Papel da inovação

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Fonte: Sala de Imprensa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Para estimular a importância da inovação como motor do processo de desenvolvimento do Brasil, foi realizada no dia 10 de maio, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), a palestra “Indicadores de Desempenho para a Inovação Tecnológica”, proferida pelo diretor presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), João Fernando Gomes de Oliveira.

O evento contou com a presença do presidente do CNPq, Glaucius Oliva, do secretário de desenvolvimento tecnológico e inovação do MCT, Ronaldo Mota, do secretário de política de informática do MCT, Virgílio Almeida, do diretor de inovação do IPT, Fernando José G. Landgraf e ainda dos diretores do CNPq.

Glaucius Oliva, ao abrir a sessão, afirmou que apesar do desempenho acadêmico brasileiro ser relativamente alto, o país não gera inovação suficiente. “Temos o 13° lugar no ranking de publicações científicas, produzimos quase 3% de toda produção cientifica mundial, porém quando se fala de inovação, ainda estamos patinando”, ressalta Glaucius. “Nesse sentido, além de produzirmos pesquisa de altíssima qualidade é preciso também valorizarmos a atividade de inovação, pois, só assim, o Brasil terá melhores indicadores neste aspecto e consequentemente atenderá melhor as demandas da sociedade”.

João Fernando faz palestra no CNPq. Na primeira fila, Glaucius Oliva (E), Ronaldo Mota e Fernando Landgraf. Crédito foto: Carlos Alberto da Cruz
João Fernando faz palestra no CNPq. Na primeira fila, Glaucius Oliva (E), Ronaldo Mota e Fernando Landgraf. Crédito foto: Carlos Alberto da Cruz
Ao iniciar a palestra, João Fernando contextualizou os avanços científicos galgados pelo Brasil nestas últimas décadas e pontuou a necessidade de articular ações, no sentido de fortalecer os ambientes inovadores. “Não podemos negar que o Brasil hoje possui um competente sistema acadêmico de produção do conhecimento e formação de recursos humanos, isso pode ser consolidado com a ajuda do CNPq, da CAPES e de outras agências parcerias. Mas nosso grande desafio é transformar este conhecimento em tecnologias que tenham impacto no mercado. É preciso portanto estimular a cultura da inovação, para fortalecermos a competitividade internacional das nossas empresas”.

O diretor-presidente do IPT destacou ainda a importância do fomento à inovação adquirir um caráter mais amplo que o acadêmico. “ A pesquisa acadêmica geralmente é conduzida por um indivíduo, ou por um grupo restrito, já a inovação demanda cooperação, parcerias, ocorre com o trabalho em equipe onde os processos necessitam ser sólidos para se obter resultados. Por isso, urge fomentarmos mais programas ao invés de pequenos projetos individuais. Temos que estimular o diálogo dos pesquisadores com as empresas. E para isso caminhar bem é necessário adotar indicadores que nos orientem na direção certa”, diz João Fernando.

Durante a apresentação, foram abordados ainda os seguintes aspectos: mudanças e melhorias no sistema de avaliação, com o amadurecimento do currículo lattes; fortalecimento e ampliação das bolsas de desenvolvimento tecnológico e Industrial e das atividades de extensão inovadora; impacto socioeconômico de um país inovador; ensino de qualidade para o avanço científico; registro de propriedade intelectual, entre outros assuntos.

Ao final da conferência, foi aberto um momento para perguntas e debates, no qual Ronaldo Mota ressaltou a importância de desenvolver o país de forma sustentável. “O Brasil precisa urgentemente estimular a inovação, mas é preciso também ter um olhar atento para o desenvolvimento sustentável em suas múltiplas dimensões”, afirmou. Para ele, a inovação é a palavra chave deste e dos próximos anos. “O Brasil vem tendo um grande sucesso na produção de pesquisas, o que falta agora para impulsionar de vez o crescimento é conseguir transferir todo este conhecimento para produtos e serviços que melhorem a qualidade de vida da sociedade ”, finalizou.

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