente complexa no cotidiano das cidades brasileiras.

“À primeira vista, desmontar uma habitação parece algo simples, mas não em uma região com as peculiaridades da Serra do Mar”, diz Oliveira. “São necessários especialistas em estruturas, pavimentos, infraestrutura, sistemas construtivos, materiais de construção, madeiras e análise de risco geológico-geotécnico”.

Toda a sociedade será beneficiada com a execução desse programa que permitirá recuperar as áreas de preservação e será uma referência quanto ao avanço nos indicadores de reciclagem de resíduos de construção. Além disso, o projeto propõe uma estratégia sustentável e corretiva para a recuperação de áreas habitacionais com ocupação irregular. “É, sem dúvida, um projeto relevante, que mostra o caminho correto”, conclui Oliveira.

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