Gaseificação é aprovada

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O secretário de Desenvolvimento do Estado, Luciano de Almeida, anunciou nesta quinta-feira, 16 de dezembro, a aprovação da primeira fase do projeto do Centro de Desenvolvimento de Gaseificação de Biomassa (CDGB), no Parque Tecnológico de Piracicaba (SP), que deverá receber investimento de R$ 80 milhões. Esse projeto será viabilizado por uma parceria entre o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O Centro abrigará, em área de 80 mil metros quadrados, uma planta-piloto que desenvolverá a tecnologia de gaseificação do bagaço de cana, a exemplo da corrida tecnológica que se desenrola em outros países para consolidar esse processo, só que com diferentes matérias-primas, como a palha de milho e o carvão. A gaseificação é importante atualmente porque sua tecnologia é vista como uma ferramenta de mitigação de emissão de gases do efeito estufa.

Almeida anunciou aprovação da primeira fase do projeto em Piracicaba
Almeida anunciou aprovação da primeira fase do projeto em Piracicaba

O gás de síntese do bagaço de cana será avaliado em três aplicações: para a geração de energia elétrica, para a produção de biocombustível líquido e como precursor de biopolímeros, os chamados monômeros do plástico.

A atual fase do projeto é voltada para a produção do gás. Para os primeiros cinco anos do projeto está prevista a produção de 500 kg/hora de gás de biomassa. Além do bagaço, outras matérias-primas de biomassa serão investigadas. Os parceiros industriais investirão conjuntamente na planta piloto de gaseificação e, isoladamente, nos projetos de pesquisa do aproveitamento de gás de síntese. Essas duas fases exigirão também forte apoio da Rede Nacional de Combustão e Gaseificação, com suporte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Um papel fundamental da planta-piloto será aperfeiçoar os equipamentos empregados na gaseificação. Durante os três anos de operação da planta, devem ser processadas 3 mil toneladas de biomassa. Atualmente, o bagaço é usado para a produção de energia, mas seu rendimento energético é de 20%. No novo processo, o rendimento poderá dobrar, chegando a 40%.

Um dos principais desafios do projeto é reduzir o custo do investimento. “A literatura internacional afirma que o investimento é de cerca de 3 dólares por watt e nós temos que otimizar esse valor, chegando a 1,5 dólar por watt”, afirma Fernando Landgraf, diretor de inovação do IPT.
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O grupo que apoia o projeto se compõe de quatro empresas – Oxiteno; Petrobras; Brasken; Cosan – e quatro instituições – Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE); Centro de Tecnologia Canavieira (CTC); Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP); e IPT. Cada empresa parceira deverá contribuir com R$ 2 milhões durante a execução do projeto.

O IPT, junto com o CTC e o CTBE, está articulando um consórcio com empresas públicas e privadas, além de institutos e universidades do Brasil e do exterior. A ESALQ e a cidade de Piracicaba, uma das maiores produtoras de cana-de-açúcar no Brasil, contribuem com a infraestrutura necessária para a instalação da planta-piloto.

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